OS MEIOS DE COMUNICAÇÕES E TELECOMUNICAÇÕES NO BRASIL


  Os meios de comunicação transmitem mensagens, informações e ideias.
 Eles possibilitam a interação entre as pessoas, empresas, grupos sociais e políticos e órgãos governamentais. Por isso, a presença de meios de comunicação contribui para a integração do território nacional. O desenvolvimento da alta tecnologia ligada à informática, à telefonia e às fibras ópticas, entre outros meios e recursos, é responsável pela comunicação em tempo real na internet. As transmissões televisivas também são feitas em tempo real, via satélite, interligando até mesmo os lugares mais distantes.
  As inovações tecnológicas avançam rapidamente, barateiam os produtos e popularizam o uso de aparelhos de telefonia celular, microcomputadores, laptops, entre outros.
Figurinha que apresenta a evolução dos meios de comunicação
  O telefone foi introduzido no Brasil em 1877, poucos meses depois da exposição de Filadélfia. O primeiro aparelho foi fabricado nas oficinas da Western and Brazilian Telegraph Company, especialmente para Dom Pedro II. Foi instalado no Palácio Imperial de São Cristóvão localizado na Quinta da Boa Vista, hoje o Museu Nacional do Rio de Janeiro, e era ligado às casas ministeriais, esta sendo a primeira linha telefônica brasileira. No mesmo ano, começou a funcionar uma linha telefônica ligando a loja O Grande Mágico, na Rua do Ouvidor, de propriedade de Leon Rodde, ao Quartel do Corpo de Bombeiros.
  No início do século XX, o serviço de telefonia era restrito a poucas cidades. Em 1907, havia apenas 15 mil linhas telefônicas no país, quase 80% delas localizadas nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
  Somente em 1965 foi criada a Intelbras, empresa com a responsabilidade de integrar e ampliar o sistema nacional de telefonia. Até esse período, era necessária a ajuda de uma telefonista para completar a chamada de um telefone para outro.
Primeiro telefone do Brasil, que atualmente se encontra no Museu Imperial de Petrópolis - RJ
  A introdução do rádio no Brasil, em  7 de setembro de 1922, mudou os costumes da população, interligou o território nacional e este ao mundo. Esse meio de comunicação se popularizou rapidamente e, nas décadas de 1930 e 1940, famílias inteiras reuniam-se em volta dele para ouvir o noticiário, as novelas radiofônicas e os grandes cantores populares.
  A primeira transmissão foi um discurso do então presidente Epitácio Pessoa,  durante a comemoração do Centenário da Independência do Brasil. Porém, a instalação do rádio de fato ocorreu apenas em 20 de abril de 1923, com a criação da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro.
Transmissão do Programa "A Voz do Brasil", de 25/09/1978
  Na década de 1930 começou a era comercial do rádio, com a permissão de comerciais na programação, trazendo a contratação de artistas e desenvolvimento técnico para o setor. Com o surgimento das Radionovelas e da popularização da programação, na década de 1940, começou a chamada era de ouro do rádio brasileiro, que trouxe um impacto na sociedade brasileira semelhante ao que a televisão produz hoje.
  Com a criação da televisão, o rádio passou por transformações, os programas de humor, os artistas, as novelas e os programas de auditório são substituídos por músicas e serviços de utilidade pública. Na década de 1960, surgiram as rádios FMs, que trouxeram mais músicas para os ouvintes.
Carmem Miranda (1909-1955) - uma das estrelas da era de ouro do rádio brasileiro
  No dia 18 de setembro de 1950, a televisão uniu a imagem ao som e promoveu novos hábitos na sociedade brasileira, quando foi inaugurada a TV Tupi em São Paulo, com equipamentos trazidos por Assis Chateaubriand, fundando, assim, o primeiro canal de televisão no país. Quatro meses depois, em 20 de janeiro de 1951, entra no ar a TV Tupi Rio de Janeiro. Desde então, a televisão cresceu no país e hoje representa um fator importante na cultura popular moderna da sociedade brasileira. Posteriormente, na década de 1970, com a comunicação via satélite, iniciaram-se as transmissões de televisão em rede nacional.
Transmissão do discurso de Getúlio Vargas no Primeiro de Maio de 1951, no Estádio de São Januário, no Rio de Janeiro
  No início do século XX, o sistema de telecomunicações no Brasil era controlado por empresas particulares. Durante os anos 1960, esse sistema passou a ser responsabilidade do Estado. Nos anos 1990, essa atividade foi privatizada, ou seja, as empresas de propriedade do Estado responsáveis de executá-las, foram vendidas em leilões para empresas privadas.
  A expansão das telecomunicações e da computação na década de 1990 possibilitou a criação de novas aplicações de caráter social para a infraestrutura de telefonia e de outros serviços correlatos. No setor de educação, as principais inovações estão associadas à combinação de televisão, em especial aos telecursos, com atividades em sala de aula e com o uso da internet.
Evolução dos meios de comunicações
  Dentre os meios de  telecomunicações, a internet tem se destacado por sua conectividade e importância nas relações sociais e no mundo do trabalho. De forma inédita, ela passou a viabilizar a interação entre as pessoas, em diferentes lugares, praticamente em tempo real.
  A adoção da internet no Ensino Básico traz como benefícios o acesso do estudante a fontes de informação para a realização de trabalhos escolares e para seu enriquecimento cultural, além de colocá-lo em contato com fatos e fenômenos sociais de outros países.
  O uso da internet é também eficaz como instrumento de interação entre a administração do estabelecimento de ensino, o aluno e a família, fora do horário escolar. No Ensino Técnico, o instrumental de telecomunicações facilita as atividades complementares e a interação entre aluno e instrutor. No Ensino Superior, possibilita formas alternativas de ensino, inclusive com interação a distância entre profissionais e alunos, teleconferências e intercâmbio de experiências entre acadêmicos. É no ensino à distância, porém, que reside o melhor potencial de aproveitamento das telecomunicações na educação.
Esquema de como funciona a Internet
  A internet possibilitou, enfim, o acesso do cidadão e do profissional a serviços de seu interesse e a informações cuja recuperação era, antes, muito complexa. Os tribunais, por exemplo, oferecem o acompanhamento de protocolo e de andamento de processos via internet, facilitando a sua tramitação. O próprio Governo Federal, através da inciativa do Governo Eletrônico, pretende tornar disponíveis na internet todos os serviços que independam da presença física do cidadão para serem levados a termo.
  Como qualquer meio de comunicação, a internet necessita de infraestrutura física para funcionar: redes de fibra óptica, cabos submarinos, servidores de dados, satélites, entre outros dispositivos. Esses componentes estão distribuídos de forma desigual pelo Brasil e pelo mundo.
  O acesso à internet teve crescimento acelerado nos últimos anos, mas ainda se concentra em algumas regiões. Segundo levantamento do CGI (Comitê Gestor de Internet) em 2019, cerca de 70% da população brasileira estava conectada à internet. Porém, no Nordeste e no Norte, esse número é menos de 60%, enquanto que no Sudeste mais de 80% da população tem acesso à Internet.
O uso da internet no Brasil

terça-feira, 21 de julho de 2020

A EVOLUÇÃO DO ESPAÇO RURAL BRASILEIRO E AS FRONTEIRAS AGRÍCOLAS

  Nos últimos 40 anos, o Brasil saiu da condição de importador de alimentos para se tornar um grande provedor para o mundo. Foram conquistados aumentos significativos na produção e na produtividade agropecuárias. O preço da cesta básica, no Brasil, reduziu-se consideravelmente e o país se tornou um dos principais players do agronegócio mundial. Hoje, se produz mais em cada hectare de terra, aspecto importantíssimo para a preservação dos recursos naturais.
  A agricultura se modernizou, mas ainda existem desafios. Há grande concentração de riqueza em pequena parcela de propriedades rurais, existem milhares de hectares de solos e pastagens degradados, há grande ineficiência no uso de água na irrigação, e o uso inadequado de agroquímicos oferece riscos à saúde e ao meio ambiente, entre outro problemas.
A imagem apresenta a concentração de terras no Brasil
  Nos anos 1960, época de fortes mudanças econômicas e sociais no país, o projeto de industrialização com base na substituição de importações se esgota. Isso se deveu, por um lado, pela incapacidade estrutural da própria indústria nacional em atender a sua crescente demanda interna por bens de capital e matérias-primas e, por outro lado, pela incapacidade da agricultura em financiar e abastecer as necessidades de um setor urbano e um parque industrial em expansão.
  Esse projeto, que tinha a intenção de modernizar a agricultura, aumentando e diversificando a sua produção, pela introdução e disseminação de tecnologias de ponta, apresentava dois grandes eixos para a sua concretização: primeiro expandir e ocupar os espaços ainda não integrados ao mercado nacional, por meio da criação de incentivos fiscais em favor do grande empreendimento agropecuário capitalista nacional ou estrangeiro; e segundo ampliar a concessão de créditos subsidiados, direcionados para a grande monocultura de alto valor comercial destinado à exportação.
  Graças a essas políticas, o desempenho da agricultura nos anos 1960 foi superior ao verificado na década de 1950. Isso se traduz pelo aumento superior a 170%  no número de tratores utilizados no setor, naquele decênio, onde foram empregados principalmente nas áreas de lavouras da região Sul e do estado de São Paulo.
Agricultor utilizando um trator em Vitória (ES), em 1952
  Foi nesse espaço contínuo que a agricultura moderna mais se desenvolveu nos anos 1960, no contexto nacional. Além das tradicionais monoculturas de exportação do algodão e do café, nele se intensificaram e se expandiram as lavouras do milho e da soja, em caráter empresarial.
  A expansão do grande empreendimento agropecuário moderno afetou muitas áreas de pequena produção agrícola, estando estas em áreas já colonizadas ou em áreas de expansão da fronteira. Isso porque o modelo de modernização conservador, ao direcionar sua política de crédito subsidiado para a mecanização, a utilização de insumos e os implementos industriais, fez com que o desenvolvimento da agricultura dependesse cada vez mais de investimentos de capital. Nesse sentido, o alto custo da utilização de insumos modernos inviabilizava os pequenos agricultores, uma vez que a eles foram impostas condições de produção semelhantes à dos grandes proprietários.
Casa de farinha rústica em João Pessoa - PB, em 1957
  Até mesmo espaços rurais de pequena produção, distantes da principal área de agricultura moderna formada pela região Sul e o estado de São Paulo, sofreram modificações em seu processo de produção tradicional. Este é o caso do Maranhão, onde, nos anos 1960, projetos governamentais favoreciam a apropriação da terra por grandes empreendimentos pecuários. Com a pecuarização e a privatização das terras, extensas áreas de mata e capoeira foram transformadas em pastagens, destruindo, desse modo, o sistema agroextrativo prevalecente nesta área, ao qual estavam ligados os pequenos agricultores estabelecidos há décadas nos vales dos rios Grajaú e Pindaré.
Ordenha manual em uma propriedade de São Paulo, em 1958
  A fronteira agrícola é um termo criado para definir a região do país que sofre com o avanço das práticas agrícolas devido às devastações das florestas. A fronteira agrícola representa uma área que é mais ou menos definida de expansão das atividades agropecuárias sobre o meio natural. Geralmente, é nessa zona que são registrados muitos casos de desmatamento ilegal e de conflitos que envolvem a posse e o uso das terras que são chamadas de terras devolutas, que são aqueles espaços naturais pertencentes à União e que são delimitadas por propriedades legais. Estas, servem de moradia para índios e comunidades tradicionais e familiares.
  A fronteira agrícola está diretamente ligada com a necessidade de uma maior produção de alimentos, criação de animais sob a demanda internacional de importação destes produtos. Está ligada também à ausência de políticas públicas eficientes, pois muitas terras são compradas ilegalmente e sem controle algum das fiscalizações.
Colheitadeira em uma plantação de algodão
  Essa fronteira já esteve presente em várias regiões do nosso país. Ao longo da história, essa localização vem se expandindo e modificando de acordo com mudanças políticas e econômicas de cada período. Durante o período colonial, a fronteira agrícola se localizava na zona litorânea, principalmente na Mata Atlântica, onde havia uma grande exploração do pau-brasil. Depois, essa área passou a ser utilizada para o plantio de cana-de-açúcar. A mineração e o surgimento de novos cultivos expandiram a fronteira agrícola do Brasil.
  Na segunda metade do século XX, a fronteira agrícola do Brasil chegou à região central do país, em áreas de Cerrado. Em poucos anos, essa vegetação foi quase toda devastada, restando menos de 20% de sua área original. Os principais cultivos desenvolvidos na área de cerrado são os de soja, milho, algodão e cana-de-açúcar.
Cultivo de soja em área de Cerrado no estado do Piauí
  Nos últimos anos, a fronteira agrícola vem avançando em direção à Floresta Amazônica, especificamente nos estados do Pará, Mato Grosso, Tocantins e Maranhão. Nesses estados são registrados vários conflitos. Esses conflitos envolvem garimpeiros, indígenas, posseiros e grandes fazendeiros, (muitos deles chamados de grileiros - que falsificam o título de uma propriedade da União para torná-la definitiva como sua propriedade).
  Além dos cultivos de soja, milho e algodão, a pecuária extensiva contribui também para o avanço da fronteira agrícola na Região Norte.
Devastação da Floresta Amazônica no Mato Grosso

domingo, 19 de julho de 2020

O TRANSPORTE RODOVIÁRIO INTERNACIONAL DE CARGAS (TRIC)

  Para fazer transporte rodoviário internacional de cargas, as empresas devem seguir as determinações dos órgãos reguladores. São eles que estabelecem as regras para esse tipo de processo e segui-las é essencial, já que garante a segurança e a eficiência dos procedimentos.
  A principal reguladora dessa atividade no Brasil é a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). É ela a responsável por emitir os atos legais e regulamentares do setor, bem como por determinar os procedimentos operacionais a serem seguidos nesse tipo de situação.
  O Brasil, em virtude de sua situação geográfica, mantém historicamente acordos de transporte internacional terrestre, principalmente rodoviário, com quase todos os países da América do Sul. Com a Colômbia, Equador, Suriname e Guiana Francesa, o acordo está em negociação.
  O Acordo sobre Transporte Internacional Terrestre entre países do Cone Sul, que contempla os transportes ferroviário e rodoviário, inclui Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Peru, Paraguai e Uruguai. Entre Brasil e Venezuela refere-se apenas ao transporte rodoviário. O mesmo ocorrerá com a negociação que está em andamento com a Guiana.
BR-101 - na divisa entre o Rio Grande do Norte e a Paraíba
  O Mercado Comum do Sul - Mercosul -, que é um tratado de integração com maior amplitude entre Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, absorveu o Acordo de Transportes do Cone Sul.
  Tais acordos buscam facilitar o incremento do comércio, turismo e cultura entre os países, no transporte de bens e pessoas, permitindo que veículos e condutores de um país circulem com segurança, trâmites fronteiriços simplificados nos territórios de todos os países sul-americanos.
  Complementarmente aos acordos básicos citados, têm sido estabelecidos acordos específicos no Mercosul, como o de Transporte de Produtos Perigosos e o Acordo sobre Trânsito.
  O Regulamento para o Transporte de Produtos Perigosos se deu por meio da Resolução Nº 5.848, de 25 de junho de 2019. O Artigo 5º do Capítulo II estabelece que, para a realização do transporte rodoviário remunerado de produtos perigosos, o transportador deve estar devidamente inscrito em categoria específica do Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas - RNTRC.
Rodovia BR-010, na altura do Parque Nacional da Chapada das Mesas - Maranhão
  O Acordo sobre a Regulamentação Básica Unificada de Trânsito foi estabelecido pelos governos da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai, em 29 de setembro de 1992, e foi estabelecido pelo Decreto Federal de 3 de agosto de 1993. É a legislação que regulamenta o transporte rodoviário entre os países integrantes.
  Decisões relacionadas a transporte têm grande impacto estratégico nas empresas. Empresas nacionais precisam da licença originária (que é a autorização que permite que a companhia faça transporte rodoviário internacional de cargas) e da autorização de viagem de caráter ocasional (concedida para a realização de viagem não permanente). O processo é regulamentado pela Resolução Nº 1.474/2006.
  Para obter a licença originária, a companhia deve:
  • ser constituída nos termos da legislação brasileira;
  • ter uma frota com capacidade dinâmica de transporte mínima total de 80 toneladas, composta de veículos do tipo trator com semi-reboque, caminhão com reboque ou caminhão simples;
  • ter escritórios e meios de comunicação adequados;
  • ter os veículos da frota devidamente habilitados.
Rodovia Pan-Americana - trecho na cidade de Buenos Aires, Argentina
  Se a empresa for estrangeira, é necessária uma licença complementar. Trata-se de um documento expedido pela ANTT que autoriza empresas com sede em outro país a prestar e operar serviço de transporte rodoviário internacional de cargas. Essas exigências podem ter impactos importante nos custos de fretes.
  Alguns documentos são essenciais para acompanhar mercadorias no transporte rodoviário internacional de cargas. Esses itens ficam com os produtos desde a saída do fornecedor até a chegada ao consumidor final. Antes, esses papéis eram emitidos de forma física, mas hoje são eletrônicos. Os principais documentos são:
1. Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e) - trata-se de um documento emitido e armazenado apenas eletronicamente, que equivale a uma nota fiscal de prestação de serviço de transporte de carga. É usado para qualquer modal (rodoviário, aéreo, ferroviário, hidroviário e dutoviário).
  Quando há necessidade de conferência em postos de fiscalização, são exigidos as DANFEs (Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica), os CT-es (porte obrigatório no trânsito nacional) das mercadorias para que seja feita a consulta dos registros diretamente na Secretaria da Fazenda (Sefaz). O CT-e é válido em todos os estados brasileiros e pode substituir:
  • Nota Fiscal de Serviço de Transporte (quando utilizada em transporte de cargas;
  • Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas - CRT;
  • Conhecimento de Transporte Aquaviário de Cargas;
  • Conhecimento Aéreo;
  • Conhecimento de Transporte Ferroviário de Cargas;
  • Nota Fiscal de Serviço de Transporte Ferroviário de Cargas.
BR-020, na divisa entre o Distrito Federal e Goiás
  O Documento Auxiliar do Conhecimento de Transporte Eletrônico (DACTE) é uma versão simplificada do CT-e impressa em papel. Não é reconhecido como conhecimento de transporte e não o substitui, mas acompanha a mercadoria  em trânsito com informações que permitem a consulta do CT-e e no site da Sefaz.
  O Conhecimento de Transporte Internacional - CRT por rodovia (Carta de Porte Internacional por Carreteira ou Carta de Porte Internacional por Carretera) - tem a função de contrato de transporte terrestre, recibo de entrega e título de crédito. Ele é emitido em três vias originais, sendo uma do transportador, uma do embarcador e uma que acompanha a carga.
BR-116 - trecho na Região Serrana do Rio de Janeiro
2. Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais (MDF-e) - o MDF-e, cuja finalidade é agilizar o registro em lote de documentos fiscais em trânsito e identificar a unidade de carga utilizada, também é emitido e armazenado eletronicamente. É gerado após o registro do CT-e e tem validade em todos os estados brasileiros.
  É o registro reconhecido para acompanhar o trânsito e o recebimento de mercadorias em todo o território nacional. Já o Documento Auxiliar do Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais (DAMDFE) é usado para acompanhar o transporte e informar o trânsito dos documentos da carga. Segundo a legislação atual, o MDF-e pode ser usado em substituição ao Manifesto de Carga.
BR-153 - trecho em Fortaleza do Tabocão (TO)
3. Manifesto Internacional de Cargas/Declaração de Trânsito Aduaneiro (MIC/DTA) - é o documento de autorização alfandegária utilizado no transporte rodoviário para que produtos sujeitos a controle aduaneiro possam ser transportados. É um formulário único que pode ser combinado o manifesto de carga com o trânsito aduaneiro quando da lotação de um veículo usado durante o trânsito aduaneiro na fronteira, onde apenas são conferidos a documentação e o lacre da carga, sem a necessidade da vistoria da carga em fronteira.
  O MIC/DTA permite a redução de custos com armazenagem e tempo na liberação em Estações Aduaneiras do Interior (EADIs). Além de permitir o desembaraço aduaneiros e o pagamento dos tributos da importação, sejam realizados no destino final e não no local do cruzamento na fronteira.
Trecho da BR-343 entre Capitão de Campos e Cocal de Telha (PI)
Principais
  Quando o transportador não tem a posse dos documentos para o transporte rodoviário internacional de cargas, as consequências podem trazer prejuízos, pois a carga pode ficar parada na fronteira até que os registros sejam regularizados.
  Isso significa a geração de custos com a estadia do caminhão parado no local, o armazenamento dos itens e até uma multa contratual. Tudo isso depende do acordo comercial entre as partes envolvidas. Outros prejuízos envolvem as cargas perecíveis, que podem ser perdidas se ficarem paradas por muito tempo.
  Uma das melhores formas de reduzir os riscos fiscais das operações de transporte rodoviário internacional de cargas é usar um sistema integrado de gestão de transporte (Transportation Mangemente System - TMS). Esse tipo de ferramenta é específico para a gestão de transporte.
  Com ele, garante-se a agilidade na emissão de documentos e mantêm-se os cuidados necessários para que sejam emitidos, sempre em conformidade com a lei. Essas resoluções tecnológicas são fundamentais para dar auxílio à gestão de documentos fiscais.
BR-324 - trecho no estado da Bahia
  De modo geral, o transporte rodoviário internacional de cargas requer muita atenção, especialmente à documentação necessária durante o processo. Ter os registros necessários em ordem é a melhor forma de reduzir as chances de penalidades e prejuízos - que podem decorrer de informações não declaradas ou do pagamento incorreto de impostos, entre outros.
BR-122, próximo à Quixadá (CE)

terça-feira, 7 de julho de 2020

CANADÁ: SEGUNDO MAIOR PAÍS EM EXTENSÃO DO MUNDO

  O Canadá é o segundo país mais extenso do mundo. Possui uma área de 9.984.670 km² e é o país com o território mais extenso do continente americano. O espaço canadense é dividido em dez províncias e três territórios. O território canadense se estende desde o Oceano Atlântico, a leste, até o Oceano Pacífico, a oeste. O norte do país é limitado pelo Oceano Glacial Ártico. A sua fronteira comum com os Estados Unidos, no sul e no noroeste, é a mais longa fronteira terrestre do mundo.
  As terras ocupadas pelo Canadá são habitadas há milênios por diferentes grupos de povos aborígenes. O país tem como regime político a democracia parlamentar e a monarquia constitucional, tendo a Rainha Isabel II como chefe de Estado - um símbolo dos laços históricos do Canadá com o Reino Unido -, sendo o governo dirigido por um primeiro-ministro. É um país bilíngue e multicultural, tendo o inglês e o francês como língua oficial.
Mapa do Canadá
HISTÓRIA
  A história do Canadá se inicia com a chegada dos primeiros povos paleoamericanos. Estudos arqueológicos e genéticos indicam uma presença humana no norte de Yukon há 26.500 anos e no sul de Ontário por volta de 9.500 anos atrás. Os sítios arqueológicos mais antigos do Canadá são as Planícies de Old Crow e as cavernas de Bluefish. As características das civilizações aborígenes canadenses incluíam assentamentos permanentes ou urbanos, agricultura, cidadania, arquitetura monumental  e complexas hierarquias sociais. Algumas dessas civilizações já tinham desaparecido antes da colonização europeia (início do século XVI) e foram descobertas através de pesquisas arqueológicas.
  O extenso território onde hoje se situa o Canadá, tem sido habitado há milhares de anos por grupos distintos de povos ameríndios, cada qual tendo evoluído e criado suas próprias redes de comércio, suas crenças espirituais e seus esquemas de hierarquia social. Alguns deses povos, também chamados de aborígenes, são os algonquinos, os esquimós, os iroqueses, os sioux, entre outros.
  Estima-se que no final do século XV e início do século XVI viviam entre 200 mil e 2 milhões de indígenas no que é o atual território do Canadá. Surtos repetidos de doenças infecciosas europeias como a gripe, o sarampo e a varíola (para as quais os indígenas não tinham imunidade natural), combinados com outros efeitos do contato europeu, resultou em uma diminuição de 40% a 80% da população nativa após a chegada dos europeus.
  Os povos aborígenes do Canadá pertencem basicamente a três grupos principais: um grupo bastante heterogêneo, chamado Primeiras Nações; os inuítes, popularmente chamados de esquimós; e os métis. Métis é uma cultura mestiça originada em meados do século XVII, quando as Primeiras Nações e os Inuítes se misturaram com os colonos europeus. Os esquimós tinham uma interação mais limitada com os colonizadores europeus durante os períodos iniciais.
Povos pertencentes ao grupo das Primeiras Nações participando de celebrações
  Em 1497, o navegador italiano Giovani Caboto, a serviço dos membros da Coroa Britânica, reivindicou o domínio europeu nessa porção do continente americano. Logo em seguida, os franceses também se fixaram na região para imprimir as suas atividades de natureza colonial. Pela definição de algumas teorias, a aventura britânica e francesa pela América do Norte aconteceu como um desdobramento das tentativas de buscar outra rota marítimo-comercial para o Oriente.
  Mesmo não alcançando o tão cobiçado mercado oriental, os mercadores dessas nações exploraram o pescado e as peles, tão facilmente encontradas em terras canadenses.
  A colonização europeia começou efetivamente no século XVI, quando os britânicos, e principalmente, os franceses, estabeleceram-se pelo Canadá. Os britânicos instalaram-se originalmente na Terra de Rupert - uma extensa área que posteriormente daria origem aos Territórios do Noroeste, Manitoba, Saskatchewan e Alberta, que são áreas do centro, oeste e noroeste do país -, sendo que na região dos Grandes Lagos, do Rio São Lourenço e a que atualmente compõe as atuais províncias de Nova Escócia e Nova Brunswick, se instalaram os franceses. A Nova França e a Acádia começaram a se expandir. Essa expansão não foi bem aceita pelos ingleses e os colonos das Treze Colônias (as quais se tornariam os Estados Unidos), desencadeando uma série de batalhas que culminou no Tratado de Paris, em 1763, no qual os franceses cederam seus territórios da Nova França e da Acádia aos britânicos.
Mapa da Nova França, feita por Samuel de Champlain, em 1612
  Os britânicos, que já então dominavam as imensas Terras de Rupert e os territórios de Nunavut, Territórios do Noroeste e Yukon, emitiram o Quebec Act, que permitiu aos franceses estabelecidos no antigo Canadá, manterem seu código civil e a liberdade de religião e idioma.
  Com a Guerra da Independência dos Estados Unidos, que durou de 1775 a 1783, o Canadá recebeu um grande número de colonos leais aos britânicos proveniente das Treze Colônias. Esses colonos se estabeleceram na atual província de Ontário. Esse episódio levou a Inglaterra a separar esse território canadense em dois: Canadá Superior (atual Ontário) e Canadá Inferior (atual Quebec), além do território de Nova Brunswick (antiga Acádia).
  Em 1812, os Estados Unidos invadiram o Canadá Inferior e o Canadá Superior na tentativa de anexar o resto das colônias britânicas na América do Norte, o que levou à Guerra de 1812. Os Estados Unidos não tiveram sucesso, recuando ao tomarem conhecimento da chegada de tropas britânicas, porém, ocuparam temporariamente as cidades de York (atual Toronto) e Quebec, queimando-as ao se retirarem. Em retaliação, tropas canadenses e britânicas perseguiram os americanos em fuga, invadindo o Nordeste dos Estados Unidos, atacando e queimando várias cidades, inclusive a capital Washington D.C..
Ottawa - com uma população de 1.371.439 habitantes (estimativa 2020) é a capital e quinta cidade mais populosa do Canadá
  Em 1837, houve uma grande rebelião de colonos, tanto no Baixo Canadá quanto no Alto Canadá, levando os britânicos a uma tentativa de assimilar a cultura francesa à britânica. O receio de uma segunda invasão norte-americana aumentou os gastos em defesa.
  Em 1848, a Inglaterra autorizou os canadenses a conduzirem as suas próprias instituições políticas, desde que os assuntos de natureza externa permanecessem sob o controle do Império Britânico.
  Com o fim da Guerra Civil dos Estados Unidos, lideranças políticas canadenses defendiam que a união política das províncias era fundamental para que os Estados Unidos não tentassem a anexação dos seus territórios. Em 1 de julho de 1867 foi criada a Confederação do Canadá, idealizada por colonos canadenses das províncias do Canadá, Nova Brunswick e Nova Escócia, cujo objetivo era promover a união das colônias britânicas, formando o domínio do Canadá. Lentamente, outras colônias britânicas aceitaram unir-se à Confederação Canadense.
Pintura representando a Confederação do Canadá, de Robert Harris
  Inspirados pelo sistema britânico, os políticos do Novo Estado optaram por um regime em que o Parlamento - composto pela Câmara dos Comuns e do Senado - trataria de assuntos de natureza nacional. Enquanto isso, as províncias teriam autonomia para discutir e elaborar as leis que se restringissem aos assuntos locais. Pouco tempo depois, os canadenses organizaram o seu processo de expansão territorial rumo ao oeste.
  Em 1869, um levante liderado por Louis Riel garantiu a conquista da província de Manitoba. Um ano mais tarde, os membros da Colúmbia Britânica decidiram se incorporar ao Canadá. Em 1873, a Ilha do Príncipe Eduardo também tomou a mesma ação. A última província canadense foi conquistada em 1949, quando a Terra Nova optou pelo fim da subordinação britânica.
Proclamação da Confederação Canadense pela Rainha Vitória
   Como o Reino Unido ainda mantinha o controle das relações exteriores do Canadá ao abrigo da Lei da Confederação, com a declaração britânica de guerra em 1914, o Canadá foi automaticamente envolvido na Primeira Guerra Mundial. Os voluntários enviados para a Frente Ocidental passaram mais tarde a fazer parte do Corpo Canadense. O Corpo desempenhou um papel importante em várias batalhas na Guerra.
  A Crise de Recrutamento de 19717 eclodiu quando o primeiro-ministro conservador Robert Borden decretou o serviço militar obrigatório, contrário à posição dos quebequenses de origem francesa, que se rebelaram contra a medida. Em 1919, o Canadá entrou na Liga das Nações, independentemente do Reino Unido. Os protestos pela independência aumentaram e, em 11 de dezembro de 1931, por meio do Estatuto de Westminster, o Canadá se tornou independente do Reino Unido.
  A Grande Depressão trouxe dificuldades econômicas para todo o Canadá, pois o país sofreu com uma seca que devastou vastas áreas de terras agrícolas no oeste: Saskatchewan, Alberta e Manitoba. Por causa disso, milhares de agricultores abandonaram suas terras e se mudaram para a região do rio Peace de Alberta, para a Colúmbia Britânica ou para as cidades. Em resposta, o partido político Co-operative Commonwealth Federation (CCF), em Alberta e Saskatchewan, promulgou várias medidas para estabelecer um estado de bem-estar social, entre 1940 e 1950.
Mapa animado da evolução territorial do Canadá
  Durante a Segunda Guerra Mundial, o Canadá, de forma independente, declarou guerra à Alemanha três dias após o Reino Unido. As primeiras unidades do Exército canadense chegaram à Grã-Bretanha em dezembro de 1939. As tropas canadenses desempenharam um papel importante em várias batalhas na Guerra. O Canadá deu asilo e proteção à monarquia dos Países Baixos, enquanto este país esteve ocupado tentando defender o seu território das tropas alemães.
  A economia canadense cresceu fortemente com a fabricação de materiais militares pela indústria para abastecer as tropas aliadas, principalmente, além do Canadá, as tropas britânicas, chinesas e soviéticas. Apesar de outra crise de recrutamento em Quebec, o Canadá terminou a guerra como uma das maiores forças armadas do mundo e com a segunda maior economia do planeta.
Calgary - com uma população de 1.442.742 habitantes (estimativa 2020) é a quarta cidade mais populosa do Canadá
  O Domínio da Terra Nova (atualmente Terra Nova e Labrador), na época, um equivalente do Canadá e da Austrália, uniu-se ao Canadá em 1949. O crescimento do Canadá, combinado com as políticas dos sucessivos governos liberais, levou ao aparecimento de uma nova identidade canadense, marcada pela adoção da atual bandeira, em 1965, a aplicação do bilinguismo oficial (francês e inglês), em 1969, e o multiculturalismo oficial em 1971. Houve também a fundação de programas social-democratas, tais como saúde universal, o  Canadian Pension Plan (fundo soberano de previdência do Canadá) e empréstimos estudantis, apesar de os governos governos provinciais, sobretudo Quebec e Alberta, se oporem a muitos destes planos como incursões em suas jurisdições. Finalmente, uma outra série de conferências constitucionais resultou na chamada Patriation (patriamento ou patriação) de 1982, ou seja, a Constituição do Canadá. Simultaneamente a esse processo, foi criada a Carta Canadense dos Direitos e das Liberdades. Em 1999, Nunavut tornou-se território terceiro do Canadá, após uma série de negociações com o governo federal.
Hamilton - com uma população de 774.456 habitantes (estimativa 2020) é a nona cidade mais populosa do Canadá
  Ao mesmo tempo, Quebec passou por profundas mudanças sociais e econômicas através da "Revolução Tranquila", dando origem a um movimento nacionalista e mais radical na província chamado Front de Liberátion du Quebec (Frente de Libertação de Quebec - FLQ), cujas ações culminaram na Crise de Outubro de 1970. Uma década depois, um referendo mal sucedido sobre a soberania-associação da província de Quebec realizou-se em 1980, depois que as tentativas de emenda constitucional fracassaram em 1990. Em uma segundo referendo realizado em 1995, a soberania da província foi rejeitada por uma margem muito pequena de votos (50,6% votaram não e 49,4% votaram pelo sim). Em 1997, a Suprema Corte decidiu que a secessão unilateral de uma província seria inconstitucional, e o Clarity Act (ou Bill-20 antes de se tornar lei) foi aprovada pelo Parlamento que define os termos de uma saída negociada da federação.
  Além das questões sobre a soberania do Quebec, uma série de crises sacudiu a sociedade canadense no final dos anos 1980 e início dos anos 1990. Um deles foi a explosão do Voo Air India 182, em 1985, o maior assassinato em massa da história do Canadá; o Massacre da Escola Politécnica de Montreal, em 1989, quando um atirador alvejou várias estudantes universitárias; e a Crise de Oka, em 1990, o primeiro de uma série de violentos confrontos entre o governo e grupos aborígenes do país.
  O Canadá também participou da Guerra do Golfo, em 1990, como parte de uma força de coalizão liderada pelos Estados Unidos, e foi ativo em várias missões de paz no final dos anos 1990. O país enviou tropas para o Afeganistão em 2001, mas se recusou a enviar tropas para o Iraque, quando os norte-americanos invadiram o país em 2003.
Exterior da Escola Politécnica de Montreal, onde aconteceu o massacre em 6 de dezembro de 1989
GEOGRAFIA
  O Canadá ocupa a maior parte do norte da América do Norte, partilhando as fronteiras terrestres com os Estados Unidos continentais ao sul e com o estado norte-americano do Alasca a noroeste. Seu território estende-se desde o Oceano Atlântico, a leste, até o Oceano Pacífico, a oeste, e ao norte é banhado pelas águas do oceano Glacial Ártico. O litoral canadense é muito extenso, tanto no norte, como no oeste e no leste. É também o país com o litoral mais extenso do mundo.
  Em grande parte do território canadense há ocorrência dos climas polar e frio, com invernos longos e rigorosos, marcado por baixas temperaturas e queda de neve. No sul, na fronteira com os Estados Unidos, o clima dominante é o temperado, que apresenta invernos mais curtos e temperaturas mais amenas. As temperaturas médias do inverno e do verão em todo o Canadá variam de acordo com a região. O inverno pode ser rigoroso em muitas regiões do país.
Mapa com as médias térmicas do Canadá
  O relevo canadense é dividido em cinco grandes regiões naturais: o Escudo Canadiano, os Apalaches, as planícies dos Grandes Lagos e do Rio São Lourenço, as Planícies Internas (ou Praieries) e a Cordilheira. O Escudo Canadiano, é a mais vasta forma de relevo do país. Estende-se da Península do Labrador ao Grande Lago do Urso, e do Oceano Glacial Ártico até o oeste do Lago Superior, na fronteira com os Estados Unidos. Geologicamente, é uma das terras mais antigas do Canadá. Nesse escudo há uma grande diversidade de paisagens, com a presença de florestas boreais, lagos e pântanos. A geologia canadense é composta por muitos vulcões e no seu território há uma grande ocorrência de terremotos, principalmente na porção oeste.
  Os Apalaches é, ao mesmo tempo, uma região que engloba os Montes Apalaches e as planícies dos Grandes Lagos e do Vale do rio São Lourenço. As Planícies Centrais é onde se encontra as Pradarias. O oeste do país encontra as Montanhas Rochosas, também chamada de Cordilheira. Nessa região encontra-se o ponto mais elevado do país, o Maciço Logan ou Monte Logan, com 5.959 metros, que é também a segunda montanha mais elevada da América do Norte.
Monte Logan - o ponto mais elevado do Canadá
  A hidrografia do Canadá é composta por muitos rios e lagos. O país é o que possui o maior número de lagos do Mundo. Os principais lagos presentes no território canadense são os Grandes Lagos, conjunto de cinco lagos que, junto com a bacia do Rio São Lourenço, forma o maior reservatório de água doce do mundo. Os Grandes Lagos estão localizados entre os territórios dos Estados Unidos e do Canadá e é composto pelos lagos Superior, Michigan, Huron, Erie e Ontário.
  O maior lago localizado inteiramente dentro do território canadense é o Grande Lago do Urso. Esse lago está localizado no Círculo Polar Ártico, nos Territórios do Noroeste e possui uma superfície de 31.153 km². Entre novembro a julho, esse lago permanece com suas águas congeladas. Outros lagos importantes são: Grande Lago do Escravo, Winnipeg, Athabasca, Rena, o Reservatório Smallwood (que é um lago artificial), Moraine, Arrow, entre outros.
Lago Moraine
  Dentre os principais rios que cortam o território canadense destacam-se os rios São Lourenço e Mackenzie. O Rio São Lourenço nasce no Lago Ontário e conecta os Grandes Lagos com o Oceano Atlântico, percorrendo uma área de 1.197 quilômetros e passando pelas províncias de Ontário e Quebec, no Canadá, e pelo estado norte-americano de Nova Iorque, servindo como fronteira entre os dois países. Sua foz é no Golfo de São Lourenço, o maior estuário do mundo.
Rio São Lourenço, na região das Mil Ilhas, entre a província de Ontário (Canadá) e o estado de Nova Iorque (EUA)
  O rio Mackenzie nasce no centro-leste da Colúmbia Britânica com o nome de Finlay e, com uma área de 4.241 quilômetros é o rio mais extenso do Canadá, desaguando no Oceano Glacial Ártico. Os recursos econômicos do Mackenzie são pouco acessíveis e somente na década de 1960 seu potencial hidrelétrico passou a ser aproveitado, com a construção da hidrelétrica do rio Peace. Grande parte desse rio passa vários meses com suas águas congeladas, principalmente próximo à sua foz.
Delta do Rio Mackenzie
  As principais formações vegetais do Canadá são a tundra, a floresta boreal ou taiga e as pradarias. A tundra encontra-se no norte do país, onde o clima é bastante severo e o solo é de permafrost, ou seja, que passa a maior parte do ano coberto de gelo. Essa vegetação é rasteira e só aparece durante o curto verão polar. A taiga predomina em quase todo o território canadense, e é uma vegetação homogênea do tipo aciculifoliada (folhas em formas de agulha). A taiga é bastante utilizada pela indústria de papel e celulose, que usa o sistema de reflorestamento. Mais ao sul, principalmente na fronteira central com os Estados Unidos, predomina as pradarias, formação herbácea composta basicamente por gramíneas. Nas áreas mais elevadas predominam a vegetação de altitude e os campos alpinos.
Solo de permafrost em Iqaluit, capital de Nunavut, no Canadá
DEMOGRAFIA
  Uma característica marcante do Canadá é sua diversidade étnica, formada pela miscigenação de indígenas e descendentes de ingleses e franceses e, em menor proporção, por outros grupos de europeus e asiáticos que chegaram ao território canadense a partir do século XVII.
  Atualmente, a  população canadense encontra-se irregularmente distribuída pelo território. As maiores concentrações populacionais estão ao sul do território e ao longo da fronteira com os Estados Unidos. Estimativas da ONU, indicam que a população do Canadá em 2020 é de 38.017.693 habitantes. O imenso território e a pequena população fazem com que a densidade demográfica seja bastante baixa, em torno de 3,8 hab./km². Dessa forma, além de pouco populoso, o país é também pouco povoado.
  Como o Canadá foi colonizado por franceses e ingleses, o país tem dois idiomas oficiais: o inglês, falado pela maioria da população, e o francês, falado principalmente na província de Quebec. Uma pequena parcela da população fala os dois idiomas. Além dessas etnias, vivem no país descendentes de vários outros povos, como escoceses, irlandeses, alemães, italianos, chineses, nativos da América do Norte, entre outros. Essa diversidade é resultado da política de imigração do país, que faz com que quase 22% da população canadense seja de imigrantes internacionais.
Edmonton - com uma população de 1.368.997 habitantes (estimativa 2020) é a sexta cidade mais populosa do Canadá
  O Canadá é um país com elevado desenvolvimento socioeconômico. Considerando dados do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) divulgado em 2019, o país ocupa a 13ª posição no ranking e quase não há analfabetos na população adulta.
  A população canadense é formada por elevado número de idosos. Esse aspecto decorre da elevada expectativa de vida (superior aos 82 anos), associado às baixas taxas de natalidade. Para cada mil canadenses, ocorrem 11 nascimentos, o que corresponde a aproximadamente 403 mil bebês por ano.
  Como acontece em outros países de elevado desenvolvimento humano, o envelhecimento da população tem trazido alguns desafios ao governo canadense, como tentar resolver o problema de escassez de mão de obra e lidar com o aumento significativo do número de aposentados. Para garantir os investimentos nas áreas de previdência social e saúde, necessários à população idosa, entre outras medidas, o governo aumentou impostos ao longo do tempo.
  Para atender às necessidades de mão de obra do país, o governo canadense criou vários programas de imigração. A análise do candidato é feita com base no nível de escolaridade, no domínio das línguas oficiais e nas experiências de trabalho, entre outros aspectos.
Winnipeg - com uma população de 806.514 habitantes (estimativa 2020) é a oitava cidade mais populosa do Canadá
Movimentos separatistas no Canadá
  A colonização francesa no Canadá teve por núcleo o Vale do Rio São Lourenço, onde foram fundadas as cidades de Quebec, em 1608, e Montreal, em 1642. Em 1763, depois de vários conflitos com os ingleses, os territórios ocupados pela França foram cedidos à Inglaterra. Mas os franco-canadenses, concentrados no território de Quebec, conservaram diversos direitos, entre os quais os de manter as leis já existentes e a liberdade de idioma e religião.
  Algumas vezes ocorreram reivindicações por independência na província de Quebec, que abriga a maioria dos descendentes de franceses e tem a língua francesa como único idioma oficial. Em 1980 e 1995 foram realizados plebiscitos para decidir pela independência de Quebec ou sua permanência como parte do território canadense. A separação foi rejeitada pela maioria da população da província nos dois momentos.
  Em 1987, um acordo firmado entre o governo canadense e os separatistas, concedeu maior autonomia política e econômica ao Quebec.
  Nos últimos anos, o movimento separatista de Quebec perdeu força, pois a província passou a ter maior autonomia política e econômica em relação ao Governo Federal e foram eleitos governantes contrários à separação.
Quebec - com uma população de 829.106 habitantes (estimativa 2020) é a sétima cidade mais populosa do Canadá
  Outra questão territorial importante envolve os inuítes (povo nativo do Canadá), que reivindicam a posse de terras localizadas no extremo norte do país, ricas em recursos minerais, como prata, cobre, chumbo e zinco, e que são concedidas a grandes mineradoras para exploração.
  Em 1999, na tentativa de minimizar o conflito, o governo canadense transferiu aos inuítes parte dos territórios do Noroeste, constituindo o Território de Nunavut, que passou a ser administrado pelos nativos.
Povos da etnia inuíte (esquimó)
ECONOMIA
  A economia canadense, que está entre as maiores do mundo, é caracterizada por agricultura e pecuária modernas, exploração de recursos naturais e industrialização baseada em grandes empresas. Além disso, o país apresenta disponibilidade de recursos minerais e energéticos e uma densa rede de transportes. Cerca de 40% da produção industrial canadense é proveniente das províncias de Quebec e Ontário. Os destaques são os setores madeireiros (papel e celulose), siderúrgico e eletrônico, equipamentos de transporte e aviação, telecomunicações e informática.
  Nas primeiras décadas do século XX, a economia canadense cresceu de forma expressiva, tornando-se uma significativa força agrícola e industrial. Na década de 1930, os efeitos da Grande Depressão foram superados, na medida em que, a inserção da Segunda Guerra mundial aqueceu a sua economia e transformou-o após o conflito, no quarto maior parque industrial do mundo.
  As exportações do Canadá, em 2019, somaram quase 500 bilhões de dólares, e os principais parceiros comerciais foram os Estados Unidos e a China. Nesse mesmo ano, o país importou mais de 400 bilhões de dólares, sobretudo dos Estados Unidos, da China e do México. Canadenses e norte-americanos são importantes parceiros comerciais, porém, essa relação vem passando por um período de crise, iniciada com o comércio de aço.
Mapa da economia do Canadá
  • Agricultura e pecuária
  Com condições climáticas rigorosas em grande parte do território, apenas 7% das terras do Canadá são ocupadas por áreas agrícolas ou pastagens. Apesar disso, o país é um dos maiores produtores agrícolas do mundo em decorrência do elevado grau de mecanização e das tecnologias utilizadas no processo produtivo. Os principais produtos cultivados são trigo, aveia, soja, cevada e centeio.
  A agricultura mecanizada, realizada sobretudo nas áreas úmidas e férteis da  Planície Central, também conhecida como Praieries, é o celeiro agrícola do país.
  A Região dos Grandes Lagos e o Vale do Rio São Lourenço também têm agricultura desenvolvida, principalmente na produção de hortifrutigranjeiros, para abastecer seu grande mercado consumidor.
  O Canadá é considerado um dos principais produtores de alimentos do mundo, com destaque para cereais como trigo, aveia, centeio, cevada, canola e linhaça, que são exportados especialmente para os Estados Unidos.
Produção de trigo em uma fazenda no Canadá
  • Exploração de madeira
  Uma grande quantidade de madeira é extraída das extensas áreas de Taiga que cobrem cerca de 42% do território canadense. Além de ser exportada, é utilizada para a fabricação de celulose (matéria-prima usada na fabricação do papel) e papel-jornal, atividade em que o Canadá se destaca como um dos maiores produtores mundiais.
  A exploração de madeira é realizada com reflorestamento - para toda árvore derrubada, outra deve ser plantada -, embora o território não esteja livre de explorações ilegais.
Floresta de taiga no Canadá
  • Recursos minerais e energéticos
  O Canadá é um grande exportador de riquezas minerais, configurando-se como o terceiro maior exportador de minérios do mundo, com destaque para o alumínio, o zinco, o ferro e o chumbo.
  Os recursos minerais são explorados especialmente no Planalto Canadense e nas Montanhas Rochosas. Essas formas de relevo são constituídas por rochas magmáticas cristalinas, geologicamente favoráveis à ocorrência de minerais, como ferro, cobre, níquel, chumbo, prata, entre outros.
  Os recursos energéticos são explorados principalmente nas Planícies Centrais, onde há importantes jazidas de combustíveis fósseis: petróleo, gás natural, carvão mineral e xisto betuminoso. Uma questão ambiental que merece ser destacada é a exploração do xisto, que ocorre principalmente na província de Alberta. O processo de extração envolve o uso de componentes químicos e está sujeito a vazamentos que podem contaminar os solos e as águas com metais pesados e compostos químicos. Além disso, esse processo de extração também emite metano, um dos gases do efeito estufa.
  Apesar da abundância de combustíveis fósseis, grande parte da energia produzida no Canadá é hidrelétrica, proveniente do intenso aproveitamento dos rios. O país é um dos maiores produtores de energia hidrelétrica do mundo.
Monumento que simboliza a importância do petróleo para a economia local, em Edmonton, a capital canadense do petróleo
  • Indústria
  Após 1945, a indústria canadense recebeu grandes investimentos dos Estados Unidos e se desenvolveu de maneira complementar à indústria estadunidense.
  As indústrias canadenses concentram-se principalmente nas regiões dos Grandes Lagos e no Vale do Rio São Lourenço, com destaque para as indústrias madeireiras, de papel e celulose, siderúrgicas, automobilísticas, petroquímicas, de maquinários e equipamentos, aeroespacial, de telecomunicações e química.
  A atividade industrial é favorecida pelos valiosos recursos minerais do subsolo canadense, como cobre, zinco e ferro, além de uma grande disponibilidade de recursos energéticos, como petróleo, gás natural e hidroeletricidade. O país é o nono maior produtor mundial de petróleo cru e o terceiro país do mundo em reservas de petróleo.
  A intensa exploração de madeira da Floresta Boreal oferece matéria-prima à indústria de papel e celulose, muito desenvolvida no país, além de abastecer cerca de metade de papel-jornal de todo o mundo.
  A adesão ao Tratado de Livre Comércio da América do Norte (Nafta) foi um dos fatores que permitiu maior integração da economia canadense à estadunidense. Atualmente, os investidores dos Estados Unidos controlam parte significativa das grandes empresas canadenses.
Kitchener - com uma população de 542.754 habitantes (estimativa 2020) é a décima cidade mais populosa do Canadá
ALGUNS DADOS SOBRE O CANADÁ
NOME: Canadá
INDEPENDÊNCIA: do Reino Unido
Ato da América do Norte Britânica: 1 de julho de 1867
Estatuto de Westminster: 11 de dezembro de 1931
Canadá Act: 17 de abril de 1982
CAPITAL: Ottawa
Visão noturna do Centro Financeiro de Ottawa
GENTÍLICO: canadense, canadiano (a)
LÍNGUA OFICIAL: inglês e francês
GOVERNO: Democracia Parlamentar e Monarquia Constitucional Federal
LOCALIZAÇÃO: América do Norte
ÁREA: 9.984.670 km² (2º)
POPULAÇÃO (ONU - Estimativa para 2020): 38.017.693 habitantes (38°)
DENSIDADE  3,8 hab./km² (197º). Obs: a densidade demográfica, densidade populacional ou população relativa, é a medida expressa pela relação entre a população total e a superfície de um determinado território.
CRESCIMENTO POPULACIONAL (ONU - Estimativa 2019): 0,90% (134°). Obs: o crescimento vegetativo, crescimento populacional ou crescimento natural é a diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade de uma determinada população e é contada da maior para a menor.
CIDADES MAIS POPULOSAS (Estimativa para 2020):
Toronto: 6.301.506 habitantes
Toronto - cidade mais populosa do Canadá
Montreal: 4.357.159 habitantes
Montreal - segunda cidade mais populosa do Canadá
Vancouver: 2.618.627 habitantes
Vancouver - terceira cidade mais populosa do Canadá
PIB (FMI - 2019): US$ 1,712 trilhão (11º). Obs: o PIB (Produto Interno Bruto), representa a soma (em valores monetários) de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região (quer sejam países, estados ou cidades), durante um período determinado (mês, trimestre, ano).
PIB PER CAPITA (FMI 2019): 43.332 (17°). Obs: o PIB per capita ou renda per capita é o Produto Interno Bruto (PIB) de um determinado lugar dividido por sua população. É o valor que cada habitante receberia se toda a renda fosse distribuída igualmente entre toda a população. 
IDH (ONU - 2019): 0,922 (13º) Obs: o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é uma medida comparativa usada para classificar os países pelo seu grau de desenvolvimento econômico e a qualidade de vida oferecida à população. Este índice é calculado com base em dados econômicos e sociais, variando de 0 (nenhum desenvolvimento humano) a 1 (desenvolvimento humano total). Quanto mais próximo de 1, mais desenvolvido é o país. No cálculo do IDH são computados os seguintes fatores: educação (anos médios de estudos), longevidade (expectativa de vida da população) e PIB per capita. A classificação é feita dividindo os países em quatro grandes grupos: baixo (de 0,0 a 0,500), médio (de 0,501 a 0,800), elevado (de 0,801 a 0,900) e muito elevado (de 0,901 a 1,0).
  ≥ 0,900
  0,850–0,899
  0,800–0,849
  0,750–0,799
  0,700–0,749
  0,650–0,699
  0,600–0,649
  0,550–0,599
  0,500–0,549
  0,450–0,499
  0,400–0,449
  ≤ 0,399
  Sem dados
EXPECTATIVA DE VIDA (OMS - 2019): 82,5 anos (11°). Obs: a expectativa de vida refere-se ao número médio de anos para ser vivido por um grupo de pessoas nascidas no mesmo ano, se a mortalidade em cada idade se mantém constante no futuro, e é contada da maior para a menor.
TAXA DE NATALIDADE (ONU - 2019): 10,75/mil (156º). Obs: a taxa de natalidade é a porcentagem de nascimentos ocorridos em uma população em um determinado período de tempo para cada grupo de mil pessoas, e é classificada do maior para o menor.
TAXA DE MORTALIDADE (CIA World Factbook - 2019): 7,8/mil (110º). Obs: o índice de mortalidade reflete o número de mortes registradas, em média por mil habitantes, em uma determinada região em um período de tempo, e é contada da maior para a menor.
TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL (CIA World Factbook - 2019):  4,85/mil (41°). Obs: a taxa de mortalidade infantil refere-se ao número de crianças que morrem no primeiro ano de vida entre mil nascidas vivas em um determinado período, e é classificada do menor para o maior.
Mapa com um gráfico que apresenta a taxa de mortalidade infantil dos países
TAXA DE FECUNDIDADE (CIA World Factbook - 2020): 1,57 filhos/mulher (191°). Obs: a taxa de fecundidade refere-se ao número médio de filhos que a mulher teria do início ao fim do seu período reprodutivo (15 a 49 anos), e é classificada do maior para o menor.
Mapa com a taxa de fertilidade dos países
  7-8 crianças
  6-7 crianças
  5-6 crianças
  4-5 crianças
  3-4 crianças
  2-3 crianças
  1-2 criança(s)
TAXA DE ALFABETIZAÇÃO (CIA World Factbook - 2019):  99,3% (25º). Obs: essa taxa refere-se a todas as pessoas com 15 anos ou mais que sabem ler e escrever.
Mapa com o índice de alfabetização
TAXA DE URBANIZAÇÃO (CIA World Factbook - 2019): 80,8% (34°). Obs: essa taxa refere-se a porcentagem da população que mora nas cidades em relação à população total.
Mapa com o índice de urbanização entre os países
MOEDA: Dólar Canadense
RELIGIÃO: católicos (39%), protestantes (28,3%), sem religião (23,9%), islâmicos (3,2%), hindus (1,5%), sikhs (1,4%), budistas (1,1%), judeus (1,0%), outras religiões (0,6%).
DIVISÃO: o Canadá é constituído por dez províncias e três territórios. Cada uma das províncias possui um certo grau de autonomia em relação ao governo federal, podendo criar leis e impostos provinciais. As províncias são (entre parênteses encontra-se o nome das capitais): Ontário (Toronto), Quebec (Cidade de Quebec), Nova Escócia (Halifax), Nova Brunswick (Fredericton), Manitoba (Winnipeg), Colúmbia Britânica (Vitória), Ilha do Príncipe Eduardo (Charlottetown), Saskatchewan (Regina), Alberta (Edmonton) e Terra Nova e Labrador (St. John's). Os territórios são: Territórios do Noroeste (Yellowknife), Yukon (Whitehorse) e Nunavut (Iqaluit).
Mapa com a divisão política do Canadá