Durante o século XIX e parte do século XX, um dos fatores que diferenciavam os países do mundo em desenvolvidos, subdesenvolvidos e em desenvolvimento era o nível de industrialização por eles alcançado. As técnicas de produção que impulsionaram a industrialização nesses séculos, assumiram, por volta da década de 1970 uma nova etapa graças à Terceira Revolução Industrial. Também conhecido como Revolução Técnico-Científico-Informacional, tal processo caracteriza-se pela intensa aplicação de conhecimentos científicos à produção e pelo desenvolvimento tecnológico em diversas áreas, como a informática - com amplo uso de computadores e de redes de comunicação como a internet -; as telecomunicações - satélites artificiais -; a robótica - uso de robôs no processo de produção -; a biotecnologia - aproveitamento de organismos vivos para a modificação de substâncias e produtos -; e a química fina - elaboração de substâncias que requerem alto grau de pureza.
A atividade industrial, considerada o "motor" do desenvolvimento econômico e social dos países durante os séculos XIX e XX, passou a disputar importância com o conhecimento sobre as técnicas, daí se falar, hoje, em economia do conhecimento.
O "saber fazer" tornou-se uma valiosa mercadoria que passou a ser produzida e comercializada em escala global, beneficiando países, instituições e pessoas que produzem conhecimento e desenvolvem tecnologias.
A inserção do Brasil na economia do conhecimento ainda é modesta se comparada à dos grandes centros mundiais de produção científica e tecnológica. No país, as pesquisas são realizadas principalmente em universidades e instituições governamentais e, em menor proporção, em empresas do setor privado - diferentemente dos Estados Unidos, onde a maior quantidade de pesquisadores trabalha em empresas privadas.
No Brasil, os pesquisadores de instituições governamentais enfrentam diversos problemas, entre eles a escassez de recursos financeiros, a ineficiência dos órgãos públicos para autorizar a aquisição de materiais e substâncias necessárias para a realização de pesquisas, além de outros.
Desde os anos 1990, o Brasil tem investido na formação de polos tecnológicos que aumentam a competitividade da sua indústria no mercado mundial. As regiões Sul e Sudeste apresentam a maior concentração de parques tecnológicos em operação ou implantação em todo o país.
Um parque tecnológico corresponde a uma concentração geográfica de instituições dedicadas a atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D), envolvidas na produção de bens e serviços, como universidades., centros de pesquisa, laboratórios e empresas.
A instalação de um parque científico e tecnológico exige investimentos em infraestrutura e mão de obra qualificada. Porém, pode estimular a economia e integrar territórios com os espaços nacional e internacional.
Além de atrair populações e empresas, os parques científicos e tecnológicos dinamizam a economia, estimulam o crescimento do setor terciário (comércio e serviços), favorecendo, assim, as comunidades locais. Têm, então, uma função de reorganização do espaço geográfico. De modo geral, atraem e criam demanda por empreendimentos, tais como agências bancárias, hotéis, centros de convenção, lojas, lanchonetes, hospitais, entre outros. Além disso, quando são implantados, geram necessidades de infraestrutura básica (viária, energia, saneamento, telecomunicações etc.); fomentam a construção civil por meio de edificações para a instalação de empresas, laboratórios e outros espaços de trabalho etc.; e favorecem o surgimento de empresas de serviços (limpeza, segurança, alimentação etc.) para atender a sua infraestrutura administrativa.
Os principais polos tecnológicos do Brasil são:
Parque Tecnológico de São José dos Campos
Um dos principais locais de desenvolvimento da aeronáutica no Brasil, o Parque Tecnológico de São José dos Campos, no interior de São Paulo, é fomentado principalmente pelo mercado de defesa e aeroespacial. Nesse local se encontram os centros de desenvolvimento de empresas como Embraer, Boeing, Airbus, Ericsson e Vale.
A implantação do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), respectivamente nos anos 1950 e 1971, no município de São José dos Campos, no estado de São Paulo, reorganizou o território do município e de suas proximidades.
Em 1960, a população de São José dos Campos somava 40 mil habitantes e sua economia era predominantemente de base agrícola. Hoje, sua população é de 721.944 habitantes (estimativa IBGE 2019) e sua economia é de base industrial e o município conta com várias universidades e faculdades, atraindo estudantes de todo o Brasil e do exterior.
O Parque Tecnológico de São José dos Campos abriga mais de 300 empresas. Além da aeronáutica, o parque desenvolve negócios para os setores automotivo, energético, têxtil, tecnologia da informação, comunicação e transporte.
Porto Digital - Recife (PE)
O Porto Digital foi lançado em 2000 para atrair empresas de caráter tecnológico e postos de trabalho para o estado de Pernambuco. Atualmente, reúne cerca de 250 empresas e 7 mil profissionais na área de tecnologia e inovação. Possui incentivos de gigantes do setor, como Microsoft, IBM, Samsung e LG, e oferece auxílio a novos negócios e pequenos empresários em suas 3 encubadoras.
É considerado um dos maiores responsáveis pela economia do estado de Pernambuco e também pelo desenvolvimento da região Nordeste, sendo um exemplo de fomento à inovação e economia criativa.
O Porto Digital aposta principalmente em Tecnologia da Informação (TI), Comunicação e Economia Criativa, com foco em games, multimídia, cinema, música, fotografia e design.
Tecnopuc - Porto Alegre (RS)
O Parque Tecnológico de Porto Alegre, conhecido como Tecnopuc, tem sua gestão feita pela Pontifícia Universidade Católica de Porto Alegre e abriga cerca de 120 empresas, sendo em sua maioria pequenas e médias.
A característica principal desse moderno parque é a concentração de pesquisadores e especialistas em inovação que buscam aplicar seus conhecimentos no ambiente mercadológico, que muda constantemente.
Algumas grandes empresas de tecnologia, como a Huawei, HP. Dell e Microsoft, se instalaram no polo, que trabalha com o desenvolvimento de novas plataformas em conjunto às empresas incubadas.
San Pedro Valley - Belo Horizonte (MG)
Conhecida pela colaboração entre empreendedores, esse parque tecnológico conta com mais de 300 startups (empresas jovens com um modelo de negócios repetível e escalável), aceleradoras e espaços de coworking, entre eles o Seed, programa fomentado pelo governo de Minas Gerais e que desenvolve mais de 40 empresas por semestre;
A troca entre esses empreendedores e a distância que eles estão localizados uns dos outros, fez o bairro nobre de São Pedro, na capital mineira, ganhar o apelido de San Pedro Valley, em clara referência ao Vale do Silício, localizado nos Estados Unidos.
Polo Tecnológico de Florianópolis (SC)
Eleita a segunda cidade mais empreendedora do Brasil, ficando atrás apenas de São Paulo, a capital catarinense aposta nas startups para ganhar destaque. O polo tecnológico começou a se estruturar em 1984, com a criação da Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras.
A cidade tem mais de 600 startups tecnológicas que faturam mais de 1 bilhão de reais por ano e crescem em média 15% todos os anos.
Vale da Eletrônica - Santa Rita do Sapucaí (MG)
Essa pequena cidade mineira figura entre os principais polos tecnológicos do país há algumas décadas. Em 1959, o município recebeu a primeira escola técnica de nível médio da América Latina, a Escola Técnica de Eletrônica.
Com uma população de 43.260 habitantes (estimativa IBGE 2019), Santa Rita do Sapucaí produz inovações voltadas principalmente para a área de informática. Uma das grandes vantagens da cidade comparada a outros polos é a qualidade de vida, já que o município não tem problemas, como trânsito e poluição, que são bastante comuns em grandes metrópoles. Além disso, a cidade oferece infraestrutura para startups, como aceleradoras e incubadoras.
Hub Tecnológico de Fortaleza
O Hub Tecnológico de Fortaleza ocupa posição de destaque: é o segundo maior produtor do mundo. Atualmente, com 12 cabos submarinos de fibra óptica conectados, fica atrás somente de Fujeira, nos Emirados Árabes Unidos, que conta com 13 cabos.
Com forte avanço nos últimos anos de grandes empresas de telecomunicações, com destaque para a Angola Cables, Fortaleza se tornou polo de concentração de cabos submarinos que ligam a cidade com África, Europa e América do Norte.
A localização geográfica do Ceará tem sido fator preponderante na consolidação da trinca de hubs. Sua posição vem sendo considerada estratégica para a conexão de outras partes do mundo com a América Latina.
Parque Tecnológico da Bahia
O Parque Tecnológico da Bahia está localizado na Avenida Paralela (região que fica próxima a centros de pesquisa e universidades) em Salvador e está vinculado à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado da Bahia (SECTI). Sua primeira etapa, o Tecnocentro (prédio na qual está instalado a incubadora de empresas, visando abrigar empresas de Tecnologias da Comunicação e Informação, desenvolver pesquisa em bioinformática, biosensores e desenvolvimento de softwares, além de um espaço exclusivo para fomentar a geração de empreendimentos inovadores) foi inaugurado em 19 de setembro de 2012 e várias instituições estão instaladas ou já encaminharam sua instalação.
Techno Park Campinas - Campinas (SP)
O Parque Empresarial Techno Park de Campinas - SP, tem como objetivo estimular o desenvolvimento econômico e ampliar a competitividade do município, com foco na atração de empresas de base tecnológica. Através de Acordos de Cooperação com instituições de pesquisa e inovação, associa o conhecimento gerado no âmbito acadêmico à atividade produtiva.
Atualmente, com mais de 60 empresas instaladas, o Techno Park conta com completa infraestrutura urbana e serviços compartilhados de segurança, telecomunicações, fibra óptica e manutenção de áreas públicas.
Sanca Hub - São Carlos (SP)
O Sanca Hub (ou Sancahub) é um apelido que se refere à região geográfica de São Carlos como ecossistema de tecnologia e inovação.
O município de São Carlos é um importante centro de produção acadêmica, industrial e tecnológica e com localização próxima a outros municípios de alta densidade tecnológica, sendo eles Araraquara e Ribeirão Preto.
Impulsionada pela alta concentração de alunos e professores universitários e produção acadêmica voltada à tecnologia, a cidade vem apresentando um crescente aumento no nascimento de startups, fazendo com que a região seja considerada um potencial "embrião de Vale do Silício" brasileiro.
O ecossistema Sanca Hub inclui um extenso parque tecnológico que abrange laboratórios de pesquisa, centros de inovação, coworkings, incubadoras e empresas transnacionais.
O termo vem da junção de Sanca (apelido de São Carlos) com hub, palavra de origem inglesa que significa ponto central.
Parque Tecnológico de Ribeirão Preto - Ribeirão Preto (SP)
O Parque Tecnológico de Ribeirão Preto foi inaugurado no dia 26 de março de 2014, e tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento científico e tecnológico da região, atraindo empresas que invistam em pesquisa e desenvolvimento (P&D) de produtos e processos inovadores, voltados para as áreas de Saúde e Biotecnologia, e que priorizem o desenvolvimento sustentável. A vocação do parque foi baseada em três pilares:
Parque Tecnológico de Jaguaré - São Paulo (SP)
O parque Tecnológico de Jaguaré (ainda em construção), está localizado na zona oeste da capital paulista, em uma área de 46 mil m². Esse parque tem foco nos setores de tecnologia da informação, fármacos, biotecnologia e nanotecnologia. O complexo está sendo instalado no entorno do maior polo de ciência e tecnologia da América Latina, que reúne a Universidade de São Paulo (USP), o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), o Instituto de Pesquisas Energéticas (Ipen) e o Instituto Butantã. O parque teve suas obras de engenharia iniciadas em 21 de julho de 2010, e o término das obras está previsto para o primeiro semestre de 2021.
Parque Tecnológico de Sorocaba - Sorocaba (SP)
O Parque Tecnológico de Sorocaba (PTS) - ainda em construção -, é um ambiente criado para atrair e acomodar empresas intensivas em tecnologia, instituições de ensino e pesquisa, assim como empresas de consultoria ou organizações, pública e/ou privadas, que possam oferecer serviços de apoio técnico e de mercado. Dessa forma, o PTS facilitará às partes interessadas, o acesso ao conhecimento, bem como ao mercado, pela aproximação com possíveis desenvolvimentos em inovação tecnológica e oportunidades comerciais em nível nacional e internacional, abrigando laboratórios de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) de diversos ramos da tecnologia avançada.
Parque Tecnológico de São José do Rio Preto (SP)
O Parque Tecnológico de São José do Rio Preto é um espaço de apoio à criação ao desenvolvimento e ao aprimoramento de negócios inovadores, com o objetivo de incentivar o crescimento sustentável no município e na região por meio da inovação tecnológica. O parque tem a missão de abrigar e apoiar ideias, projetos, startups e empresas jovens e maduras, objetivando gerar e aplicar conhecimentos avançados e inovadores para a sociedade.
O espaço viabiliza a fixação de empresas em diversas áreas de conhecimento, bem como fortalece e amplia a competitividade das empresas e instituições já existentes, gerando mais serviços ou produtos e, consequentemente, melhorias na qualidade de vida da população da região.
A gestão do parque é feita por meio da Empro Tecnologia e Informação e todas as decisões são tomadas por um conselho independente formado por representantes do poder público, do segmento educacional e de entidades empresariais. Para ingressar no Parque Tecnológico, os interessados passam por processos de seleção, estruturados por meio de editais públicos.
Parque Tecnológico Mato Grosso - Várzea Grande (MT)
O Parque Tecnológico Mato Grosso, inicialmente localizado na Arena Pantanal, em Cuiabá e, posteriormente, estará sediado no bairro Chapéu do Sol, na cidade de Várzea Grande, Região Metropolitana de Cuiabá, tem como foco atuar nas áreas do Agronegócio, Biotecnologia, Geociências, Química Verde e Novos Materiais e Tecnologias da Informação e Comunicação. O parque é dividido em três módulos:
Feevale Techpark - Vale dos Sinos (RS)
O Feevale Techpark ou Parque Tecnológico do Vale dos Sinos, é uma organização brasileira que tem a finalidade de promover o desenvolvimento tecnológico da região do Vale dos Sinos, no Rio Grande do Sul, e tem como objetivo promover a integração regional, o incentivo ao empreendedorismo e a criação, atração, instalação e desenvolvimento de empresas intensivas em conhecimento para a diversificação econômica e inovação sistemática em todos os domínios do setor produtivo.
Parque Universidade Vale do Paraíba, em São José dos Campos - SP |
O "saber fazer" tornou-se uma valiosa mercadoria que passou a ser produzida e comercializada em escala global, beneficiando países, instituições e pessoas que produzem conhecimento e desenvolvem tecnologias.
A inserção do Brasil na economia do conhecimento ainda é modesta se comparada à dos grandes centros mundiais de produção científica e tecnológica. No país, as pesquisas são realizadas principalmente em universidades e instituições governamentais e, em menor proporção, em empresas do setor privado - diferentemente dos Estados Unidos, onde a maior quantidade de pesquisadores trabalha em empresas privadas.
No Brasil, os pesquisadores de instituições governamentais enfrentam diversos problemas, entre eles a escassez de recursos financeiros, a ineficiência dos órgãos públicos para autorizar a aquisição de materiais e substâncias necessárias para a realização de pesquisas, além de outros.
Desde os anos 1990, o Brasil tem investido na formação de polos tecnológicos que aumentam a competitividade da sua indústria no mercado mundial. As regiões Sul e Sudeste apresentam a maior concentração de parques tecnológicos em operação ou implantação em todo o país.
Um parque tecnológico corresponde a uma concentração geográfica de instituições dedicadas a atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D), envolvidas na produção de bens e serviços, como universidades., centros de pesquisa, laboratórios e empresas.
Distribuição dos parques tecnológicos pelo Brasil |
Além de atrair populações e empresas, os parques científicos e tecnológicos dinamizam a economia, estimulam o crescimento do setor terciário (comércio e serviços), favorecendo, assim, as comunidades locais. Têm, então, uma função de reorganização do espaço geográfico. De modo geral, atraem e criam demanda por empreendimentos, tais como agências bancárias, hotéis, centros de convenção, lojas, lanchonetes, hospitais, entre outros. Além disso, quando são implantados, geram necessidades de infraestrutura básica (viária, energia, saneamento, telecomunicações etc.); fomentam a construção civil por meio de edificações para a instalação de empresas, laboratórios e outros espaços de trabalho etc.; e favorecem o surgimento de empresas de serviços (limpeza, segurança, alimentação etc.) para atender a sua infraestrutura administrativa.
Os principais polos tecnológicos do Brasil são:
Parque Tecnológico de São José dos Campos
Um dos principais locais de desenvolvimento da aeronáutica no Brasil, o Parque Tecnológico de São José dos Campos, no interior de São Paulo, é fomentado principalmente pelo mercado de defesa e aeroespacial. Nesse local se encontram os centros de desenvolvimento de empresas como Embraer, Boeing, Airbus, Ericsson e Vale.
Fábrica da Embraer, em São José dos Campos - SP |
Em 1960, a população de São José dos Campos somava 40 mil habitantes e sua economia era predominantemente de base agrícola. Hoje, sua população é de 721.944 habitantes (estimativa IBGE 2019) e sua economia é de base industrial e o município conta com várias universidades e faculdades, atraindo estudantes de todo o Brasil e do exterior.
O Parque Tecnológico de São José dos Campos abriga mais de 300 empresas. Além da aeronáutica, o parque desenvolve negócios para os setores automotivo, energético, têxtil, tecnologia da informação, comunicação e transporte.
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos - SP |
O Porto Digital foi lançado em 2000 para atrair empresas de caráter tecnológico e postos de trabalho para o estado de Pernambuco. Atualmente, reúne cerca de 250 empresas e 7 mil profissionais na área de tecnologia e inovação. Possui incentivos de gigantes do setor, como Microsoft, IBM, Samsung e LG, e oferece auxílio a novos negócios e pequenos empresários em suas 3 encubadoras.
É considerado um dos maiores responsáveis pela economia do estado de Pernambuco e também pelo desenvolvimento da região Nordeste, sendo um exemplo de fomento à inovação e economia criativa.
O Porto Digital aposta principalmente em Tecnologia da Informação (TI), Comunicação e Economia Criativa, com foco em games, multimídia, cinema, música, fotografia e design.
Porto Digital, localizado no Recife antigo |
O Parque Tecnológico de Porto Alegre, conhecido como Tecnopuc, tem sua gestão feita pela Pontifícia Universidade Católica de Porto Alegre e abriga cerca de 120 empresas, sendo em sua maioria pequenas e médias.
A característica principal desse moderno parque é a concentração de pesquisadores e especialistas em inovação que buscam aplicar seus conhecimentos no ambiente mercadológico, que muda constantemente.
Algumas grandes empresas de tecnologia, como a Huawei, HP. Dell e Microsoft, se instalaram no polo, que trabalha com o desenvolvimento de novas plataformas em conjunto às empresas incubadas.
Um dos prédios do Parque Tecnológico de Porto Alegre - Tecnopuc |
Conhecida pela colaboração entre empreendedores, esse parque tecnológico conta com mais de 300 startups (empresas jovens com um modelo de negócios repetível e escalável), aceleradoras e espaços de coworking, entre eles o Seed, programa fomentado pelo governo de Minas Gerais e que desenvolve mais de 40 empresas por semestre;
A troca entre esses empreendedores e a distância que eles estão localizados uns dos outros, fez o bairro nobre de São Pedro, na capital mineira, ganhar o apelido de San Pedro Valley, em clara referência ao Vale do Silício, localizado nos Estados Unidos.
Bairro São Pedro, em Belo Horizonte - MG |
Eleita a segunda cidade mais empreendedora do Brasil, ficando atrás apenas de São Paulo, a capital catarinense aposta nas startups para ganhar destaque. O polo tecnológico começou a se estruturar em 1984, com a criação da Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras.
A cidade tem mais de 600 startups tecnológicas que faturam mais de 1 bilhão de reais por ano e crescem em média 15% todos os anos.
Florianópolis - SC |
Essa pequena cidade mineira figura entre os principais polos tecnológicos do país há algumas décadas. Em 1959, o município recebeu a primeira escola técnica de nível médio da América Latina, a Escola Técnica de Eletrônica.
Com uma população de 43.260 habitantes (estimativa IBGE 2019), Santa Rita do Sapucaí produz inovações voltadas principalmente para a área de informática. Uma das grandes vantagens da cidade comparada a outros polos é a qualidade de vida, já que o município não tem problemas, como trânsito e poluição, que são bastante comuns em grandes metrópoles. Além disso, a cidade oferece infraestrutura para startups, como aceleradoras e incubadoras.
Santa Rita do Sapucaí - MG |
O Hub Tecnológico de Fortaleza ocupa posição de destaque: é o segundo maior produtor do mundo. Atualmente, com 12 cabos submarinos de fibra óptica conectados, fica atrás somente de Fujeira, nos Emirados Árabes Unidos, que conta com 13 cabos.
Com forte avanço nos últimos anos de grandes empresas de telecomunicações, com destaque para a Angola Cables, Fortaleza se tornou polo de concentração de cabos submarinos que ligam a cidade com África, Europa e América do Norte.
A localização geográfica do Ceará tem sido fator preponderante na consolidação da trinca de hubs. Sua posição vem sendo considerada estratégica para a conexão de outras partes do mundo com a América Latina.
Angola Cables - Fortaleza - CE |
O Parque Tecnológico da Bahia está localizado na Avenida Paralela (região que fica próxima a centros de pesquisa e universidades) em Salvador e está vinculado à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado da Bahia (SECTI). Sua primeira etapa, o Tecnocentro (prédio na qual está instalado a incubadora de empresas, visando abrigar empresas de Tecnologias da Comunicação e Informação, desenvolver pesquisa em bioinformática, biosensores e desenvolvimento de softwares, além de um espaço exclusivo para fomentar a geração de empreendimentos inovadores) foi inaugurado em 19 de setembro de 2012 e várias instituições estão instaladas ou já encaminharam sua instalação.
Parque Tecnológico da Bahia, em Salvador - BA |
O Parque Empresarial Techno Park de Campinas - SP, tem como objetivo estimular o desenvolvimento econômico e ampliar a competitividade do município, com foco na atração de empresas de base tecnológica. Através de Acordos de Cooperação com instituições de pesquisa e inovação, associa o conhecimento gerado no âmbito acadêmico à atividade produtiva.
Atualmente, com mais de 60 empresas instaladas, o Techno Park conta com completa infraestrutura urbana e serviços compartilhados de segurança, telecomunicações, fibra óptica e manutenção de áreas públicas.
Techno Park - Campinas - SP |
O Sanca Hub (ou Sancahub) é um apelido que se refere à região geográfica de São Carlos como ecossistema de tecnologia e inovação.
O município de São Carlos é um importante centro de produção acadêmica, industrial e tecnológica e com localização próxima a outros municípios de alta densidade tecnológica, sendo eles Araraquara e Ribeirão Preto.
Impulsionada pela alta concentração de alunos e professores universitários e produção acadêmica voltada à tecnologia, a cidade vem apresentando um crescente aumento no nascimento de startups, fazendo com que a região seja considerada um potencial "embrião de Vale do Silício" brasileiro.
O ecossistema Sanca Hub inclui um extenso parque tecnológico que abrange laboratórios de pesquisa, centros de inovação, coworkings, incubadoras e empresas transnacionais.
O termo vem da junção de Sanca (apelido de São Carlos) com hub, palavra de origem inglesa que significa ponto central.
São Carlos - SP |
O Parque Tecnológico de Ribeirão Preto foi inaugurado no dia 26 de março de 2014, e tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento científico e tecnológico da região, atraindo empresas que invistam em pesquisa e desenvolvimento (P&D) de produtos e processos inovadores, voltados para as áreas de Saúde e Biotecnologia, e que priorizem o desenvolvimento sustentável. A vocação do parque foi baseada em três pilares:
- as instituições de Ensino e Pesquisa - compreendendo a formação de recursos humanos, a disponibilização de serviços tecnológicos e competências tecnológicas;
- as demandas e gargalos tecnológicos empresariais da região de Ribeirão Preto e do Brasil;
- e as tendências tecnológicas nacionais e internacionais do setor de Saúde e Biotecnologia.
Parque Tecnológico de Ribeirão Preto - Ribeirão Preto - SP |
O parque Tecnológico de Jaguaré (ainda em construção), está localizado na zona oeste da capital paulista, em uma área de 46 mil m². Esse parque tem foco nos setores de tecnologia da informação, fármacos, biotecnologia e nanotecnologia. O complexo está sendo instalado no entorno do maior polo de ciência e tecnologia da América Latina, que reúne a Universidade de São Paulo (USP), o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), o Instituto de Pesquisas Energéticas (Ipen) e o Instituto Butantã. O parque teve suas obras de engenharia iniciadas em 21 de julho de 2010, e o término das obras está previsto para o primeiro semestre de 2021.
Parque Tecnológico de Jaguaré, em São Paulo - SP |
O Parque Tecnológico de Sorocaba (PTS) - ainda em construção -, é um ambiente criado para atrair e acomodar empresas intensivas em tecnologia, instituições de ensino e pesquisa, assim como empresas de consultoria ou organizações, pública e/ou privadas, que possam oferecer serviços de apoio técnico e de mercado. Dessa forma, o PTS facilitará às partes interessadas, o acesso ao conhecimento, bem como ao mercado, pela aproximação com possíveis desenvolvimentos em inovação tecnológica e oportunidades comerciais em nível nacional e internacional, abrigando laboratórios de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) de diversos ramos da tecnologia avançada.
Parque Tecnológico de Sorocaba - Sorocaba - SP |
O Parque Tecnológico de São José do Rio Preto é um espaço de apoio à criação ao desenvolvimento e ao aprimoramento de negócios inovadores, com o objetivo de incentivar o crescimento sustentável no município e na região por meio da inovação tecnológica. O parque tem a missão de abrigar e apoiar ideias, projetos, startups e empresas jovens e maduras, objetivando gerar e aplicar conhecimentos avançados e inovadores para a sociedade.
O espaço viabiliza a fixação de empresas em diversas áreas de conhecimento, bem como fortalece e amplia a competitividade das empresas e instituições já existentes, gerando mais serviços ou produtos e, consequentemente, melhorias na qualidade de vida da população da região.
A gestão do parque é feita por meio da Empro Tecnologia e Informação e todas as decisões são tomadas por um conselho independente formado por representantes do poder público, do segmento educacional e de entidades empresariais. Para ingressar no Parque Tecnológico, os interessados passam por processos de seleção, estruturados por meio de editais públicos.
Parque Tecnológico de São José do Rio Preto - SP |
O Parque Tecnológico Mato Grosso, inicialmente localizado na Arena Pantanal, em Cuiabá e, posteriormente, estará sediado no bairro Chapéu do Sol, na cidade de Várzea Grande, Região Metropolitana de Cuiabá, tem como foco atuar nas áreas do Agronegócio, Biotecnologia, Geociências, Química Verde e Novos Materiais e Tecnologias da Informação e Comunicação. O parque é dividido em três módulos:
- Parque Tecnológico - espaço para o desenvolvimento de inovação pelas empresas;
- Parque de Serviços - focado na promoção de serviços para empresas, indústrias e comunidade;
- e Parque Científico - espaço para formação e qualificação de pessoas, núcleos de universidades, laboratórios e centros de pesquisa de P&D.
Arena Pantanal - sede do embrião do Parque Tecnológico Mato Grosso |
O Feevale Techpark ou Parque Tecnológico do Vale dos Sinos, é uma organização brasileira que tem a finalidade de promover o desenvolvimento tecnológico da região do Vale dos Sinos, no Rio Grande do Sul, e tem como objetivo promover a integração regional, o incentivo ao empreendedorismo e a criação, atração, instalação e desenvolvimento de empresas intensivas em conhecimento para a diversificação econômica e inovação sistemática em todos os domínios do setor produtivo.
Abrangência do Parque Tecnológico Vale dos Sinos (Feevale Techpark) |
REFERÊNCIA: Adas, Melhem
Expedições geográficas, Melhem Adas, Sérgio Adas. -- 3. ed. São Paulo: Moderna, 2018.
Expedições geográficas, Melhem Adas, Sérgio Adas. -- 3. ed. São Paulo: Moderna, 2018.
Boa noite!
ResponderExcluirNão devemos esquecer também do Parque de São José do Rio Preto - SP.
Parque Tecnológico de São José do Rio Preto: https://www.facebook.com/parquetecriopreto/
Saudações, Fábio Villela.