domingo, 27 de junho de 2021

EDUCAÇÃO FINANCEIRA

   Há situações na vida em que é preciso tomar decisões financeiras, como por exemplo:

  • comprar um produto à vista ou parcelado;
  • guardar dinheiro na poupança ou comprar um celular novo;
  • financiar a casa própria ou morar de aluguel;
  • pagar uma conta antecipadamente com desconto ou no dia do vencimento, sem desconto.

  Decidir o que fazer nesses momentos exige a avaliação de vários fatores. Saber fazer escolhas conscientes com base em informações e ciente dos riscos e das oportunidades é o que se denomina educação financeira.

  A educação financeira tem por propósito auxiliar os consumidores na administração dos seus rendimentos, nas suas decisões de poupança e investimento, no seu consumo consciente e na prevenção de situações de fraude. Esta educação ganha importância com o aumento progressivo da complexidade dos mercados financeiros, e com as atuais mudanças demográficas, econômicas e políticas.

  Desde o surgimento do sistema capitalista, as pessoas tiveram a necessidade de se adaptar ao novo conceito de dinheiro e a suas variáveis (mais complexas, comparativamente aos sistemas econômicos anteriores). As novas relações de troca, domínio e poder fundamentaram as bases econômico-sociais vigentes ainda nos dias de hoje.

  A educação financeira surge como resposta para orientar a tomada de decisões, informando sobre os serviços financeiros ofertados, sobre necessidades e desejos de consumo, de necessidades de poupança, financiamento e juros, investimentos e rendimentos. Por ser entendida como o conjunto de informações que auxilia as pessoas a lidarem com a sua renda, com a gestão do dinheiro, com os gastos e empréstimos monetários, poupança e investimentos de curto e longo prazo. A difusão da educação financeira permite que as pessoas aproveitem as oportunidades de produtos e serviços ofertados de uma forma consciente.

  Na educação financeira, além de compreender os conceitos e os mecanismos das negociações é necessário desenvolver estratégias que ajudem a verificar se uma compra é feita por necessidade, em que a utilidade e os benefícios do produto adquirido foram analisados e ponderados, ou por impulso, isto é, a aquisição do produto foi consequência exclusivamente de um ato sem a reflexão necessária. Essa diferenciação é chamada de consumo e consumismo.

  O consumo é a aquisição de produtos essenciais à vida e ao bem-estar. As compras são feitas conscientemente, ou seja, os prós e os contras do produto e da quantidade adquirida foram devidamente analisados.

  O consumismo rompe com a relação da necessidade à sobrevivência e do consumo consciente. É a aquisição excessiva de bens e produtos desnecessários ou sem utilidade imediata.

  Pessoas consumistas costumam vincular o ato de comprar a sentimentos, isto é, compram motivados por uma emoção ou buscam no objeto adquirido uma felicidade que, muitas vezes, é momentânea.

  O hábito consumista pode virar um vício e, consequentemente, desencadear vários problemas, desde dívidas financeiras volumosas, passando pela falta de dinheiro para comprar produtos e serviços essenciais à vida, até o desenvolvimento de doenças psíquicas, como depressão, síndrome do pânico ou oniomania (doença do consumo compulsivo).

  Outra consequência do hábito consumista é a geração de resíduos. A cada dia, as pessoas utilizam mais recursos naturais em decorrência do excesso do consumo e do constante aumento da produção. O modo como o ser humano vive hoje, principalmente nos grandes centros urbanos, causa impacto tanto na natureza, pela exploração de seus recursos, quanto no resultado de seu uso. O consumismo desenfreado é um dos principais geradores de resíduos, um dos grandes desafios das políticas ambientais atuais e futuras.

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