sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

A FORMAÇÃO TERRITORIAL DA EUROPA

  A Europa é formada por muitos povos e culturas diferentes. Ao longo da história, as grandes ondas de migração, as conquistas territoriais e a fusão dessas culturas foram fundamentais para a formação da grande diversidade cultural europeia.
  Os Homo erectus e os Neanderthalis habitavam a Europa bem antes do surgimento dos humanos modernos, os Homo sapiens. Os ossos dos primeiros europeus foram achados em Dmanisi, Geórgia, e datados de 1,8 milhão de anos. O primeiro aparecimento do povo anatomicamente moderno na Europa é datado de 35.000 a.C.. Evidências de assentamentos permanentes datam do século VII a.C. e em partes da Europa Setentrional nos séculos V e IV a.C. A civilização Tripiliana (5.508-2.750 a.C.) foi a primeira grande civilização da Europa e uma das primeiras do mundo; era localizada na Ucrânia moderna e também na Moldávia e Romênia. Foi provavelmente mais antiga que os Sumérios no Oriente Próximo, e tinha cidades com 15 mil habitantes cobrindo uma área de 450 hectares.
  Começando no Neolítico, tem-se a civilização dos Camunos, no Val Camonica, Itália, que deixou mais de 350 mil petróglifos, o maior sítio arqueológico da Europa.
Arte rupestre de Val Camonica
  Também conhecido como Idade do Cobre, o Calcolítico europeu foi um tempo de mudanças e confusão. O fato mais relevante foi a infiltração e invasão de imensas partes do território por povos originários da Ásia Central, considerado pelos principais historiadores como sendo os originais indo-europeus. Outro fenômeno foi a expansão do Megalitismo e o aparecimento da primeira significante estratificação econômica e, relacionado a isso, as primeiras monarquias conhecidas da região dos Balcãs. A primeira civilização bem conhecida da Europa foi as dos Minoicos da ilha de Creta, e depois os Micenas, em adjacentes partes da Grécia, no começo do século II a.C..
Mapa de Creta, com destaque para a área da Civilização Minoica
  Os gregos e romanos deixaram um legado na Europa que é evidente nos pensamentos, leis, mentes e línguas atuais. A Grécia Antiga foi uma união de cidades-estado, na qual uma primitiva forma de democracia se desenvolveu. Atenas foi sua cidade mais poderosa e desenvolvida, e um berço de ensinamento nos tempos de Péricles. Fóruns de cidadãos aconteciam e o policiamento do estado deu ordem ao aparecimento dos mais notáveis filósofos clássicos, como Sócrates, Platão e Aristóteles. Como rei do Reino Grego da Macedônia, as campanhas militares de Alexandre o Grande espalharam a cultura helênica até as nascentes do rio Indo.
Mapa da Grécia Antiga
  A primeira grande unidade política na Europa se deu com o Império Romano, que teve sua maior extensão no século II d.C., ocupando não apenas regiões europeias, mas também o norte da África e parte do Oriente Médio.
  O Império Romano foi o período pós-republicano da antiga civilização romana, caracterizada por uma forma de governo autocrática liderada por um imperador e por extensas possessões territoriais em volta do Mar Mediterrâneo na Europa, África e Ásia. Esse império foi uma das mais fortes potências econômicas, políticas e militares do seu tempo, o maior império da antiguidade Clássica e um dos maiores da História. No apogeu da sua extensão territorial exercia autoridade sobre mais de cinco milhões de quilômetros quadrados e uma população de mais de 70 milhões de pessoas, à época 21% da população mundial. A longevidade e extensão do império proporcionaram uma vasta influência na língua, cultura, religião, técnicas, arquitetura, filosofia, lei e formas de governo dos estados que lhe sucederam.
Apogeu do Império Romano no ano 117 d.C.
  Durante a Idade Média, povos asiáticos, como os mongóis, invadiram a Europa. A invasão mongol da Europa por hordas comandadas por Batu Cã (governante mongol) e Subedei (um dos grandes generais do Exército mongol) atingiu Polônia, Hungria e Romênia após os mongóis terem conquistado e devastado a Rússia.
  Na Europa Central, os mongóis se dividiram em três grupos. Ao norte, um grupo conquistou a Polônia, arrasando várias cidades do sul do país e derrotando a Legnica (uma força combinada de tropas alemãs e polonesas); ao sul, atravessaram os montes Cárpatos, na atual Romênia; no centro, o exército principal atravessou o Danúbio. Os três exércitos reagruparam-se e devastaram a Hungria em 1241.
Quadro que representa a invasão mongol na Europa
 A partir do século VIII, os muçulmanos conquistaram a Península Ibérica, trazendo parte da cultura árabe e do norte da África para esse continente. A invasão islâmica da Península Ibérica, também chamada de invasão muçulmana, conquista árabe ou expansão muçulmana, refere-se a uma série de deslocamentos populacionais ocorridos a partir de 711 e que durou até 726, quando tropas islâmicas oriundas do Norte da África, sob o comando do general berbere Tárique, cruzaram o estreito de Gibraltar, penetraram a península Ibérica e venceram Rodrigo, o último rei dos Visigodos da Hispânia, na Batalha de Guadalete. Após a vitória, termina o Reino Visigótico.
  Nos anos seguintes, os muçulmanos foram alargando suas conquistas na península, dominando o território designado em língua árabe.  Essa conquista marca a expansão ocidental do Califado Omíada.
Império Muçulmano, no período de seu maior apogeu
  Nos séculos seguintes, o crescimento do nacionalismo e do colonialismo levou a disputas territoriais que acirraram as tensões internacionais e conduziram o continente a uma guerra no início do século XX: a Primeira Guerra Mundial.
  A Primeira Guerra Mundial (também conhecida como Grande Guerra ou Guerra das Guerras até o início da Segunda Guerra Mundial) foi uma guerra global centrada na Europa, que começou em 28 de julho de 1914 e durou até 11 de novembro de 1918. O conflito envolveu as grandes potências de todo o mundo, que se organizaram em duas alianças opostas: os Aliados (com base na Tríplice Entente entre Reino Unido, França e Rússia - depois, com a saída da Rússia, os Estados Unidos entraram na guerra) e os Impérios Centrais (com base na Tríplice Aliança entre Alemanha, Itália e o Império Austro-Húngaro, mas como o Império Austro-Húngaro tinha tomado a ofensiva, violando o acordo, a Itália não entrou na guerra. O Império Otomano, entrou depois na guerra lutando ao lado da Tríplice Aliança).
  Entre as causas da guerra incluem-se as políticas imperialistas estrangeiras das grandes potências da Europa, como os Impérios Alemão, Austro-Húngaro, Otomano, Russo, Britânico, a Terceira República Francesa e a Itália.
  A Primeira Guerra Mundial  reconfigurou as fronteiras europeias: os impérios Russo, Alemão, Austro-Húngaro e Otomano, por exemplo, foram destruídos. Nesse contexto, muitos países se tornaram independentes e outros conquistaram territórios.
Alianças da Primeira Guerra Mundial
  A Revolução Russa, que enfraqueceu o regime monárquico russo e conduziu os bolcheviques ao poder, originou a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), em 1922.
  A Revolução Russa foi um período de conflitos, iniciado em 1917, que derrubou a monarquia russa e levou ao poder o Partido Bolchevique, de Vladimir Lênin. Recém-industrializada e sofrendo com a Primeira Guerra Mundial, a Rússia tinha uma grande massa de operários e camponeses trabalhando muito e ganhando pouco. Além disso, o governo absolutista do Czar Nicolau II desagradava o povo que queria uma liderança menos opressiva e mais democrática. A soma dos fatores levou a manifestações populares que fizeram o monarca renunciar e, no fim do processo, deram origem à União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), o primeiro país socialista do mundo, que durou até 1991.
Soldados e civis se manifestando durante a Revolução Russa de 1917
  O expansionismo alemão, que gerou agressivas anexações territoriais de países vizinhos, e as rivalidades político-econômicas conduziram a Europa à Segunda Guerra Mundial, que redesenhou novamente o mapa político desse continente, destruindo grande parte do território dos países europeus.
  A Segunda Guerra Mundial foi um conflito militar global que durou de 1939 a 1945, envolvendo a maioria das nações do mundo - incluindo todas as grandes potências - organizadas em duas alianças militares opostas: os Aliados (composto por França, Reino Unido, União Soviética, Estados Unidos e seus aliados) e o Eixo (composto por Alemanha, Itália, Japão e seus aliados). Foi a guerra mais abrangente da história.
  A guerra terminou com a vitória dos Aliados em 1945, alterando significativamente o alinhamento político e a estrutura social mundial. Enquanto a Organização das Nações Unidas (ONU) era estabelecida para estimular a cooperação global e evitar futuros conflitos, a União Soviética e os Estados Unidos emergiram como superpotências rivais.
Alianças durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) 
  Aliados ocidentais (países independentes)
  Aliados ocidentais (colônias ou ocupações)
  União Soviética
  Eixo (países)
  Eixo (colônias ou ocupações, incluindo a França de Vichy)
  Países neutros
  A Segunda Guerra Mundial é sucedida pela Guerra Fria, momento de polarização ideológica e econômica entre os países.
  A Guerra Fria é a designação atribuída ao período histórico de disputas estratégicas e conflitos indiretos entre os Estados Unidos (comandando o capitalismo) e a União Soviética (comandando o socialismo), compreendendo o período entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinção da União Soviética (1991). Foi um conflito de ordem política, militar, tecnológica, econômica, social e ideológica entre as duas nações e suas zonas de influência. É chamada "fria" porque não houve uma guerra direta entre as duas superpotências, dada a inviabilidade da vitória em uma batalha nuclear.
  A Europa foi dividida em duas: Europa Ocidental (capitalista e aliada aos Estados Unidos) e Europa Oriental ou Leste Europeu (socialista e aliada à União Soviética). As duas Europas eram divididas pela chamada "Cortina de Ferro", linha divisória que separava a Europa Ocidental da Europa Oriental.
  A fragilização das nações europeias, após uma guerra violenta, permitiu que os Estados Unidos estendessem uma série de apoios econômicos para as nações da Europa Ocidental, para que estes países pudessem se reerguer e mostrar as vantagens do capitalismo. Assim, o Secretário de Estado dos Estados Unidos, George Marshall, propôs a criação de um amplo plano econômico, que veio a ser conhecido como Plano Marshall.
  Em resposta ao plano econômico estadunidense, a União Soviética propôs-se a ajudar também seus países aliados, com a criação do COMECOM (Conselho para Assistência Mútua). O COMECOM fora proposto como maneira de impedir os países-satélites da União Soviética de demonstrar interesse em aderir ao Plano Marshall, e não abandonarem a  esfera de influência de Moscou.
Divisão da Europa durante a Guerra Fria
  Depois da Segunda Guerra Mundial, também ocorreu o processo de descolonização da África, da Ásia e do Caribe, colocando fim à dominação política e econômica da Europa sobre o restante do mundo, além de provocar alterações territoriais ligadas à lógica da geopolítica de polarização do comunismo e do capitalismo, sob a liderança da URSS e dos Estados Unidos, respectivamente.
  As causas do processo de descolonização na África, Ásia e América Central foram bastante variadas:
  • a Segunda Guerra Mundial significou o fim da hegemonia econômica e militar europeia no mundo, pois, completamente destroçados, os países europeus já não podiam manter impérios coloniais;
  • os movimentos nacionalistas emergentes das colônias foram reforçados pela Carta das Nações Unidas, que considerava a autodeterminação dos povos um direito básico;
  • o início da Guerra Fria também foi outra grande influência, pois, tanto os Estados Unidos como a União Soviética, apoiaram os movimentos de independência para influenciar os novos governos e a população, atraindo-os para seus respectivos blocos.
  O processo de descolonização teve três características principais:
  • ocorreu integralmente entre 1946 e 1975;
  • na maioria dos países havia partidos políticos que organizaram o processo de independência;
  • destacaram-se líderes carismáticos, que mobilizaram as massas, como Mahatma Gandhi, na Índia, Ho Chi Mi, no Vietnã, Sukarno, na Indonésia, e Lumumba, no Congo.

Mapa sobre o processo de descolonização na África e na Ásia
  A Alemanha viu seu território ser dividido entre as duas potências, originando a Alemanha Ocidental e a Alemanha Oriental.
  As tropas alemãs capitularam em 8 e 9 de maio de 1945. Os membros do último Reich, encabeçados pelo almirante Karl Dönitz, foram presos. Juntamente com outros líderes da ditadura nazista, ele respondeu por crimes de guerra e contra a humanidade perante o Tribunal de Nurembergue, instaurado pelos Aliados.
  As quatro potências vencedoras - Estados Unidos, Reino Unido, França e União Soviética - assumiram o poder e dividiram o território alemão em quatro zonas de ocupação. Sob o controle soviético ficaram os territórios a leste dos rios Oder e Neisse. Berlim, encravada no território que viraria Alemanha Oriental, também foi dividida em quatro setores.
  Os diferentes sistemas de domínio no Ocidente e no Leste da Europa, geraram divergências entre os Aliados, que não conseguiam definir uma política comum para a Alemanha derrotada. Na Conferência de Potsdam, que ocorreu entre 17 de julho e 2 de agosto de 1945 para estabelecer as bases de uma nova ordem europeia no pós-guerra, só houve consenso quanto a quatro ações prioritárias na Alemanha: desnazificar, desmilitarizar, descentralizar a economia e reeducar os alemães para a democracia.
  Em 1949, o país foi formalmente dividido dando origem a República Democrática Alemã (Alemanha Oriental) e a República Federal Alemã (Alemanha Ocidental).
A Alemanha Oriental estava sob influência socialista e soviética, com capital em Berlim. Por sua vez, a parte ocidental vivia sob órbita capitalista e americana, cuja capital era Bonn.
  Esta divisão seguia a lógica da Guerra Fria, que dominou a ordem mundial até 1989 com a queda do Muro de Berlim.
Mapa da Alemanha dividida
  A antiga capital alemã não escapou desta divisão. Berlim situava-se em plena Alemanha Oriental e ali coexistiram dois sistemas de governo e duas moedas na mesma cidade. Primeiro, foi dividida de maneira sútil com bairros destinados ao lado capitalista e ao lado socialista. Porém, a partir de 1961, de forma física, com a construção do Muro de Berlim.
  Em 1953, vários operários da Alemanha Oriental, marcham em Berlim pedindo melhores condições de vida e mais liberdade. São duramente reprimidos pela polícia que atirou na população desarmada, além de prender entre 13 mil a 15 mil pessoas. Diante desta coerção, cerca de 3 milhões de alemães passaram para o lado Ocidental. Quanto mais o regime soviético dominava e reprimia a população da Alemanha Oriental, mais pessoas se mostravam insatisfeitos e fugiam para o lado Ocidental.
  As autoridades da Alemanha Oriental encontraram uma solução para impedir que os cidadãos berlinenses debandassem para o lado capitalista: a construção de um muro.
Muro de Berlim
  Por volta de 1948, as repúblicas bálticas, a Polônia, a Hungria, a Tchecoslováquia, a Romênia, a Bulgária, a Iugoslávia e a Albânia se tornaram países socialistas, sob o domínio político e econômico da URSS.
  Com o fim da Guerra Fria, no início da década de 1990, a URSS se fragmentou em 15 repúblicas. Na Europa, as repúblicas bálticas (Estônia, Letônia e Lituânia) foram as primeiras a retomar a soberania de seus antigos territórios. Além delas, Belarus, Ucrânia, Moldávia, Geórgia, Armênia e Azerbaijão tornaram-se repúblicas independentes.
  A Tchecoslováquia desmembrou-se em República Tcheca e República da Eslováquia.
  A Tchecoslováquia foi um país governado por um autoritário governo marxista-leninista de 1960 até 1989. Foi um Estado satélite soviético do Bloco Oriental. O país permaneceu em primeira instância, de 1948 a 1960, com o nome oficial de República Tchecoslováquia, transferindo depois para República Socialista da Tchecoslováquia.
  Após o golpe de Estado de fevereiro de 1948, quando o Partido Comunista da Tchecoslováquia tomou o poder com o apoio da União Soviética, o país foi declarado uma república popular.
  A Tchecoslováquia foi membro do Conselho para Assistência Econômica Mútua e do Pacto de Varsóvia. O regime terminou em 1989 com a queda do Bloco de Leste durante as Contrarrevoluções por meio de Revolução de Veludo.
Mapa da antiga Tchecoslováquia e os dois países que se originaram da sua desintegração
  A Iugoslávia, de modo bastante tenso e conflituoso, fragmentou-se em seis países: Bósnia-Herzegovina, Croácia, Eslovênia, Macedônia, Montenegro e Sérvia. Kosovo declarou independência em 2008, o que ainda não foi reconhecido.
  A Iugoslávia foi um país que existiu na região dos Balcãs durante a maior parte do século XX. Surgiu após a Primeira Guerra Mundial, em 1918, sob o nome de Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos através da fusão do provisório Estado dos Eslovenos, Croatas e Sérvios (que antes fazia parte do antigo Império Austro-Húngaro) com o Reino da Sérvia, anteriormente independente.
  Renomeado para Reino da Iugoslávia em 3 de outubro de 1929, o país foi invadido pelas Potências do Eixo em 6 de abril de 1941. Em 1943, uma Iugoslávia democrática e federal é proclamada pela resistência partsan (movimento de resistência contra a ocupação do Eixo). Em 1944, o rei o reconheceu como governo legítimo da nação, mas em novembro de 1945 a monarquia foi abolida. A Iugoslávia foi renomeada para República Popular Federativa da Iugoslávia em 1946, quando um governo comunista foi estabelecido.
  O país adquiriu os territórios de Istria, de Rijeka e de Zadar da Itália. O líder partidário Josip Broz Tito governou a Iugoslávia como presidente até sua morte, em 1980. Em 1963, o país foi rebatizado novamente para República Socialista Federal da Iugoslávia.
Processo de cisão da Iugoslávia
  República Socialista Federativa da Iugoslávia (1943-1992)
  República Federal da Iugoslávia (1992-2003), Sérvia e Montenegro (2003-2006)
  Sérvia (desde 2006)
  Croácia (desde 1991)
  Eslovênia (desde 1991)
  Macedônia (desde 1991)
  República da Sérvia de Krajina (1991-1995)
  República Sérviaa (desde 1992)
  Herzeg-Bósnia (1992-1994)
  República da Bósnia e Herzegovina (1992-1998)
  Bósnia e Herzegovina (desde 1998)
  Montenegro (desde 2006)
  Kosovo (independência não reconhecida desde 2008)
  Na Europa Ocidental, após a queda do Muro de Berlim, a Alemanha Ocidental e a Alemanha Oriental se reunificaram. O processo de reunificação do país gerou desafios para equilibrar o desenvolvimento socioeconômico e as condições de vida da população em cada porção do território alemão.
  A reunificação da Alemanha foi o processo em que a República Democrática da Alemanha (RDA/Alemanha Oriental) foi anexada pela República Federal da Alemanha (RFA/Alemanha Ocidental), ao reunificar a nação da Alemanha e a cidade de Berlim, como previsto pelo Artigo 23 da Lei Fundamental da República Federal da Alemanha. O final do processo de unificação é conhecido oficialmente como Unidade Alemã, comemorado no dia 3 de outubro.
  O regime da Alemanha Oriental começou a vacilar em maio de 1989, quando a remoção da cerca na fronteira com a com a Hungria abriu um buraco na Cortina de Ferro, o que causou o êxodo de milhares de alemães orientais, que fugiram para a Alemanha Oriental e para a Áustria, através do território húngaro. A Revolução Pacífica, uma série de protestos promovidos por parte dos alemães orientais, levou às primeiras eleições livres da RDA, em 18 de março de 1990, e ao início das negociações entre a RDA e a RFA, que culminaram no Tratado de Unificação.
Muro de Berlim, no Portão de Brandemburgo, em 10 de novembro de 1989. A queda do muro de Berlim marcou o início do processo de unificação da Alemanha
REFERÊNCIA: Sampaio, Fernando dos Santos
Geração alpha geografia: ensino fundamental: anos finais: 9º ano / Fernanda dos Santos Sampaio, Marlon Clóvis Medeiros: editor responsável Flávio Manzatto de Souza: organizadora SM Educação: obra coletiva, desenvolvida e produzida por SM Educação - 2. ed. - São Paulo: Edições SM, 2018.

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