Como sistema social, político e econômico, o socialismo foi implantado inicialmente na Rússia, em 1917, por meio de uma revolução que provocou a queda do antigo governo monarquista, e deu origem, em 1922, à União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).
Da URSS, o socialismo também se estendeu para outros países do mundo. Por meio de revoluções que levaram governos autoritários ao poder, o socialismo foi implantado nos países do Leste Europeu (Hungria, Polônia, Romênia, entre outros), na China, em Cuba e também em alguns países da África e da Ásia.
O sistema de governo socialista caracterizou-se pelo excessivo controle do Estado na vida econômica, política e social do país. No campo econômico, esse controle foi exercido com a socialização dos meios de produção, ou seja, todas as empresas, incluindo indústrias, estabelecimentos comerciais, bancos e propriedades rurais passaram a ser controlados pelo Estado, a quem cabia também definir o valor do salário pago aos trabalhadores, o preço das mercadorias, os setores que deveriam receber mais investimentos etc.
No plano político, o controle ocorreu com a centralização do poder por uma classe dirigente autoritária, que restringia, inclusive com o uso da força, a participação popular em movimentos organizados.
Após mais de 70 anos de conquistas sociais, que melhoraram de maneira significativa as condições de vida da população, o socialismo soviético começou a apresentar sinais de desgaste, com o agravamento de crises econômicas que se estenderam aos planos político e social.
As crises econômicas foram provocadas, entre outros fatores, pelo atraso tecnológico que comprometeu seriamente a produtividade da indústria e do campo, gerando um sério problema de desabastecimento. Assim, até mesmo para comprar alimentos e produtos de primeira necessidade, a população era obrigada a enfrentar longas filas. A recuperação da economia, no entanto, foi diretamente afetada pela escassez de investimentos, comprometidos com enormes gastos na área militar durante o período da Guerra Fria.
Além desses problemas, o enriquecimento de uma minoria da população, formada pelos altos funcionários do governo, associado à falta de liberdade política, desencadeou uma série de manifestações populares reivindicando reformas. Tais manifestações tornaram-se mais intensas após a queda do Muro de Berlim, em 1989, que selou a reunificação entre a Alemanha Ocidental (capitalista) e a extinta Alemanha Oriental (socialista).
Diante disso, o governo soviético, que desde o início da década de 1980 vinha promovendo mudanças muito tímidas, viu-se obrigado a implantar reformas mais profundas visando à abertura política e mudanças econômicas. Tais reformas acabaram culminando com a queda do socialismo soviético e o fim da União Soviética, desmembrada em 15 novos países. Esses países, com exceção da Letônia, Lituânia e Estônia, deram origem à Comunidade dos Estados Independentes (CEI).
Logo em seguida, vários outros países, sobretudo os do Leste Europeu, também abandonaram o socialismo, incorporando-se à economia capitalista. Atualmente, são poucos os países que ainda se declaram socialistas, entre eles China, Cuba, Coreia do Norte e Vietnã.
Da URSS, o socialismo também se estendeu para outros países do mundo. Por meio de revoluções que levaram governos autoritários ao poder, o socialismo foi implantado nos países do Leste Europeu (Hungria, Polônia, Romênia, entre outros), na China, em Cuba e também em alguns países da África e da Ásia.
Divisão contemporânea da Europa por regiões:
Europa Ocidental
Leste Europeu
Europa Meridional
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No plano político, o controle ocorreu com a centralização do poder por uma classe dirigente autoritária, que restringia, inclusive com o uso da força, a participação popular em movimentos organizados.
Moscou |
As crises econômicas foram provocadas, entre outros fatores, pelo atraso tecnológico que comprometeu seriamente a produtividade da indústria e do campo, gerando um sério problema de desabastecimento. Assim, até mesmo para comprar alimentos e produtos de primeira necessidade, a população era obrigada a enfrentar longas filas. A recuperação da economia, no entanto, foi diretamente afetada pela escassez de investimentos, comprometidos com enormes gastos na área militar durante o período da Guerra Fria.
C-47 no Aeroporto de Tempelhof em Berlim durante o Bloqueio de Berlim |
O Muro de Berlim e ao fundo o Portão de Brandemburgo, em 9 de novembro de 1989 |
Logo em seguida, vários outros países, sobretudo os do Leste Europeu, também abandonaram o socialismo, incorporando-se à economia capitalista. Atualmente, são poucos os países que ainda se declaram socialistas, entre eles China, Cuba, Coreia do Norte e Vietnã.
Divisão do mundo durante a Guerra Fria
Primeiro Mundo: países capitalistas desenvolvidos
Segundo Mundo: países socialistas
Terceiro Mundo: países capitalistas subdesenvolvidos
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FONTE: Garcia, Valquíria Pires. Projeto radix: geografia / Valquíria Pires Garcia, Beluce Bellucci. -- 2. ed. -- São Paulo: Scipione, 2012. -- (Coleção projeto radix)
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