terça-feira, 27 de março de 2012

O SOCIALISMO DE MERCADO E O ESPAÇO CHINÊS

  A abertura da economia chinesa ao capitalismo internacional, provocou um  grande incremento da atividade industrial no país, sobretudo no setor de bens de consumo. Atualmente, a produção da indústria chinesa está entre as maiores do mundo, com destaque para o setor de produtos eletrônicos, que tem crescido aceleradamente nas últimas décadas.
Produtos chineses - espalharam-se rapidamente nas últimas décadas no mundo inteiro
  Um dos principais fatores que permitiram a arrancada da produção industrial na China foi a criação das chamada Zonas Econômicas Especiais (ZEEs), assim como a abertura de importantes cidades portuárias aos investimentos estrangeiros. Tanto as ZEEs quanto as cidades portuárias abertas ao capital externo constituem zonas de livre comércio, estabelecidas por meio de uma legislação mais flexível, com a redução ou até mesmo a isenção de impostos. Essas medidas visam a atrair investimentos estrangeiros e absorver as inovações tecnológicas desenvolvidas nos países mais avançados.
Xangai - uma das cidades portuárias da China
  As ZEEs e as cidades portuárias tornaram-se alvo de grande investimentos, realizados, sobretudo, por japoneses e norte-americanos. Os investidores também são atraídos pela existência de outras condições favoráveis, como o baixo custo da mão de obra e o gigantesco mercado consumidor chinês, que se apresenta como uma excelente oportunidade para o crescimento das empresas.
  Essas vantagens têm levado grande número de multinacionais a se instalar no país, o que vem contribuindo ainda mais para o ótimo desempenho da economia chinesa nos últimos anos.
Mapa da economia chinesa
  Os reflexos do capitalismo tornam-se cada vez mais evidentes na China, a começar pelo espaço geográfico desse país, que se tornou um imenso canteiro de obras, onde enormes edifícios são erguidos para abrigar shopping centers e novas empresas.
  As cidades, por sua vez, não foram organizadas para receber a numerosa frota de automóveis que vêm substituindo as bicicletas, meios de transporte tradicionais na China. As casas não têm garagem e as ruas não têm estacionamentos apropriados para carros.
Trânsito complicado nas ruas de Pequim - China
  Os hábitos da população chinesa têm mudado radicalmente.  As roupas cinza e azul-marinho impostas pelo socialismo vêm sendo substituídas por peças coloridas e, principalmente, pelo jeans. Boa parte da população chinesa teve seu nível de vida elevado, e passou a viver em moradias melhores, a se alimentar melhor e mesmo a ter acesso a eletrodomésticos básicos, como fogões, geladeiras e televisores.
  O consumismo também passou a fazer parte dos hábitos chineses. Possuir um cartão de crédito, um celular ou um carro tornou-se símbolo de status na China.
Loja do Mc Donalds na China - símbolo do consumismo no país
  Ainda que tenha alcançado altos índices de crescimento econômico, a China enfrentará grandes desafios nas próximas décadas, como conter o crescimento populacional, sobretudo nas áreas urbanas, aumentar a produção de alimentos no campo e diminuir o seu frenético ritmo de degradação do meio ambiente.
FONTE: Geografia espaço e vivência: o espaço geográfico mundial, 8° ano / Levon Boligian ... [et al.]. - 3 ed. São Paulo: Atual, 2009.

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