segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

MUDANÇAS CLIMÁTICAS: O QUE FAZER?

O meio ambiente tem se tornado, aos poucos, uma das maiores preocupações da humanidade, senão a maior. Vários elementos contribuem para isso - por exemplo, o número crescente de doenças causadas pelos mais diferentes tipos de poluição: do ar, da terra, da água, sonora ou visual.
Mas, um dos elementos que mais têm chamado a atenção de todos é a questão das mudanças relacionadas com o clima. Desde o final da década de 1960, o mundo vem enfrentando essas mudanças. As estações do ano, antigamente bem definidas, passam a sofrer forte influência das frentes frias e ondas de calor. O período, o rítmo e a quantidade de chuvas já não são as mesmas. Temos períodos de estiagens cada vez mais prolongados e chuvas, ora muito violentas, ora em quantidade insuficiente. Cai granizo onde não acontecia. A velocidade dos ventos aumenta de forma considerável, gerando tornados e furacões.
As consequências dessas mudanças são vistas por todos: secas, inundações, deslizamentos, alagamentos - que ceifam vidas, deixam desabrigados, destroem a economia, trazem doenças, geram medo e apreensão.
A culpa de toda essa mudança, em grande parte, é do próprio homem e de sua ganância pelo poder e pelo dinheiro. Elementos que levaram milhões e até bilhões de anos para se formar, o homem destrói em poucos dias, ou até mesmo, em poucos segundos. Exemplos disso, é a destruição das grandes florestas, como é o caso da Mata Atlântica e da Floresta Amazônica.
A Mata Atlântica vem sendo destruída desde o período colonial, primeiramente decorrente da exploração do pau-brasil, seguido da cana-de-açúcar, da expansão urbana e, mais recentemente, pelo cultivo do camarão.
A Floresta Amazônica vem sendo destruída pelos garimpos, pela exploração da madeira, pela expansão dos cultivos destinados à exportação, pela expansão urbana e para a criação de pastos visando à pecuária extensiva.
Montanhas são destruídas por causa da exploração mineral, visando à extração de minerais destinadas a abastecer as indústrias. O uso de combustíveis fósseis, associados às indústrias, que lançam diariamente milhões de toneladas de gases tóxicos na atmosfera, contribuem para o surgimento de problemas como as chuvas ácidas, as ilhas de calor e a inversão térmica.
Porém, se o homem começar a reverter esses problemas, como o reflorestamento, o uso de fontes de energia pouco poluentes e renováveis, a instalação de filtros antipoluentes nas fábricas, dentre outros, a natureza pode retribuir, como foi o caso do buraco na camada de ozônio, que protege a Terra dos raios ultravioleta emitidos pelo Sol, provocando câncer de pele nas pessoas, e que vinha aumentando consideravelmente até a década de 1980. Em 1987, durante a Conferência de Montreal, foi criado o Tratado de Montreal, onde líderes mundiais se comprometeram a substituir os CFCs (clorofluorcarbono), principal gás causador da destruição da camada de ozônio, por outros gases menos poluentes. Graças a esse Tratado, a partir de 2000, os cientistas notaram a redução do buraco na camada de ozônio, e segundo previsões, nos próximos 20 anos esse buraco estará completamente fechado.
Isso mostra que se o homem começar a pensar num desenvolvimento sustentável, a Terra estará preparada para oferecer seus recursos aos habitantes do Planeta por mais milhares e milhares de anos.
Professor Marciano Dantas

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