Líderes mundiais intensificam a pressão para que Laurent Gbagbo renuncie em favor de Alassane Ouattara, reconhecido como o real vencedor das eleições.
Presidente Laurent Gbagboe Oposicionista Alassane Ouattara
A turbulência política que se seguiu à eleição presidencial na Costa do Marfim, colocou o país do oeste da África "à beira do genocídio", disse o novo embaixador marfinense na Organização das Nações Unidas (ONU). Líderes mundiais têm intensificado as pressões para que Laurent Gbagbo renuncie em favor de Alassane Ouattara, amplamente reconhecido como vencedor da eleição.
Youssoufou Bamba, indicado embaixador na ONU por Ouattara, o descreveu como líder legítimo da Costa do Marfim. "Ele foi eleito em eleições livres, justas, transparentes e democráticas. O resultado foi declarado pela comissão eleitoral independente, certificada pela ONU", disse durante entrevista coletiva na quarta-feira.
Segundo Bamba, houve "uma violação em massa dos direitos humanos", com mais de 170 pessoas mortas durante protestos nas ruas da Costa do Marfim. "Para mim, o debate está encerrado. Agora se está falando sobre como e quando o senhor Gbagbo vai deixar o poder. Desse modo, uma das mensagens que eu tento transmitir durante as conversações que conduzi até agora é a de que estamos à beira do genocídio. Algo deve ser feito", afirmou a jornalistas.
Bamba adiantou que pretende se reunir com cada um dos membros do Conselho de Segurança. "Pretendo me encontrar com cada um dos 15 membros para explicar a eles a gravidade da situação. Esperamos que as Nações Unidas tenham credibilidade e impeçam que a eleição seja roubada da população", acrescentou.
Eleições - A eleição de 28 de novembro deveria representar a união da Costa do Marfim, maior produtor mundial de cacau, após uma guerra civil entre 2002 e 2003. Mas as disputas sobre o resultado eleitoral provocaram confrontos letais nas ruas e ameaçaram reabrir o conflito.
Na semana passada, a Assembléia Geral da ONU reconheceu Ouattara como presidente legítimo da Costa do Marfim, ao decidir por unanimidade que a lista de diplomatas entregues por ele à entidade fosse reconhecida como a dos únicos representantes oficiais do país nas Nações Unidas.
Fonte: Veja Notícias
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