domingo, 7 de janeiro de 2018

A COMUNIDADE PARA O DESENVOLVIMENTO DA ÁFRICA AUSTRAL (SADC)

  Historicamente ocupada e dividida pelas potências europeias, a África é formada por mais de 50 países, onde muitas das fronteiras foram traçadas arbitrariamente pelos colonizadores europeus. Longe de ser um espaço homogêneo, no continente africano há cerca de 800 grupos étnicos, cada qual com sua língua e cultura.
Dodoma - capital da Tanzânia
  Na África, são muitas as riquezas naturais; as paisagens geográficas são mais diversificadas que as de qualquer outro continente. Por outro lado, é o continente mais pobre: cerca da metade de sua população vive abaixo da linha de pobreza. Em muitos países, a maior parte das exportações vem de apenas um produto, como petróleo ou minérios. O nível de industrialização do continente africano é o menor do mundo. Tudo isso torna os países do continente bastante vulneráveis à variação de preços.
Harare - capital do Zimbábue
  Os países africanos são muito diferentes uns dos outros, tanto nos aspectos socioeconômicos quantos nos naturais. Países como Líbia, Tunísia, Argélia, África do Sul e Egito têm indicadores sociais razoáveis. Mas há um grande número de países que apresentam profundos problemas econômicos e sociais, como Serra Leoa, Mali e Etiópia. As grandes desigualdades internas, a dependência econômica, a carência de infraestrutura, o baixo nível de industrialização, as guerras, a fome e a pobreza explicam as dificuldades dos processos de integração do continente africano.
Maputo - capital de Moçambique
  Há vários blocos regionais africanos, como a Comunidade Econômica e Monetária da África Central (EMCCA, em inglês) e a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Ecowas, em inglês). O mais importante deles é a Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC, do inglês Southern African Development Community).
Antananarivo - capital de Madagascar
  Criada em 17 de outubro de 1992, com a participação inicial de nove integrantes, a SADC reúne atualmente 15 países. Sua sede fica em Gaborone, em Botsuana, e é de grande importância para o desenvolvimento econômico da região, assim como a estabilização política.
Lusaka - capital de Zâmbia
  Fazem parte do bloco: Angola, África do Sul, Botsuana, República Democrática do Congo (RDC), Lesoto, Madagascar, Malawi, Maurício, Moçambique, Namíbia, Seychelles, Suazilândia, Tanzânia, Zâmbia e Zimbábue. As línguas oficiais do bloco são o inglês, o francês e o português.
Sede da SADC, em Gaberone - Botsuana
  A SADC originou-se a partir da transformação da SADCC (Southern Africa Development Co-ordination Conference ou Conferência de Coordenação para o Desenvolvimento da África Austral), que foi criada em 1980 e que contava com nove países-membros. Esta transformação ocorreu na cidade de Windhoek, Namíbia, e foi motivada pelo fim do regime do apartheid na África do Sul.
  Os países da SADC somam uma população de cerca de 330 milhões de habitantes e um PIB de aproximadamente 612 bilhões de dólares, valor importante, especialmente levando-se em conta as economias dos restantes dos países africanos.
Luanda - capital de Angola
  A África Austral enfrenta muitos problemas, tanto naturais, como secas pronunciadas, quanto econômicos (carência de indústrias, etc.) e sociais (pobreza, doenças como AIDS, etc.). Existem muitas desigualdades na região: quanto à renda per capita, por exemplo, há países onde ela é 20 vezes superior à dos mais pobres.
Victória - capital de Seychelles
  A região busca o desenvolvimento econômico através de fatores como a exploração dos recursos naturais, grande potencial energético (petróleo, carvão, biomassa, energia solar, energia eólica), infraestrutura, além da vasta população, proporcionando mão de obra e mercado consumidor.
Lilongwe - capital do Malawi
  O país mais importante do bloco é a África do Sul, que responde por mais de 60% da riqueza produzida pelo conjunto regional - é um país emergente que faz parte do Brics (bloco que representa a sigla dos principais países emergentes do globo - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
Gaborone - capital de Botsuana
  Mesmo sendo pobre em petróleo, pois apenas Angola é um grande produtor, a região é riquíssima em recursos minerais, como ouro, diamantes e platina, em grande parte ainda a serem explorados.
Kinshasa - capital da República Democrática do Congo
  A criação da SADC inspirou-se na conveniência da união de esforços para a formação de um conjunto forte, especialmente em se tratando de países pobres ou em desenvolvimento. Além disso, o crescimento do capitalismo, a partir dos anos 1990, impõe a constituição de blocos regionais para estimular o comércio interno e fortalecer a participação do conjunto no competitivo mercado global.
Cidade do Cabo - capital legislativa da África do Sul
  A Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral foi criada com base em alguns princípios: igualdade para todos; solidariedade, paz e segurança; direitos democráticos; benefícios mútuos; entre outros. A partir daí, foram estabelecidos seus objetivos, dentre os quais se destacam:
  • promover o desenvolvimento econômico, reduzir a pobreza, melhorar a qualidade de vida dos povos e prover auxílio aos mais necessitados;
  • estimular a complementaridade entre os programas nacionais e regionais;
  • reforçar e consolidar afinidades culturais, históricas e sociais de longa data entre povos da região;
  • aumentar a participação da mulher em todas as instâncias da sociedade, incluindo cargos governamentais, abolir práticas sexualmente discriminatórias e instituir leis que garantam igualdade de direitos entre homens e mulheres;
  • redução e unificação das tarifas alfandegárias e taxas de importação e exportação nas relações comerciais entre os países-membros;
  • promover o desenvolvimento sustentável dos países do bloco.

Maseru - capital de Lesoto
  Quando a Comunidade foi criada, seus países-membros almejavam estabelecer, como finalidade maior, o livre-comércio entre eles para, no futuro, instituir um mercado comum, seguindo o modelo da União Europeia, com alguns aspectos do Mercosul.
Port Louis - capital de Maurício
  Apesar dos grandes avanços obtidos, como no combate à AIDS e, especialmente, no aumento do comércio intrarregional, o objetivo principal da SADC está longe de ser alcançado.
Windhoek - capital da Namíbia
  O principal parceiro econômico externo da Comunidade é a União Europeia, mas, nos últimos anos, a China tem feito grandes investimentos na região, especialmente em obras de infraestrutura.
Mbabane - capital da Suazilândia
REFERÊNCIA: Moreira, Igor
Viva: geografia: volume 3: ensino médio / Igor Moreira. Curitiba: Positivo, 2016.

terça-feira, 7 de novembro de 2017

DINAMARCA

  Terra de origem dos antigos vikings, a Dinamarca é o mais meridional dos países nórdicos, estando localizado a sudoeste da Suécia e ao sul da Noruega, sendo delimitado pela Alemanha no sul. As fronteiras da Dinamarca estão no Mar Báltico e no Mar do Norte. O país é composto por uma grande península, a Jutlândia, e por cerca de 500 ilhas, das quais 78 são habitadas. O governo dinamarquês controla há muito tempo a entrada e a saída do Mar Báltico, graças à presença de três canais, que também são conhecidos como os "Estreitos Dinamarqueses". O país possui uma das melhores qualidades de vida do planeta, graças ao elevado investimento que o governo dá a educação.
Mapa da Dinamarca
GEOGRAFIA
  A Dinamarca possui uma área de 43.077 km² e seu território é composto da Jutlândia (70% da área do país), uma península estendendo aproximadamente 338 quilômetros de norte a sul, e em torno de 500 ilhas entre o Mar do Norte e o Mar Báltico. As principais ilhas estão localizadas entre a Jutlândia e Suécia. Sealand é a maior delas, seguido de Funen, Lolland, Falster e Langeland. No Mar Báltico, a maior ilha é a de Bornholm. Fazem parte do país também as Ilhas Faroé e a Groenlândia, que são regiões autônomas da Dinamarca.
Zona rural na Dinamarca
  O relevo do país é bastante plano, cuja média de altitude fica em torno dos 30 metros de altura. O ponto mais elevado do país é o Monte Mollehoj, com uma altitude de 170,86 metros acima do nível do mar.
  O clima dominante é o temperado oceânico, com invernos suaves e verões amenos. A precipitação ocorre ao longo do ano, mas as estações encontram-se diferenciadas. O período mais chuvoso é entre as estações outono-inverno devido à passagem de superfícies frontais, graças ao encontro de massas de ar diferenciadas. Na primavera e verão, a umidade é influenciada pela presença do oceano, responsável por manter as temperaturas amenas.
Monte Mollehoj - ponto mais elevado da Dinamarca
  No país, os lagos e rios são pouco numerosos. A Dinamarca é referência mundial quanto à política ambiental governamental. A vegetação predominante é a floresta temperada decídua, onde no outono as folhas das plantas ficam coloridas e caem durante o inverno, com destaque para os pinheiros e os abetos.
Castelo na Dinamarca
HISTÓRIA
  O nome "Dinamarca" data da era dos Vikings e está esculpido na famosa Pedra Jelling, de cerca de 900 d.C. Em vários momentos da história, a Dinamarca controlou a Inglaterra, a Noruega, a Suécia, a Islândia, parte das Ilhas Virgens e da costa do Mar Báltico, que atualmente é o norte da Alemanha. A Escânia pertenceu por grande parte da história à Dinamarca, mas foi perdida para a Suécia em 1658.
Pedra Jelling, na Dinamarca
  As descobertas arqueológicas mais antigas na Dinamarca datam de 130.000 a.C. a 110.000 a.C., no período interglacial Riss-Würm. A região já era habitada há cerca de 12.500 a.C., e há vestígios de atividades agrícolas datadas de cerca de 3.900 anos a.C.
  Durante a Idade do Ferro pré-romana (500 a.C. - 1 d.C), grupos nativos começaram a imigrar para o sul. Nesse período, as províncias romanas mantinham rotas e relações comerciais com as tribos da atual Dinamarca, o que é atestado pelos achados de moedas romanas na região. Há também provas de uma forte influência cultural céltica neste período, tanto na Dinamarca como em grande parte do noroeste da Europa.
Aldeia viking
  Entre os séculos VIII e X, os dinamarqueses eram conhecidos como vikings. Juntamente com noruegueses e suecos, colonizaram, atacaram e comerciaram com toda a Europa. No século IX, os vikings descobriram a Islândia, no caminho das Ilhas Faroé, e chegaram até a "Vinland" (terra da relva/terra do vinho), hoje conhecida como Newfoundland, Canadá.
  Conforme atestam as Pedras de Jelling, os dinamarqueses foram unidos e evangelizados por cerca de 965, por Harald Dente-Azul. Crê-se que os dinamarqueses se tornaram cristãos por motivos políticos, de modo a não ser invadido pelo Sacro Império Romano Germânico.
Mapa mostrando os ataques vikings
  Ao longo da Idade Média, a Dinamarca incorporou a Escânia. Reis dinamarqueses governavam então partes da Estônia e os ducados do Schleswiq e do Holstein (estes últimos atualmente pertencem ao território alemão). Em 1397, a Dinamarca formou a União de Kalmar, juntamente com a Suécia e a Noruega, uma união pessoal das coroas dos três países, que mantinham uma existência nominalmente independente. A Escandinávia permaneceu unificada até a secessão da Suécia, em 1523. Por volta de 1530, a Reforma Protestante chegou às terras escandinavas. Após uma guerra civil conhecida como "Rixa do Conde", a Dinamarca converteu-se ao luteranismo, em 1536. Naquele ano, nova união pessoal formou a Dinamarca-Noruega, após a extinção da linhagem real norueguesa devido à peste negra.
Sociedade viking
  Nos séculos XVI e XVII a Dinamarca entrou em guerra com a Suécia. O rei Cristiano IV atacou a Suécia durante a Guerra de Kalmar (1611-1613), mas fracassou no seu principal objetivo de forçar aquele país à união com a Dinamarca. A guerra não provocou alterações territoriais, mas a Suécia foi forçada a pagar uma reparação de 1 milhão de riksdalers de prata à Dinamarca, valor que ficou conhecido como o "Resgate de Älvsborg". Cristiano usou estes recursos para fundar diversas cidades, fortalezas e edifícios. Inspirado na Companhia Holandesa das Índias Orientais, Cristiano instituiu uma correspondente dinamarquesa. Ele planejava reivindicar a ilha do Ceilão (atual Sri Lanka) como colônia dinamarquesa, mas a nova companhia logrou adquirir apenas Tranquebar, na Costa de Coromandel, na Índia.
Paisagem da Dinamarca
  A união com a Noruega foi dissolvida em 1814, quando a Noruega entrou em uma nova união com a Suécia (que durou até 1905). O movimento liberal e nacional dinamarquês teve seu momento culminante em 1830 e, após as revoluções europeias de 1848, a Dinamarca tornou-se uma Monarquia Constitucional em 1849. O ducado de Schleswig tornou-se propriedade pessoal do rei da Dinamarca em 1460. As tentativas feitas a partir de 1846 pela Dinamarca para anexar do ducado de Schleswig, assim como também o ducado de Holstein, fracassaram durante a Guerra dos Ducados (1864). Após a guerra Austro-Prussiana em 1866, a Prússia, vitoriosa na guerra, anexou ambos os ducados e aproveitou para dissolvê-los, transformando-os numa única unidade, a província do Schleswig-Holstein. Estes ducados sempre fizeram parte do Sacro Império Romano Germânico até Napoleão dissolver este Império em 1806.
Vídeo sobre a Dinamarca
  Derrotado Napoleão, após o Congresso de Viena em 1815, os ducados de Schleswig e Holstein passaram a fazer parte da Confederação Germânica, herdeira natural do Sacro Império Romano Germânico, visto que estes ducados nunca pertenceram à Dinamarca, mas eram apenas propriedade pessoal dos seus soberanos, simultaneamente reis da Dinamarca. Em 1920, mediante plebiscito realizado devido à derrota da Alemanha na Primeira Guerra Mundial, uma das regiões plebiscitárias, o norte de Schleswig (Abstimmungsgebiet) foi cedida à Dinamarca, onde até hoje há alguns núcleos populacionais majoritariamente de língua alemã, cujos direitos como minoria nacional são reconhecidos internacionalmente.
Vilarejo na Dinamarca
  Em 9 de abril de 1940, a Dinamarca foi invadida pela Alemanha Nazista e permaneceu ocupada durante toda a Segunda Guerra Mundial, apesar de ter ocorrido uma pequena resistência interna. O país tentou ser o mais neutro possível durante a guerra e não cedeu seu poder interno ao controle nazista, sendo socialista na época, e incentivava os dinamarqueses a não se alistarem ao exército alemão. Ao fim de 1944, poucos dinamarqueses apoiavam o regime de Hitler. No início de 1945 as tropas alemãs retiraram-se da Dinamarca.
  A Constituição de 1953 promoveu várias mudanças no país, como a criação de um parlamento de câmara única eleito por representação proporcional, a adesão feminina ao trono dinamarquês e a Groenlândia passando a fazer parte integrante da Dinamarca. Os social-democratas lideraram uma série de governos de coalizão pela maior parte da segunda metade do século XX em um país geralmente conhecido por suas tradições liberais.
Alborg - com uma população de 188.248 habitantes (estimativa 2017) é a quarta maior cidade da Dinamarca
  Após a Segunda Guerra Mundial, a Dinamarca tornou-se um dos membros fundadores da Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA), da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e das Nações Unidas.
  Em 1973, juntamente com o Reino Unido e a República da Irlanda (Eire), a Dinamarca aderiu à Comunidade Econômica Europeia, que posteriormente iria formar a União Europeia (UE) após um referendo público. O Tratado de Maastrich, que envolvia uma maior integração europeia, foi rejeitado pelo povo dinamarquês em 1992; ele só foi aceito depois de um segundo referendo, em 1993, e pela adição de certas disposições para a Dinamarca. Os dinamarqueses rejeitaram o Euro como moeda nacional em um referendo em 2000. Em 1979, a Groenlândia passou a ser administrada por um governo próprio e em 2009 passou a condição de autodeterminação. A Groenlândia e as Ilhas Faroé não são membros da União Europeia; as Ilhas Faroé saíram da Comunidade Econômica Europeia (CEE) em 1973 e a Groenlândia em 1986, ambos por causa das políticas de pesca adotada pelo bloco.
Esbjerg - com uma população de 115.443 habitantes (estimativa 2017) é a quinta maior cidade da Dinamarca
ECONOMIA
  A economia da Dinamarca é dependente dos intercâmbios comerciais com os outros países e da capacidade de influência nas conjunturas internacionais e nos fatores econômicos. A exportação de produtos industrializados é a principal fonte de divisas do país, que possui escassos recursos minerais e de matérias-primas.
  A limitação territorial da Dinamarca não impediu a expansão das atividades agropecuárias. As áreas agrícolas, que abrangem cerca de 60% do território, são exploradas em regime de pequenas propriedades, na forma de cooperativas. A pecuária bovina intensiva para a produção de leite tem grande destaque. Os derivados do leite - laticínios - são exportados para o mundo inteiro.
Vejle - com uma população de 106.034 habitantes (estimativa 2017) é a sexta maior cidade da Dinamarca
  O setor industrial na Dinamarca apoiou-se na agropecuária - laticínios e frios - concentrada na região da capital, Copenhague. Nesse centro, que absorve cerca de 50% da mão de obra industrial do país, destacam-se também as indústrias naval, de refino de petróleo e têxtil. Entre os demais centros industriais, estão Esbjerg (indústria pesqueira) e Alborg (alimentos e bebidas). Outros ramos industriais que se destacam no país são a maquinaria, equipamentos de escritório e produtos químicos. A Maersk (um conglomerado de negócios dinamarqueses, principalmente do setor de transportes) e a Lego (empresa do ramo de brinquedos) são as principais empresas transnacionais com sede na Dinamarca.
Sede da Lego, em Billund - Dinamarca
POPULAÇÃO
  De acordo com estatísticas do governo dinamarquês, 89,6% da população do país é de ascendência dinamarquesa (definido como tendo pelo menos um pai que nasceu na Dinamarca e tem nacionalidade dinamarquesa). Os 10,4% restantes são imigrantes ou descendentes de imigrantes recentes de países vizinhos, além de pessoas vindas da Turquia, Iraque, Somália, Bósnia-Herzegovina, do Sul da Ásia e do Oriente Médio.
Randers - com uma população de 95.210 habitantes (estimativa 2017) é a sétima maior cidade da Dinamarca
  Uma agência de viagens dinamarquesa, a Spies Rejse, elaborou um relatório oficial datado de fevereiro de 2013 que descreve a taxa de nascimentos, entre mulheres dinamarquesas, como "perigosamente baixa". O relatório revela que um em cada cinco casais não tem filhos, apesar de a maioria dizer que deseja ter de duas a três crianças. Os casais esperam cada vez mais tempo para serem pais e há menos mulheres em idade fértil. Para isso, a agência elaborou uma campanha incentivando os casais a terem filhos, objetivando combater o decréscimo populacional no país.
Reportagem do Globo Repórter sobre a população da Dinamarca
  A Dinamarca é frequentemente classifica como o país mais feliz do mundo em estudos internacionais sobre os níveis de felicidade entre a população. A população dinamarquesa desfruta de elevada qualidade de vida. Os serviços de saneamento ambiental atendem a todas as residências do país. Os habitantes também contam com um eficiente sistema de previdência social.
Kolding - com uma população de 88.702 habitantes (estimativa 2017) é a oitava maior cidade da Dinamarca
EDUCAÇÃO E SAÚDE
  O sistema de ensino dinamarquês é composto por três etapas: Educação Primária, Secundária e Ensino Superior. A escolarização no país é obrigatória dos sete aos dezesseis anos, embora quase todas as crianças ampliem seu período de formação. O dinamarquês é a língua oficial do país e também a língua de ensino nas instituições educacionais. No entanto, conscientes de que o inglês é fundamental para o desenvolvimento profissional, essa disciplina é obrigatória desde a Educação Primária.
  A excelência do sistema de ensino dinamarquês reside nas bases em que se sustenta. Os alunos recebem formação global, que não se centra somente nos conhecimentos acadêmicos, mas procura um desenvolvimento que abranja todos os âmbitos pessoais.
Horsens - com uma população de 82.421 habitantes (estimativa 2017) é a nona maior cidade da Dinamarca
  Os pais participam de forma ativa na escola pública através do Conselho Escolar, formado por representantes dos tutores, dos docentes e dos alunos. O período de vigência de cada conselho é de quatro anos e sua missão consiste em aprovar os orçamentos e garantir que os objetivos traçados no princípios do curso sejam cumpridos.
  Na Dinamarca a educação é subvencionada pelos organismos estatais. Algumas instituições são privadas e outras públicas. O Ministério da Educação é responsável por elaborar as grades curriculares para as duas primeiras fases acadêmicas, que deverão ser aprovadas pelo Instituto Nacional de Avaliação. Nas universidades, os procedimentos são diferentes, pois dependem do Ministério de Ciência, Inovação e Ensino Superior. Cada instituição decide seus programas de estudos, seus objetivos e sua duração.
Universidade de Copenhague
  O sistema de saúde dinamarquês é essencialmente público e gratuito, e todo cidadão residente legalmente no país tem acesso a ele. Para isso, toda pessoa recebe um cartão chamado sundhedskort, que é o cartão de saúde onde consta o número do CPR (registro pessoal, número que equivale ao CPF e RG no Brasil), o nome completo e endereço; o grupo de saúde no qual cada habitante está registrado; o nome, endereço e telefone do médico da família; a data de início da validade do cartão e o telefone da prefeitura da cidade onde o beneficiário reside. É obrigatório apresentar o cartão em cada visita ao médico, seja o médico da família ou o plantonista, bem como nas visitas ao dentista e no serviço de atendimento ao cidadão da prefeitura e biblioteca municipal.
Roskilde - com uma população de 81.534 habitantes (estimativa 2017) é a décima maior cidade da Dinamarca
GROENLÂNDIA
  A Groenlândia, considera a maior ilha do planeta, é uma região independente da Dinamarca. Possui uma área de 2.166.086 km² e uma população de 57.010 habitantes (estimativa 2017). Seu solo é recoberto por uma camada de gelo de pelo menos 84% de sua extensão, o que delimita a prática da atividade econômica do povo que aí reside, localizando-a somente na esfera costeira.
  Do ponto de vista europeu, a Groenlândia era uma terra inexistente até o século X, quando os vikings da Islândia aí aportaram. Ela não era, porém, completamente desconhecida da humanidade, pois populações da região ártica, conhecidas como esquimós e atualmente denominadas de inuítes, já haviam ocupado este território antes, embora o tivessem abandonado pouco antes da chegada dos islandeses.
Nuuk - com uma população de 15.912 habitantes (estimativa 2017) é a capital e maior cidade da Groenlândia
  Os ascendentes dos inuítes desembarcaram na Groenlândia por volta do início do século XIII. Eles permaneceram nesta ilha durante séculos, mas foram os antigos vikings que conquistaram, por meio de reivindicações dos dinamarqueses, o domínio da região, colonizando-o a partir do século XVIII.
  O clima da ilha é muito gelado, o que justifica a quase inexistência de vegetação. Os verões são brandos e os invernos bastante rigorosos. O norte da ilha é onde se encontra a principal riqueza, as grandes reservas de minérios, particularmente de chumbo, minério de ferro, carvão, molibdênio, ouro, platina e urânio.
Sisimiut - com uma população de 5.470 habitantes (estimativa 2017) é a segunda maior cidade da Groenlândia
  Durante a Segunda Guerra Mundial, a Groenlândia se libertou concretamente dos dinamarqueses, tanto nos aspectos sociais quanto nos econômicos. Após conquistar este feito, ela se aliou aos Estados Unidos e ao Canadá. Com o fim da conflagração bélica, a ilha retornou ao domínio da Dinamarca, não mais como colônia, e sim como região independente, posição conquistada em 1979.
Ilulissat - com uma população de 4.671 habitantes (estimativa 2017) é a terceira maior cidade da Groenlândia
ILHAS FAROÉ
  Considerado como um território dependente da Dinamarca, as Ilhas Faroé estão localizadas no Atlântico Norte e ficam entre a Islândia e a Escócia. O conjunto de ilhas apresentam um total de 18 territórios de maior extensão e outros de menor extensão, que totalizam uma área de 1.499 km², abrigando uma população de 50.041 habitantes (estimativa 2017).
  As Ilhas Faroé são um território autônomo desde 1948. De forma gradual, o arquipélago vem alcançando cada vez mais autonomia. De acordo com alguns geopolíticos, o grande objetivo das Ilhas Faroé é alcançar a independência em relação à Dinamarca. Enquanto isso não acontece, a região configura-se como um Alto Comissário, que é a representação da Rainha dinamarquesa. Além disso, conta com um primeiro-ministro chefe e tem um Parlamento unicameral formado por 32 membros.
Tóshavn - com uma população de 12.543 habitantes (estimativa 2017) é a capital e maior cidade das Ilhas Faroé
  No ano de 1998 houve uma disputa que envolveu interesses de partidos simpáticos à independência da Dinamarca e o grupo que prega pela autonomia total das Ilhas Faroé. Naquele ano, o Partido da União, a favor da Dinamarca, acabou sendo substituído pelo Partido Republicano, a favor da independência. Desta forma, com os republicanos no poder, foi iniciado um processo a favor da soberania do arquipélago.
Vilarejo Skipanes, em Eysturoy - Ilhas Faroé
  Quatro anos depois, o Ladsstýri, forma que chamam o governo local e os governantes da Dinamarca, tocaram novamente nesse assunto. Começaram uma negociação nas ilhas, mas que não romperia com a Commonwealth (Comunidade das Nações) com o território dinamarquês. Por falta de resultados expressivos, as negociações foram finalizadas. O Partido da União voltou ao poder, mas a maior parte da composição da Ladsstýri ainda era de partidos a favor da autonomia.
  Em 2001 ocorreu uma nova polêmica, quando foi iniciada a elaboração de um novo projeto de Constituição para as Ilhas Faroé. Mesmo assim, o primeiro-ministro da Dinamarca declarou que este projeto não tinha compatibilidade alguma com as leis dinamarquesas.
Klaksvik - com uma população de 4.932 habitantes (estimativa 2017) é a segunda maior cidade das Ilhas Faroé
ALGUNS DADOS DA DINAMARCA

NOME: Reino da Dinamarca
FORMAÇÃO: antes do século VIII
CAPITAL: Copenhague
Rua de Copenhague
GENTÍLICO: dinamarquês (esa)
LÍNGUA OFICIAL: dinamarquês
GOVERNO: Monarquia Constitucional
LOCALIZAÇÃO: Europa Setentrional
ÁREA: 43.077 km² (131º)
POPULAÇÃO (ONU - Estimativa 2017): 5.702.197 habitantes (112°)
DENSIDADE DEMOGRÁFICA: 132,37 hab./km² (55°). Obs: a densidade demográfica, densidade populacional ou população relativa é a medida expressa pela relação entre a população total e a superfície de um determinado território.
CRESCIMENTO POPULACIONAL (ONU - Estimativa 2015): 0,21% (191°). Obs: o crescimento vegetativo, crescimento populacional ou crescimento natural é a diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade de uma  determinada população.
CIDADES MAIS POPULOSAS (Estimativa 2017):
Copenhague: 524.019 habitantes
Copenhague - capital e maior cidade da Dinamarca
Aarhus: 306.502 habitantes
Aarhus - segunda maior cidade da Dinamarca
Odense: 189.902 habitantes
Odense - terceira maior cidade da Dinamarca
PIB (FMI - 2016): US$ 330,958 bilhões (34º). Obs: o PIB (Produto Interno Bruto), representa a soma (em valores monetários) de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região (quer sejam países, estados ou cidades), durante um período determinado (mês, trimestre, ano).
PIB PER CAPITA (FMI 2017): US$ 49.364 (19°). Obs: o PIB per capita ou renda per capita é o Produto Interno Bruto (PIB) de um determinado lugar dividido por sua população. É o valor que cada habitante receberia se toda a renda fosse distribuída igualmente entre toda a população. 
IDH (ONU - 2016): 0,925 (5°). Obs: o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é uma medida comparativa usada para classificar os países pelo seu grau de desenvolvimento econômico e a qualidade de vida oferecida à população. Este índice é calculado com base em dados econômicos e sociais, variando de 0 (nenhum desenvolvimento humano) a 1 (desenvolvimento humano total). Quanto mais próximo de 1, mais desenvolvido é o país. No cálculo do IDH são computados os seguintes fatores: educação (anos médios de estudos), longevidade (expectativa de vida da população) e PIB per capita. A classificação é feita dividindo os países em quatro grandes grupos: baixo (de 0,0 a 0,500), médio (de 0,501 a 0,800), elevado (de 0,801 a 0,900) e muito elevado (de 0,901 a 1,0).
  Muito alto
  Alto
  Médio
  Baixo
  Sem dados
Mapa do IDH
TAXA DE NATALIDADE (ONU - 2016): 10,91/mil (154º). Obs: a taxa de natalidade é a porcentagem de nascimentos ocorridos em uma população em um determinado período de tempo para cada grupo de mil pessoas, e é classificada do maior para o menor.
TAXA DE MORTALIDADE (CIA World Factbook 2016): 10,36/mil (59º). Obs: a taxa de mortalidade ou coeficiente de mortalidade é um índice demográfico que reflete o número de mortes registradas, em média por mil habitantes, em uma determinada região por um período de tempo e é classificada do maior para o menor.
TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL (CIA World Factbook - 2016): 4,19/mil (27°). Obs: a taxa de mortalidade infantil refere-se ao número de crianças que morrem no primeiro ano de vida entre mil nascidas vivas em um determinado período, e é classificada do menor para o maior.
Mapa da taxa de mortalidade infantil no mundo
TAXA DE FECUNDIDADE (Population Reference Bureal - PRB - 2017): 1,7 filhos/mulher (161º). Obs: a taxa de fecundidade refere-se ao número médio de filhos que a mulher teria do início ao fim do seu período reprodutivo (15 a 49 anos), e é classificada do maior para o menor.
Mapa da taxa de fecundidade no mundo
TAXA DE ALFABETIZAÇÃO (CIA World Factbook - 2016): 99,4% (40°). Obs: essa taxa refere-se a todas as pessoas com 15 anos ou mais que sabem ler e escrever.
Mapa da taxa de alfabetização no mundo
TAXA DE URBANIZAÇÃO (CIA World Factbook - 2016): 87,5% (23°). Obs: essa taxa refere-se a porcentagem da população que mora nas cidades em relação à população total.
Mapa da taxa de urbanização no mundo
MOEDA: Coroa
RELIGIÃO: Igreja Evangélica Luterana da Dinamarca (87,7%), outras religiões protestantes (3,3%), sem religião (5,4%), católicos (0,6%), outras religiões (3%).
DIVISÃO: a Dinamarca divide-se em cinco regiões, nas quais se distribuem 98 municípios. As regiões foram criadas em 1 de janeiro de 2007 como parte da Reforma Municipal Dinamarquesa e substituem os treze antigos condados. Na mesma data, os 270 municípios então existentes foram consolidados em 98. A Groenlândia e as Ilhas Faroé integram a Dinamarca, mas gozam de autonomia e uma grande medida de auto-governo. Ambas possuem dois membros, cada, no Parlamento dinamarquês.
Mapa da divisão da Dinamarca por regiões
REFERÊNCIA: Geografia nos dias de hoj, 9º ano / Cláudio Nélson Giardino ... [et al]. -- 2. ed.. -- São Paulo: Leya, 2015.

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