terça-feira, 18 de janeiro de 2011

2010 TEVE RECORDE DE 1.181 MARINHEIROS FEITOS REFÉNS POR PIRATAS


Marinheiros europeus interceptam um barco com quatro supostos piratas somalis na costa do Quênia. Foto: AFP
AFP
  O número de pessoas sequestradas por piratas em embarcações no ano passado foi o maior já registrado, segundo relatório divulgado nesta terça-feira pelo Serviço Marítimo Internacional (IMB, na sigla em inglês). De acordo com a organização, 1.181 navegantes foram capturados no ano passado, e oito foram mortos. No total, 53 navios foram sequestrados. Segundo o IMB, ligado à Câmara Internacional de Comércio (ICC), houve 445 ataques a embarcações em 2010, um aumento de 10% em relação ao ano anterior. O número de reféns piratas vem subindo nos últimos anos, de 188 em 2006 para 1.050 em 2009 e 1.181 no ano passado.
  Segundo o IMB, os sequestros promovidos por piratas na costa da Somália foram 92% do total do ano passado, com 49 embarcações e 1.016 navegantes capturados. Até 31 de dezembro, 28 embarcações e 638 pessoas permaneciam reféns de piratas na Somália.
Brasil
  No Brasil, houve nove ataques a embarcações no ano passado, em dois deles os ocupantes foram feitos reféns. Em 2009, cinco embarcações haviam sido atacadas no Brasil, e no ano anterior, apenas uma.
  Os ataques no Brasil no ano passado ocorreram em embarcações ancoradas no Pará, sete em Vila do Conde e dois em Mosqueiro.
  O pier da Vila do Conde foi o quarto local individual com maior número de ataques a embarcações ancoradas no ano passado. O que registrou o maior número de ataques (22) foi o Porto de Chittagong, em Bangladesh.
  O relatório do IMB adverte para o aumento no número de ataques a Vila do Conde e sugere também vigilância às embarcações no Porto de Santos, apesar de não terem sido registrados incidentes na cidade paulista em 20010.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

APÓS CONFRONTOS, MULTIDÃO PEDE A RENÚNCIA DO PRESIDENTE DA TUNÍSIA

Na véspera, líder no governo há 23 anos disse que não tentará reeleição. Ele enfrenta onda de protestos contra desemprego, corrupção e repressão.

Do G1, com agências internacionais.
Milhares de pessoas saíram às ruas da capital da Tunísia, Túnis, e outras cidades do país nesta sexta-feira (14) para pedir a saída do presidente Zine El Abidine Ben Ali, apesar do discurso que ele fez na véspera na tentativa de diminuir a tensão em seu país.
Na capital, os manifestantes marcharam pela principal avenida da cidade, sem a intervenção da polícia. A princípio eram dezenas, depois centenas, mas o número foi aumentando.
O presidente enfrenta a pior onda de protestos em seus 23 anos de governo e disse que não vai concorrer novamente ao cargo quando seu mandato terminar, em 2014.
Tunisianos protestam nesta sexta-feira (14) em frente ao prédio do Ministério do Interior, na capital, Túnis. (Foto: Reuters)
Ele também determinou que as forças de segurança parem de usar armas de fogo contra manifestantes, e prometeu que os preços do açúcar, do leite e do pão serão reduzidos.
Os distúrbios continuavam se espalhando pelo país norte-africano, chegando inclusive ao centro da capital.
Dois jovens morreram baleados em confrontos com a polícia em Sliman, cerca de 40 quilômetros ao sul de Túnis, disseram testemunhas à Reuters. No centro de Túnis, pelo menos cinco pessoas ficaram feridas a tiros.
Os manifestantes dizem protestar conta o desemprego, a corrupção e a repressão governamental.Autoridades afirmam que uma minoria violenta se apossou das manifestações para tentar prejudicar o país.
Num emocionado discurso na tarde de quinta-feira, feito em um dialeto local, e não em árabe clássico, Ben Ali anunciou medidas para tentar controlar a situação.
Veículo é queimado durante confronto de rua em Douz, no centro da Tunísia, nesta quinta-feira (13). (Foto: AP)
"Entendo os tunisianos, entendo a suas reivindicações. Fico triste com o que está acontecendo agora, após 50 anos de serviço ao país, de serviço militar, de todos os diferentes cargos, de 23 anos da Presidência."
Ele disse que não pretende ser presidente vitalício e que não irá alterar a Constituição, que proíbe maiores de 75 anos de disputarem a Presidência.
Ben Ali está com 74 anos, e havia ampla expectativa de que promoveria uma reforma para poder concorrer a um novo mandato. Outra promessa de Ben Ali foi a de permitir a liberdade de imprensa.
Saiba mais sobre a Tunísia
Mapa da Tunísia. Fonte: lonelyplanet.com
Nome Oficial: República Tunisina
Gentílico: tunisino, tunisiano, tunetano
Capital: Túnis
Governo: Presidencialismo
Independência: 20 de março de 1956 (França)
Área: 163.610 km² (90º)
População: 10.216.000 hab. (78º)
Densidade: 62 hab./km²(133º)
Cidades mais populosas:
Túnis (993.000 hab.)
Túnis - capital da Tunísia. Fonte: Google Images
Sfax (904.900 hab.)
Sfax - segunda maior cidade da Tunísia. Fonte: Google Images
Nabeul (733.500 hab.)
Nabeul - terceira maior cidade da Tunísia. Fonte: Google Images
Lígua Oficial: Árabe
PIB (PPC): US$ 86,67 bilhões (63º)
Renda per capita: US$ 8.255 (71º)
IDH: 0,683 (81º)
Expectativa de Vida: 73,9 anos (73º)
Mortalidade Infantil: 19,8/mil nas. (95º)
Alfabetização: 74,3% (128º)
Moeda: Dinar Tunisiano
Aspectos Geográficos
A Tunísia, ou República Tunisina, é um país localizado no norte da África que limita a leste pelo mar Mediterrâneo pelo qual faz fronteira com a Itália, próxima à ilha de Pantalaria e ilhas Pelágas, além de fazer fronteira a leste e ao sul com a Líbia e a oeste com a Argélia.
Praia da Tunísia. Fonte: Google Images
As características climáticas que destacam é o mediterrâneo com invernos frios e verões quentes e secos. As temperaturas médias apresentam 12ºC em dezembro e 30ºC em julho, com chuvas moderadas, no sul o clima é desértico.Quanto à cobertura vegetal, apresenta ao norte cobertura do tipo mediterrâneo, além de plantas de característica subtropicais como hibiscos, buganvilles, os aromáticos jasmins, cítricos, oliveiras e videiras.
Vegetação de Garrigue - típica de clima mediterrâneo. Fonte: Google Images
O relevo apresenta, ao norte, áreas montanhosas onde encontra-se os Montes Atlas, no centro do país ocorre a planície, região quente e seca.
A hidrografia do país ao norte percorre um rio perene, no caso o único do país chamado de Medjerda, onde ocorre um grande vale que desenvolve a agricultura.
História
O territóri onde está a Tunísia, foi colonizado no ano de 1.000 a.C., pelos fenícios, povo de origem semita que fundaram Cartago, importante centro comercial do mar Mediterrâneo até a destruição pelos romanos em 146 a.C. Passou então a fazer parte do Império Romano.
Ruínas de Cartago. Fonte: Google Images
Os árabes conquistaram a região no século VII da Era Cristã e transformaram a cidade de Túnis no mais importante centro religioso islâmico do norte da África.
Em 1754, a Tunísia é incorporada ao Império Turco-Otomano e permanece administrada por governadores turcos (beis) até 1881, quando se torna protetorado da França. Na Segunda Guerra Mundial, o país foi ocupado pelos alemães, e tornou-se um palco de combates. Com o fim do conflito floresce o movimento nacionalista tunisiano.
Nacionalismo e ditadura
Em 1956, a França concede independência à Tunísia. Habib Bourguiba, o principal líder nacionalista, é eleito para a presidência em 1959, transformando-se posteriormente em presidente vitalício. Em 1964, seu partido torna-se o único legal.
Habib Bourguiba - principal líder e responsável pela independência da Tunísia. Foto: African Sucess
A invasão do sul do país pela Líbia, em 1980, é prontamente repelida. Greves e manifestações populares marcam os anos 80 e refletem a crescente insatisfação com o governo Bourguiba. Em 1987, o líder é considerado incapaz de governar, sendo substituído pelo primeiro-ministro Zine El Abidine Ben Ali, que revoga a presidência vitalícia e estabelece a liberdade partidária. 
Zine El Abidine Ben Ali - presidente da Tunísia. Foto: Tunisian Imagens
Há uma retomada do crescimento econômico, que chega a 4,8% em 1992, com o incremento do turismo e das relações com a União Européia (UE). Ben Ali e seu partido vencem as eleições de 1994. O governo, porém, é acusado de perserguir a oposição, que no ano seguinte ganha as eleições em 47 prefeituras.
O crescimento do fundamentalismo islâmico preocupa o governo. A condenação do presidente da Liga Tunisiana de Defesa dos Direitos Humanos a cinco anos de prisão, em janeiro de 1998, provoca protestos internacionais. Em maio de 1998, o governo anuncia o plano de privatização de 50 empresas estatais até o final de 1999.
Em novembro de 2001, o presidente Ben Ali anunciou reformas democráticas: criação de um segundo corpo legislativo para reforçar o poder legislativo, dando ao Conselho Constitucional mais poderes para verificar a regularidade de eleições presidenciais e legislativas. Todas as provisões eram parte de uma reforma constitucional adotada pelo referendo popular em maio de 2002. A Segunda Câmara Legislativa, foi inaugurada em agosto de 2005. A forma de Governo da Tunísia é mista. A Assembléia Nacional tem 182 membros eleitos por voto direto para mandato de 5 anos. A constituição está em vigor desde 1959.
Economia
A Tunísia tem uma economia diversificada, com importantes setores de agricultura, mineração, energia, turismo e manufaturas.
As paisagens paradisíacas e históricas contribuem para o desenvolvimento turístico da Tunísia
O controle governamental da economia, apesar de ainda intenso, tem sido gradualmente reduzido desde a última década, com crescente privatização, simplificação da estrutura tributária e um tratamento prudente do endividamento. A taxa real de crescimento atingiu 5% ao ano na década de 1990, e a inflação está diminuindo. O crescimento do turismo e o comércio crescente têm sido elementos chave neste crescimento sustentado. O acordo de associação da Tunísia com a União Européia ganhou força a partir de 1º de março de 1998, e foi o primeiro acordo entre a UE e países mediterrâneos não-europeus. Com o acordo, a Tunísia gradualmente removerá barreiras ao comércio com a UE na próxima década. O alargamento das privatizações, maior liberalização do investimento, principalmente estrangeiro, e melhorias na eficiência governamental estão entre os desafios para o futuro. Em 2008, a Tunísia se tornou um membro plenamente associado da União Européia (status comparável ao ocupado hoje pela Noruega e pela Islândia).
O país é o 40º no ranking de competitividade do Fórum Econômico Mundial.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

NOVO ATENTADO MATA POLICIAL E FERE 5 NA CIDADE PAQUISTANESA DE BANNU

Na véspera, homem-bomba matou 18 pessoas na mesma cidade. Talibãs reivindicaram autoria do ataque maior.

Fonte: AFP
Um policial morreu e cinco ficaram feridos nesta quinta-feira (13) na explosão de uma bomba em Bannu, cidade no noroeste do Paquistão, que foi alvo na véspera de outro violento atentado que matou 18 pessoas, disse a polícia local.
Na quarta-feira, os terroristas atacaram uma delegacia de polícia. Nesta quinta, os policiais foram vítimas de uma bomba de fabricação caseira, ativada por controle remoto quando um carro de patrulha passava na rua, explicou à AFP Mohammad Iftijar, chefe da polícia distrital.
Policiais observam o veículo destruído no ataque desta quinta-feira (13) na cidade paquistanesa de Bannu. (Foto: AFP)
Bannu está situada entre Peshawar, grande metrópole do noroeste paquistanês, e as zonas tribais na fronteira com o Afeganistão - entre elas o Waziristão do Norte, bastião do Movimento dos Talibãs do Paquistão (TTP).
O atentado suicida da quarta-feira foi reivindicado pelo movimento.
Conheça a História do Paquistão

Mapa do Paquistão (Foto: Wikipédia)
Nome: República Islâmica do Paquistão
Capital: Islamabad (805.249 hab.)
Visão noturna de Islamabad - capital do Paquistão (Foto: Wikipédia)
Área: 880.940 km² (34º)
População: 176,2 milhões de habitantes (6º)
Cidades mais populosas:
Karachi: 13.205.339 habitantes
Karachi - maior cidade do Paquistão (Foto: Wikipédia)
Lahore: 7.129.609 habitantes
Lahore - segunda maior cidade do Paquistão (Foto: Wikipédia)
Faisalabad: 2.880.675 habitantes
Faisalabad - 3ª maior cidade do Paquistão (Foto: Wikipédia)
Independência: 14 de agosto de 1947, da Índia Britânica
Línguas Oficiais: urdu e inglês
Religião: islâmica, com minorias cristã e hindu
Moeda:  rúpia paquistanesa
Governo: República Islâmica
Sede do Governo paquistanês, em Islamabad (Foto: Wikipédia)
PIB (paridade de poder de compra): US$ 504,3 bilhões (26º)
Expectativa de Vida: 65,5 anos
IDH (2010): 0,490 (125º)
Mortalidade Infantil: 67,5/mil nasc. (160º)
Alfabetização: 49,9% (160º)
Localização: sul da Ásia, na confluência entre a Ásia Central e o Oriente Médio.
Limites: Irã e Afeganistão (oeste); China (nordeste); Índia (leste); Mar Arábico (sul).
História
A civilização do Vale do Indu é uma das mais antigas do mundo, datando de aproximadamente 5 mil anos, e se espalhou pelo que hoje é o Paquistão. A região sofreu diversas invasões de persas, gregos, árabes (que trouxeram o Islã), turcos, afegãos e citas. O local foi disputado entre muçulmanos e hindus, desde o século VIII, e os ingleses chegaram no século XVIII, transformando a região em Colônia. A ideia da criação de um Estado que abrigasse politicamente os muçulmanos da Índia, começou a surgir no começo do século XIX. Os ideais do novo país foram lançados pelo idéólogo e político Muhammad Ali Jinnah, com o apoio da Liga Muçulmana. A nação foi constituída em agosto de 1947, contra a vontade dos líderes indianos.
Muhammad Ali Jinnah - um dos fundadores do Paquistão (Foto: Wikipédia)
Agosto de 1947
A independência da Índia britânica (de maioria hindu), dá origem ao Paquistão (de maioria muçulmana), separando nas partes Ocidental (províncias de Beluquistão, Sind, Punjab e a Fronteira Norte Ocidental) e Oriental. Dividindo os dois lados, há 1.600 km de território indiano.
Mapa da divisão do Paquistão (Foto: Wikipédia)
Em outubro do mesmo ano, uma guerra é travada contra a Índia pela conquista da Caxemira. A batalha termina em dezembro do ano seguinte, com uma resolução da ONU permitindo às pessoas da região que vivessem em ambos os países. O texto também exige um plebiscito sobre a independência da Caxemira, que nunca foi realizado. A região é dividida: dois terços ficaram com os indianos, e um terço com os paquistaneses.
Mapa da Caxemira (Foto: Wikipédia)
1965 
A segunda batalha indo-paquistanesa, é também pelo domínio da Caxemira. Ela tem início sem uma declaração formal de guerra e termina sem uma resolução militar.
Soldado paquistanês lutando na Caxemira (Foto: Wikipédia)
1971
Em uma terceira guerra entre Índia e Paquistão, o lado Oriental do Paquistão, que tinha uma cultura diferente da do lado Ocidental, se torna independente com o apoio da Índia, e passa a se chamar Bangladesh.
Soldados indianos transportando feridos durante a guerra da independência do Bangladesh (Foto: contextopolítico)
1988
Ishac Khan assume a presidência do Paquistão e promove a transição para a democracia. Benazir Bhutto vence as eleições, mas é acusada de corrupção e deposta por Khan.
Benazir Bhutto. Foto: Google Imagens
1998
Em resposta a um teste nuclear indiano, o país testa suas armas atômicas. em outubro deste ano, Pervez Musharraf é nomeado comandante-em-chefe do Exército pelo Primeiro-Ministro Nawaz Sharif.
Míssel nuclear indiano. Foto: Google Imagens
Maio de 1999
O exército paquistanês faz nova incursão na região da Caxemira. A mediação de Bil Clinto, então presidente dos EUA, obriga a retirada dos soldados e evita uma nova guerra com a Índia.
Outubro de 1999
Sharif destitui Musharraf em seu retorno de uma viagem ao Sri Lanka. Musharraf consegue aterrissar em Karachi e elabora um Golpe de Estado contra Sharif. Ele se torna chefe do Executivo e das Forças Armadas.
General Musharraf. Foto: pco.org
Dezembro de 2000
Sharif é condenado à prisão perpétua e parte rumo ao exílio na Arábia Saudita.
Junho de 2001
Musharraf se declara presidente.
Setembro de 2001
Após os atentados de 11 de setembro, nos EUA, Musharraf se torna aliado dos EUA na luta contra o terror.
Abril de 2002
Musharraf ratifica seu cargo presidencial em um controvertido plebiscito e o prorroga por cinco anos.
Outubro de 2007
Musharraf é eleito para o seu segundo mandato como presidente em votação parlamentar. O supremo bloqueia o resultado até que sejam solucionados recursos da oposição. Benazir Bhutto retorna do exílio após um pacto com Musharraf, que concede anistia a ela. No mês seguinte, é Sharif quem volta ao país após o exílio, graças a uma decisão judicial. Musharraf abdica da chefia das Forças Armadas.
Nawas Sharif. Foto: Google Imagens
Dezembro de 2007
A ex-primeira-ministra Benazir Bhutto morre em um atentado suicida, após um comício em Rawalpindi, perto de Islamabad. Além dela, pelo menos 139 pessoas morreram e 400 ficaram feridas.
Atentado que matou Benazir Bhutto. Foto: Google Imagens
Fevereiro de 2008
São realizadas eleições legislativas nas quais vence o Partido do Povo do Paquistão (PPP), de Bhutto.
Agosto de 2008
O presidente Pervez Musharraf renuncia, sob ameaças de impeachment.
Setembro de 2008
O viúvo de Bhutto, Asif Zardari, vence as eleições.
Novembro de 2008
Atentados de hotéis de Mumbai, na Índia, inflamam as relações entre as duas nações rivais, com acusações por parte dos indianos de que os autores dos atentados eram militantes paquistaneses. O governo paquistanês oferece ajuda à Índia na captura dos criminosos e também se diz vítima do terrorismo.
Outubro de 2009
Um ataque com carro-bomba mata 105 pessoas em um mercado lotado de Peshawar, horas depois da chegada da secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton, ao país. Ela anuncia mais ajuda ao Paquistão para conter o terrorismo e classifica o atentado como cruel e brutal.
Atentado terrorista no Paquistão. Foto: band.com

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

A INDÚSTRIA DO TURISMO

A prática do turismo
Em expansão no mundo inteiro, o turismo é uma atividade que propicia a entrada de divisas nos países e nos locais receptores por meio de troca de moedas estrangeiras pela moeda nacional e da compra de produtos e serviços locais. Para se tornarem mais atrativos, muitos lugares aumentam seus investimentos em modernização de aeroportos, ampliação da rede hoteleira e capacitação de agentes de turismo, que prestam informações e orientam os turistas, sejam eles nacionais ou estrangeiros. Existem muitas formas de se realizar o turismo, como o ecoturismo, o turismo rural, o turismo de negócios, de eventos (festas de padroeiros, emancipação política, festas populares como o carnaval, realização de palestras, encontros, etc.).
Monte do Galo em Carnaúba dos Dantas/RN. Importante ponto turístico do RN.
O turismo já foi muito diferente do que é hoje. Essa atividade surgiu na Inglaterra, no século XIX, como alternativa de descanso longe da agitação das cidades, que viviam o período da Revolução Industrial. Em meados daquele século, cerca de 85% da população inglesa já era urbana, e havia um grande crescimento de profissões, como advogados, médicos, engenheiros, funcionários públicos e comerciantes que podiam trabalhar nas cidades e passar os fins de semana no campo. Os moradores das cidades sonhavam com uma casa no campo, cercada de flores, árvores, rios e de tranqüilidade.
Hoje, o turismo está entre as atividades econômicas que mais cresceram desde o final da Segunda Guerra Mundial. A prática do turismo pode contribuir para a geração de emprego e renda para os moradores do local onde vá explorar essa atividade e qualquer lugar pode se tornar atrativo para a realização da prática turística, basta que haja uma força de vontade dos moradores e dos governantes.
Muitas cidades brasileiras sobrevivem apenas do FPM e das aposentadorias, além do pouco comércio e do cultivo de alguns produtos, porém a maioria delas têm grande potencial para desenvolver o turismo, porém são pouco exploradas.
Um exemplo disso seria a realização de festivais gastronômicos, pois isso faria com que as cidades mostrassem para o país e até para o mundo cardápios rotineiros para os moradores das cidades, mas desconhecidos por milhões de pessoas.
Festival gastronômico - forma de atrair turistas
Muitos agricultores, mesmo sem condições financeiras poderiam explorar suas propriedades apenas com o que elas tem de melhor, que é a natureza. Uma serra, um rio, uma gruta, uma cachoeira ou qualquer outro elemento da natureza, pode ser um fator de divisas para as pessoas.
Prática do turismo rural
As festas de padroeiro podem ser exploradas, não só com a fé das pessoas, como também por meio de realização de concursos de belezas, de bandas de músicas, de palestras, dentre outros.
Festas de Padroeiros - outra forma de se explorar o turismo
As prefeituras podem realizar também eventos fora de épocas, como as micaretas. Portanto, todos os lugares possuem algum potencial turístico.
Carnatal - uma das principais micaretas do Brasil
Mas, para atrair visitantes, é preciso garantir-lhes conforto e segurança, com uma ao rede de hotéis ou pousadas, boa infraestrutura de transportes e de comunicações, acesso fácil às informações e, principalmente, planejamento, pois se for praticar a atividade turística sem planejamento, pode ocorrer sérios problemas, tanto sociais quanto ambientais.
Um turismo mal planejado, pode acarretar o aumento do lixo no meio ambiente, a contaminação dos lençóis freáticos, por meio de produtos orgânicos e inorgânicos, a destruição de monumentos naturais e humanizados, dentre outros. O turismo mal planejado pode provocar, também, o choque entre civilizações, pois os visitantes carregam hábitos diferentes dos que predominam na comunidade que o recebe, e ele nem sempre trata com respeito essas diferenças. Uma criança catando frutas na mata ou caranguejos no mangue, ou mesmo mulheres lavando roupa na beira de um açude ou rio, pode virar um espetáculo aos olhos dos turistas, e os moradores acabam perdendo sua privacidade ao ser continuamente observados e fotografados.
O poder de compra do turista costuma encarecer a vida da população local. Na alta temporada turística, sobem os preços de alugueis, vestuário, alimentos e de outros produtos e serviços também consumidos pelos moradores dos lugares visitados.
Deve-se considerar, também, que muitos dos empregos gerados pelo turismo são sazonais. Passada a temporada, bares, restaurantes e hotéis ficam vazios, e os consumidores desaparecem das lojas. Assim, as oportunidades de trabalho costumam ir embora junto com os turistas.
Se não for bem elaborado pelas autoridades e órgãos competentes, o turismo pode gerar um grande problema da atualidade, que é a exploração sexual, principalmente de crianças e adolescentes, além do consumo de drogas.
Turismo sexual - um dos principais problemas do turismo
Então, planejamento, organização e bons lucros com a atividade turística.

sábado, 8 de janeiro de 2011

ESTUDO PREVÊ O BRASIL COMO O 4° PIB MUNDIAL EM 2050

A economia brasileira vai superar pela primeira vez a da França neste ano e já em 2013 vai ultrapassar a do Reino Unido, atingindo a sétima posição no planeta e se preparando para, em 2050, tornar-se a quarta maior economia do mundo. Mas um brasileiro terá de esperar pelo menos mais 40 anos para ter a renda média de hoje de um alemão.
Mapa do Brasil mostrando algumas das riquezas do país
Os dados fazem parte de um estudo da PricewaterhouseCoopers. Segundo o estudo, antes de 2020 as sete grandes economias emergentes já terão superado os tradicionais países do G-7 em tamanho do PIB. A constatação do levantamento é que, em meados do século, o cenário econômico mundial será bem diferente do atual, com China e Índia nos dois primeiros lugares e o atual líder - os Estados Unidos - apenas na terceira posição.
No caso do Brasil, o País subirá várias posições no ranking das maiores economias, incentivado por seu mercado doméstico e pela exportação de recursos naturais num primeiro momento. Se a comparação do PIB do Brasil for calculada em paridade de poder de compra (PPP), o País passaria da atual nona posição entre as maiores economias para a quarta, elevando PIB de US$ 2 trilhões em 2009 para US$ 9,7 trilhões em 2050.
 Agricultura - um dos motivos do crescimento econômico do Brasil
A projeção é de que já este ano o Brasil supere a França em PIB. Em 2010, já havia superado a Espanha. Em 2013, superaria o Reino Unido. Finalmente, em 2025, passaria a Alemanha - o motor da economia europeia. Em 2037, seria a vez de superar a Rússia e, em 2039, o Japão.
Em uma comparação que leve em conta a taxa de câmbio do mercado, conhecido como PIB nominal, o Brasil também chegaria em 2050 na quarta posição entre as maiores economias, com US$ 9,2 trilhões de PIB. Hoje o País ocupa a 8ª posição. Por esses cálculos, o Brasil superaria a Itália em 2017, passaria o Reino Unido em 2023 e ultrapassaria a França em 2027. Em 2032, seria a vez de superar a Alemanha e, em 2044, passaria o Japão.
Renda. O avanço do Brasil pode impressionar. Mas, para o autor do levantamento, ser a quarta maior economia do mundo não significa que a pobreza será automaticamente erradicada. 'Isso dependerá de uma política de Estado para garantir a distribuição da riqueza', afirmou ao Estado o economista John Hawksworth, chefe do grupo que realizou a projeção.
A desigualdade existente no Brasil é uma das principais ameaças ao crescimento econômico do país
Ele lembra que, hoje, um brasileiro tem em média uma renda equivalente a 22% da renda de um americano. Em 40 anos, ganhará ainda menos da metade do que será a renda de um trabalhador nos Estados Unidos.
No Brasil, a renda passaria dos atuais US$ 10 mil por ano para quase US$ 40 mil em 2050. Na prática, a renda média de um brasileiro levará mais 40 anos para alcançar a de um alemão hoje.
Em termos de expansão do PIB, a consultoria destaca que o Brasil não estará entre os líderes e, mesmo na quarta posição mundial, o País terá em 40 anos um PIB que não difere do tamanho atual da economia chinesa.
A projeção é de um crescimento de 4,4% ao ano. Mas abaixo do crescimento de México, Argentina, Indonésia, China e Índia. Ainda assim, duas vezes mais rápido que o dos Estados Unidos e quatro vezes superior ao do Japão. Em renda per capita, a expansão será de 3,3%, abaixo de 4,6% da China, 5,3% da Índia e metade da do Vietnã. 'O grande desafio do Brasil será o de manter a estabilidade e investir em infraestrutura para permitir que essa expansão possa de fato ocorrer', avalio Hawksworth .
Emergentes. Outra constatação do relatório é a nova posição dos emergentes no cenário internacional. Em 2050, os sete maiores emergentes (China, Índia, Brasil, Rússia, México, Indonésia e Turquia) terão um PIB duas vezes superior ao tradicional G-7, formado por países industrializados. Isso, se ocorrer, será uma transformação importante em comparação com 2007, quando os ricos ainda tinham uma economia três vezes maior que a dos emergentes.
Mas as projeções indicam que, antes de 2020, a China já superará os EUA em paridade de poder de compra. A crise atual já havia possibilitado à China superar o Japão e se tornar a segunda maior economia do planeta. Em PIB nominal, porém, terá de esperar até 2032.
 
Gráfico mostrando o crescimento econômico do Brasil
A grande novidade dos próximos 40 anos será a Índia, o país que mais crescerá. Em termos nominais, seu PIB será o terceiro maior do mundo, encostado ao dos Estados Unidos. Em paridade de compra, o PIB será 14% superior ao americano. Os indianos deverão superar o Japão em 2011 e o Brasil em 2014. Juntos, americanos, chineses e indianos terão 50% do PIB mundial.
Dez motivos para investir no Brasil
Entenda o que é PIB Nominal e PIB Real
PIB Nominal - permite-nos determinar o valor da produção, medido em unidades monetárias, em determinado momento do tempo, dado pelo valor agregado de todos os bens e serviços finais produzidos a preços nesse mesmo momento. No entanto, quando se procura comparar a evolução do valor da produção ao longo do tempo, importa verificar se esse valor se deve à evolução das quantidades realmente produzidas nesse período ou se é devido à evolução do preço desses bens e serviços (inflação); para isso utiliza o PIB real.
Ou seja:
O PIB nominal dá-nos o valor dos bens e serviços produzidos internamente pela economia, recorrendo-se para o cálculo das quantidades produzidas nesse período observado aos preços nesse mesmo período.
O PIB real dá-nos o valor dos bens e serviços produzidos internamente pela económica, recorrendo-se para o cálculo das quantidades produzidas no período em análise usando os preços desses bens e serviços que se encontravam em vigor num dado período de referência e assim tomado com base, isolando as alterações de preços de mercado (com se estes fossem constantes) do crescimento real do produto. Para isso utiliza-se um deflator do PIB , normalmente um índice de preços.

PIB DA ÍNDIA DEVE TER CRESCIDO ENTRE 9% E 10% NO ANO FISCAL


Bandeira da Índia
Nova Délhi (Reuters) - A economia da Índia deve crescer entre 9 e 10 por cento no próximo ano fiscal, que começa em 1° de abril, após ter crescido 8,5% no atual ano fiscal. O anúncio foi feito neste sábado pelo Primeiro-Ministro da Índia, Monmohan Singh.
Impulsionada pelo mercado interno, a economia indiana cresceu 8,9% no terceiro trimestre - cifra que coincidiu com o crescimento revisado do trimestre anterior.  A previsão de Singh está abaixo da antecipação feita anteriormente pelo governo, que era de 9 por cento. 'Apesar do contexto de incerteza global, estou feliz que nossa recuperação econômica está evoluindo muito bem', afirmou Singh durante a reunião anual de estrangeiros que residem em Nova Déli.
Bolsa de Valores de Bombaim, em Mumbai - mais antiga bolsa de valores da Ásia e a maior da Índia
'Nós esperamos que a partir do ano que vem seremos capazes de crescer entre 9 e 10 por cento.'
A Índia, a terceira maior economia da Ásia, cresceu uma média de 9,5 por cento por três anos no ano fiscal concluído em março de 2008, antes de ter sido atingida por um declínio global que provocou a desaceleração da expansão econômica para um índice de 6,7 por cento entre 2008 e 2009.
Ainda que a economia pareça ter se estabilizado, o governo de Singh vem sofrendo pressão para conter a inflação, em especial os crescentes preços de produtos.
A inflação alimentar da Índia chegou a 18,3 por cento na semana do dia 25 de dezembro. Foi a taxa mais alta em mais de um ano. Na semana anterior, o índice havia sido de 14,4 por cento.
Apesar de chuvas fora de época terem sido culpadas pela alta de legumes como cebolas e tomates, alguns analistas atribuem os motivos à baixa produtividade agrícola e a problemas na rede de transporte, após anos de reformas incipientes e de escasso investimento governamental.
Produtos alimentícios têm um peso de 14,34 por cento sob o índice de preços no atacado, considerado o principal termômetro da inflação na Índia, mas um aumento incessante nos preços de alimentos é visto como algo que pode alimentar as expectativas inflacionárias e provocar a limitação do poder de compra dos consumidores.
Taj Mahal - atração turística mais visitada da Índia
Singh não se pronunciou sobre a inflacão, mas o ministro das Finanças, Pranab Mukherjee, que discursou no mesmo evento que o primeiro-ministro, reconheceu a necessidade de controlá-la.
'Nós temos de tomar medidas para manter a inflação em um nível moderado', disse Mukherjee.
O fracasso do governo para controlar a inflação e uma série de escândalos de corrupção, entre eles um suposto esquema de fraude nas telecomunicações de 39 bilhões de dólares, acusações de corrupção ao longo do ano passado, envolvendo os Jogos da Commonwealth e o ressurgimento de um escândalo de 25 anos ligado a um contrato na área de Defesa estão reduzindo o apoio da opinião pública
Uma pesquisa realizada pelo instituto AC Nielsen no início deste mês mostrou que o governista Partido do Congresso poderia perder 40 postos no Parlamento se a eleição fosse realizada amanhã.
O primeiro-ministro Singh disse que está tentando fazer com que o seu governo seja mais transparente. 'Estamos analisando seriamente como fazer mudanças sistêmicas e garantir procedimentos mais transparentes e salvaguardas em nosso processo de governança', afirmou.
Congestionamento nas ruas de Mumbai (antiga Bombaim) - Índia
Ampliando seus conhecimentos
A Índia possui a 12ª maior economia mundial; é o maior produtor e exportador mundial de softwares do mundo, porém, apenas 6% da sua poplação tem acesso à Internet; possui a maior classe média do mundo (mais de 250 milhões), porém é o país que tem o maior número de miseráveis no planeta; a Índia é o país que há a maior "fuga de cérebros" do mundo; faz parte da Commonwealth (Comunidade Britânica das Nações), e da BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China - grupo dos cinco principais países emergentes do mundo); possui a maior indústria cinematográfica do mundo (Bollywood).
A pobreza de grande parte da população é a grande ameaça ao crescimento econômico da Índia

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