segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

AS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

  As águas subterrâneas são aquelas presentes no subsolo do planeta Terra, localizando-se, principalmente, em espaços vazios entre as rochas. Estas águas representam uma importante fatia da água doce do planeta e estão presentes, em grande parte, nos aquíferos.
  Cerca de um terço das águas existentes nos continentes e nas ilhas do planeta são subterrâneas. Ao lado dos rios, as águas subterrâneas representam nossa principal fonte de água doce, com a qual, por exemplo, preparamos nossos alimentos, realizamos nossa higiene pessoal e limpamos nossas casas.
  A quase totalidade da água subterrânea é doce. Em muitos locais, a extração das águas subterrâneas é complexa em função da profundidade do aquífero ou da presença de rochas muito duras. Em muitos locais, elas podem possuir grandes quantidades de minerais.
Representação esquemática de um aquífero
  No ciclo da água, uma parte da água precipitada se infiltra no solo. Após a infiltração, a primeira camada encontrada pela água é chamada de zona saturada e apresenta ar e água entre os elementos rochosos que formam o subsolo. Uma segunda camada, localizada abaixo da primeira, é a zona saturada, na qual os espaços existentes entre as rochas são completamente tomados por água.
Esquema do ciclo da água
  A zona não saturada, também denominada de zona de aeração, edáfica ou zona de infiltração, possui água e ar que preenchem poros e fissuras das rochas. Por baixo encontra-se a zona saturada, que constitui o aquífero, e onde todos os poros e fissuras das rochas estão preenchidos com água. A zona não saturada situa-se entre a superfície do solo e o topo da zona saturada.
  Na zona não saturada, a água pode comportar-se de três formas: gravitativa (ou seja, escoando verticalmente no subsolo após infiltração na sequência da precipitação); peculiar (quando a água adere-se às partículas do solo por força da absorvição); e capilar (quando a água preenche parcialmente os poros das rochas através de forças capilares, podendo ainda ser distinguida a água capilar isolada da água capilar contínua). Neste último caso a água chega a ter um comportamento de deslocação vertical ascendente a partir da zona saturada, que é tanto mais importante quanto mais finos forem os poros ou fissuras da rocha.
Esquema mostrando as zonas das águas subterrâneas
  Existem dois tipos de lençol de água subterrânea: o freático e o artesiano. O lençol freático está mais próximo da superfície e, por isso, pode ser contaminado (por esgoto não canalizado, produtos químicos utilizados nas plantações etc.) com maior facilidade. A água retirada de poços simples, aqueles que podem ser cavados por pás, provém do lençol freático. O lençol artesiano está mais distante da superfície e suas águas só podem ser extraídas com poços artesianos.
  Os poços freáticos são aqueles cujo intuito é achar a camada que retém a água freática. Existem alguns tipos diferentes e, dois deles, são: os poços rasos e os poços profundos.
  Os poços rasos são os mais simples, cavados com pouca profundidade. Isso acontece de acordo com a distância em que se encontra a água freática. Os poços profundos podem chegar a grandes proporções de profundidade.
Esquema do lençol freático
  Existe grande quantidade de água em poços artesianos, mas essas reservas são finitas. Por isso, a utilização dessa água deve ser moderada, pois a reposição desses aquíferos é muito lenta.
  O poço artesiano é aquele em que as águas do solo fluem sem a intervenção de um maquinário. Normalmente, usam-se bombas para regular a passagem da água. Os poços artesianos devem ser cavados em profundidades superiores a 40 metros, medida ideal para poços convencionais. As águas dos artesianos costumam ser mais livres de impurezas e bactéricas, além de possuir mais sais.
Esquema de um poço artesiano
  Um aquífero é a formação ou grupo de formações geológicas que pode armazenar água subterrânea. São rochas porosas e permeáveis, capaz de reter água e de cedê-la. Esses reservatórios móveis aos poucos abastecem rios e poços artesianos. Podem ser utilizados pelo homem como fonte de água para o consumo.
  Os aquíferos servem praticamente como armazenamento da água no solo. Quando as águas da chuva começam a penetrar no solo e se deparam com as regiões não porosas, ela vai se acumulando e forma uma espécie de lago subterrâneo. Esses são mais conhecidos como lençóis freáticos ou águas freáticas. Em outras ocasiões, a água chega em determinados lugares, onde forma uma mina, dando origem a um lago, mas não mais embaixo da terra.
Esquema geral da dinâmica de um aquífero
  No Brasil, os aquíferos contribuem para que boa parte dos rios brasileiros sejam perenes, ou seja, não sequem no período de estiagem. Por serem relativamente abundantes, compondo uma parcela significativa da água potável utilizada para o consumo humano, agricultura e outros fins, o acompanhamento das águas subterrâneas é muito importante.
  O trabalho da Agência Nacional de Águas (ANA), em relação às águas subterrâneas, é elaborar estudos e estimular a gestão integrada e sustentável dos recursos hídricos subterrâneos e superficiais, prevenindo conflitos pelo uso da água e facilitando a gestão compartilhada do recurso pelos estados, além de estimular o uso racional da água.
Aquífero Guarani - segundo maior reservatório de água subterrânea do mundo
REFERÊNCIA: Garcia, Hélio
Integralis geografia, 6. ano / Hélio Garcia, Paulo Roberto Moraes. - 1. ed. - São Paulo: IBEP, 2015.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

A LENDA DA VITÓRIA-RÉGIA

  A vitória-régia é uma planta aquática da família das Nymphaeaceae, típica da região amazônica. Ela possui uma grande folha em forma de círculo, com bordas levantadas, que fica sobre a superfície da água e pode chegar a até 2,5 metros de diâmetro e suportar até 40 quilos, se estes forem bem distribuídos em sua superfície.
  Sua flor, cuja floração ocorre desde o início de março até julho, pode ser branca, lilás, roxa, rosa e até amarela. A flor só se abre à noite, e expele uma fragrância noturna adocicada. É chamada pelos europeus de "rosa lacustre", e mantém-se aberta até o início da manhã seguinte. No segundo dia, o da polinização, a flor é cor-de-rosa. Assim que as flores se abrem, seu forte odor atrai os besouros polinizadores (Cyclocephala castanea), que as adentram e, nelas, ficam presos.
Vitória-régia
A lenda da vitória-régia
  Segundo essa lenda indígena e amazônica, há muitos anos, às margens do Rio Amazonas, jovens e belas índias de uma tribo se reuniram para cantar e sonhar sonhos de amor. Elas ficaram por longas horas admirando a beleza da lua branca e os mistérios das estrelas, sonhando um dia ser uma delas. A vitória-régia é, originalmente, uma dessas índias, que se afogou após se inclinar no rio para tentar beijar o reflexo da lua. Para os índios, a lua era Jaci, por quem a índia estava apaixonada.
  Jaci, costumava namorar as índias mais bonitas da região. Naiá, que viria a ser transformada na vitória-régia, era uma dessas índias que esperava ansiosa pelo encontro com o deus.
  As índias que Jaci namorava eram levadas para o céu e transformadas em estrelas. Apesar da tribo alertar Naiá de que ela deixaria de ser índia se fosse levada por Jaci, ela estava apaixonada e, conforme o tempo passava, desejava cada vez mais se encontrar com ele.
Flor da vitória-régia
  Enquanto o aroma da noite tropical enfeitava seus sonhos, a lua deitava sua luz intensa nas águas, fazendo Naiá, a mais jovem e mais sonhadora de todas, subir numa árvore alta para tentar tocá-la, mas sem êxito.
  No dia seguinte, Naiá e suas amigas subiram as montanhas distantes para sentir com suas mãos a maciez aveludada da lua, mas novamente falharam e retornaram à aldeia desapontadas, pois acreditavam que, se pudessem tocar a lua, ou mesmo as estrelas, se transformariam numa delas.
  Na noite seguinte, Naiá deixou a aldeia esperando realizar seu sonho. Ela tomou o caminho do rio para encontrar a lua nas negras águas. No alto, imensa, resplandescente, a lua descansava calmamente refletindo sua imagem na superfície da água.
  Naiá, em sua inocência, pensou que a lua tinha vindo se banhar no rio e permitir que fosse tocada e então mergulhou nas profundezas das águas desaparecendo para sempre.
  Ao saber o que tinha acontecido com Naiá, Jaci, sentindo pena daquela tão jovem vida perdida, ficou comovido e por esse motivo quis homenageá-la. Em vez de transformá-la em uma estrela como fazia com as outras índias, a transformou em uma flor gigante - a Vitória-Régia, que é conhecida como a "estrela das águas" - com seu inebriante perfume e pétalas que se abrem nas águas para receber em toda sua superfície a luz da lua.
REFERÊNCIA: Lenda da Vitória Régia. Portal Amazonas.
Projeto Apoema geografia 7 / Cláudia Magalhães ... [et al.]. - 2. ed. - São Paulo: Editora do Brasil, 2015. (Projeto Apoema).

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

A LUTA DAS MULHERES QUEBRADEIRAS DE COCO-BABAÇU

  Entre a Caatinga e o Cerrado, nos estados do Maranhão, Piauí, Tocantins e Pará, vivem as mulheres quebradeiras de coco babaçu. Elas somam mais de 300 mil mulheres trabalhadoras rurais que vivem em função do extrativismo do babaçu, uma das mais importantes palmeiras brasileiras.
  Dispersas pelas áreas de ocorrência da palmeira babaçu, as quebradeiras desenvolveram modos peculiares de manejo da terra, além de um código próprio de organização de sua atividade. Possuem como fonte de renda familiar principal ou secundária, a coleta e quebra do fruto do babaçueiro, a fim de separar a amêndoa da casca.
Mulheres reunidas para quebrar os cocos recolhidos
  A semente do coco babaçu é oleaginosa, sendo utilizada como matéria-prima para diversos produtos manufaturados, além de servirem de alimento para as quebradeiras e suas famílias.
  Da folha dessa palmeira, que pode chegar a 20 metros de altura e tem inflorescência em cachos, faz-se telhado para as casas, cestas e outros objetos artesanais; do caule, adubo e estrutura de construções; da casca do coco produz-se carvão para fazer o fogo, e, do seu mesocarpo, o mingau usado na nutrição infantil; da amêndoa obtêm-se óleo, empregado sobretudo na alimentação, mas também como combustível e lubrificante, além da produção de sabão.
Quebradeiras de coco e barraca coberta com a palha do babaçu
  A coleta e quebra do fruto é feita geralmente por mulheres, que saem juntas para colher o coco. A quebra é feita de forma artesanal, realizada com uma pedra e uma machadinha, extraindo-se de quatro a cinco amêndoas de coco.
  Os babaçuais, como são conhecidas as áreas maranhenses de ocorrência do babaçu, têm sido tradicionalmente encarados como áreas de usufruto coletivo, ainda que a propriedade da terra pertença a particulares. No entanto, o aprofundamento da concentração fundiária em tempos atuais vem representando uma ameaça ao modo de vida tradicional das quebradeiras.
  Muitos proprietários cobram diversas rendas para autorizar que elas continuem suas atividades da cata do coco, tendo que dividir parte de seu ganho.
Quebradeira de coco do Tocantins
  Contra uma vida de segregação, as quebradeiras iniciaram seu processo de luta - denominado por elas babaçu livre. O nome advém da "batalha" contra os pecuaristas, que construíram cercas em torno das áreas de incidência da palmeira, impedindo, dessa forma, a coleta do coco. Como forma de impedir a livre circulação das quebradeiras em suas terras, muitos criadores de gado, além do cercamento, transformaram babaçuais em áreas de pastos, numa atitude contra o meio ambiente e a cultura das populações tradicionais.
  Fazendeiros, pecuaristas e as empresas agropecuárias cercaram as terras com consentimento e incentivo dos governos estadual e federal. Em seu ambiente, as mulheres passaram a ser pressionadas. Mas a resistência veio a partir da afirmação de uma identidade coletiva e da certeza de que sua atividade econômica era essencial para a vida delas.
Quebradeiras de coco do Maranhão saindo para catar os cocos de babaçu
  Para fortalecer suas reivindicações, as mulheres criaram o Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQBC), no ano de 1995. O MIQBC luta pelo direito à terra e à palmeira de babaçu para que possam trabalhar e manter a natureza estável, e pelo reconhecimento das quebradeiras de coco como uma categoria profissional.
  O MIQBC tem sede em São Luís, capital do Maranhão, mas atua nos estados do Piauí, Tocantins e Pará, bem como o Maranhão. O grupo mobiliza segmentos sociais e instituições governamentais com o objetivo de dar melhores condições de vida e de trabalho às quebradeiras, além de lutar pelo desenvolvimento sustentável da região.
Vídeo com matéria sobre as quebradeiras de coco babaçu
  A discussão política ganhou força em 1997, quando foi aprovada, no município de Lago do Junco, a Lei do Babaçu Livre, garantindo às quebradeiras de coco o livre acesso e uso comum dos babaçuais e impôs restrições às derrubadas de árvores.
  Alguns municípios aderiram a Lei do Babaçu Livre. Com essa lei, mesmo não sendo proprietária da terra, a quebradeira pode extrair coco e ficar com toda a renda para si. Atualmente, existem associações de quebradeiras e ONGs (Organizações Não-Governamentais) que atuam com o intuito de instruir e assessorar as quebradeiras na formação de cooperativas e na administração dos recursos.
Quebradeiras de coco babaçu do Pará
  A luta das quebradeiras começou no estado do Maranhão, na região do Médio Mearim, onde famílias das comunidades Centrinho do Acrízio, Ludovico e São Manoel, no município de Lago do Junco, conquistaram, após um longo processo de luta, áreas para morar e produzir. A região havia sido povoada no passado por posseiros, descendentes de escravos e indígenas.
  Até os dias atuais, as quebradeiras fazem mobilizações para garantir o debate sobre alternativas de desenvolvimento para as regiões onde existe o babaçu. O movimento é predominantemente das mulheres, e por isso reserva aos homens um espaço somente nas danças e celebrações religiosas.
Quebradeira de coco em São Domingos do Araguaia - PA
  Da árvore do babaçu, as mulheres extraem o seu sustento. Transformam as palhas das folhas em cestos, a casca de coco em carvão e a castanha em azeite e sabão. Organizadas, criaram cooperativas para produção e comercialização dos seus produtos, como farinha, azeite, sabonete e outros derivados do babaçu.
  As mulheres quebradeiras de coco-babaçu dos Estados do Maranhão, Pará, Piauí e Tocantins, na sua grande maioria, vivem numa situação de exclusão e subalternidade. O termo quebradeira de coco assume o caráter de identidade coletiva na medida em que as mulheres que sobrevivem dessa atividade e reconhecem sua posição e condição desvalorizada pela lógica da dominação se organizam em movimentos de resistência e de luta pela conquista da terra, pela libertação dos babaçuais, pela autonomia do processo produtivo. Passam a atribuir significados ao seu trabalho e as suas experiências, tendo como principal referência sua condição preexistente de acesso e uso dos recursos naturais.
Babaçual em São Domingos do Araguaia - PA
REFERÊNCIA: Boligian, Levon
Geografia espaço e identidade, 2: ensino médio / Levon Boligian, Andressa Alves. - 1. ed. - São Paulo: Editora do Brasil, 2016. - (Coleção geografia espaço e identidade). 

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

A FORMAÇÃO DOS LATIFÚNDIOS COMO MODELO DE EXPLORAÇÃO AGRÁRIA

  Latifúndio é um termo originário da língua latina, combinação de "lãtus" (que significa amplo, espaçoso, extensivo) e "fundus" (fazenda), e que atualmente serve para se referir à propriedade rural de grande extensão, constituída, em sua maioria, de terras não cultivadas e/ou exploradas com técnicas de baixa produtividade.
  Na Roma Antiga, "latifúndio" era a grande propriedade agrária de um aristocrata, cuja produção estava baseada no trabalho escravo.
Representação de uma propriedade rural durante o Império Romano
  No século XVI, em meio às explorações marítimas dos povos ibéricos, o latifúndio ganha novo ímpeto, com a adição de uma característica marcante: a monocultura de exportação. Este formato de exploração da terra influenciou a evolução das sociedades em quase todo o continente americano nos últimos 500 anos.
  Sem o comércio altamente desenvolvido da Ásia e sem a perspectiva de descoberta de grandes riquezas minerais, a alternativa para os colonizadores foi estabelecer o latifúndio no Brasil, que se tornou a base da estrutura de produção. Seu surgimento ocorre logo com a ocupação efetiva do território, desde a formação das capitanias hereditárias e a doação de sesmarias (grandes áreas desmembradas de uma capitania).
Divisão do Brasil em Capitanias Hereditárias
  Essa distribuição tão desigual das terras que caracteriza o espaço agrário brasileiro tem origem histórica e remonta ao início do período do Brasil colonial, com a criação das capitanias hereditárias. Coube aos capitães-donatários a tarefa de promover a distribuição dessas terras em grandes propriedades, as chamadas sesmarias, criadas para estimular a colonização e a exploração econômica dessas terras, para assegurar a posse do território colonial. Como o processo de ocupação e exploração econômica do território se deu calcado na formação das grandes plantations de cana-de-açúcar, a origem da estrutura fundiária ficou muito concentrada, com as terras nas mãos de poucas pessoas.
  As grandes propriedades derivam ainda de outros pontos a serem considerados na época, como a necessidade de ocupação efetiva da colônia, além das exigências criadas pela cana-de-açúcar, que possuía uma baixa produtividade por unidade territorial de plantio, o que torna necessário extensas áreas de cultivo.
Representação de uma fazenda produtora de cana-de-açúcar durante o período colonial
  Nos primeiros séculos, o modelo foi bastante eficaz, pois trazia lucros suficientes para os portugueses e garantia a ocupação da colônia, mas, com o passar do tempo, especialmente após a primeira Revolução Industrial, o latifúndio de monocultura cultivado por mão de obra escrava começa a se tornar obsoleto.
  Com a Lei de Terras de 1850, a doação de terras se torna proibida; a partir daí, a única maneira de adquirir a posse de qualquer propriedade rural somente será possível por meio de sua compra. Isso foi muito vantajoso para os grandes fazendeiros que já dispunham de extensas propriedades, mas tornou o acesso mais difícil para aqueles que não a tinham. Analisada no contexto de seu tempo, essa lei defendeu os interesses do latifúndio, visto que o fim da escravidão, que já se vislumbrava como certa, e a chegada de mão de obra assalariada dos imigrantes poderiam ameaçar o status quo vigente. De fato, isso assinalou o predomínio dos grandes proprietários de terra na vida econômica e política do país até o século seguinte, quando entra a elite industrial.
Latifúndio em Ulianópolis - PA
  Hoje, a ideia geral sobre as grandes propriedades é que estas são ineficientes, arcaicas, raramente produtivas e que seriam melhor aproveitadas se distribuídas entre pequenos produtores. O latifúndio ainda é regime próprio de países pobres e subdesenvolvidos e um dos  responsáveis pelo atraso e pelo subemprego nos campos e nas cidades.
  Este sistema de distribuição da propriedade rural ainda é comum no Brasil, com o tema tratado no campo jurídico pelo Estatuto da Terra, legislação estudada no ramo do Direito, chamado Direito Agrário, além de interessar às políticas governamentais de reforma agrária que determinam o uso do solo rural no país. O latifúndio tem sido tradicionalmente uma fonte de instabilidade social.
O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) é o principal movimento social que luta contra o latifúndio e defende uma melhor distribuição de terras no Brasil
REFERÊNCIA: Martinez, Rogério
#Contato geografia, 2º ano. Rogério Martinez, Wanessa Pires Garcia Vidal. - 1. ed. - São Paulo: Quinteto Editorial, 2016. - (Coleção #contato geografia).

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