domingo, 9 de novembro de 2014

A REPÚBLICA DA POLÔNIA

  A Polônia é um país da Europa Centro-Oriental que tem fronteiras com a Alemanha a oeste, a República Tcheca e a Eslováquia ao sul, a Ucrânia e a Bielorrússia a leste, e o Mar Báltico, Kaliningrado Oblast (um exclave russo) e a Lituânia ao norte.
  Em setembro de 1939, a Alemanha invadiu a Polônia, fato este que proporcionou o início da Segunda Guerra Mundial. Apesar da enorme destruição causada no país durante a guerra, a Polônia conseguiu preservar grande parte da sua riqueza cultural. Há no país 14 lugares inscritos na lista de Patrimônio Mundial da Unesco, além de outros 54 Monumentos Históricos. Atualmente, a Polônia é considerada um país com um desenvolvimento humano elevado. A Polônia é o país mais populoso da Europa Central. Juntamente com a República Tcheca e a Hungria, apresenta as maiores taxas de urbanização da Europa do Leste, o que reflete seu alto grau de industrialização.
Localização da Polônia na Europa
HISTÓRIA DA POLÔNIA
  A Polônia é um país unificado desde o século X. O nome Polônia (Polska) tem origem na tribo dos polanos, que significa "pessoas que cultivam a terra", derivado da palavra pole que significa "campo". A tribo dos polanos habitava a região "Grande Polônia". A província localiza-se às margens do rio Warta. Além da tribo dos polanos, habitavam outras tribos eslavas ocidentais: Silesianos, Vistulanos, Pomeranos e Mazovianos. Os meios de subsistência eram a caça, a agricultura e o comércio.
  Os historiadores postularam que ao longo da Antiguidade diversos grupos étnicos povoaram a região atualmente conhecida como Polônia. O mais famoso achado arqueológico da pré-história da Polônia é a colônia fortificada de Biskupin (reconstruída atualmente como um museu), que remonta à cultura lusaciana (uma etnia que habitava a área próximo ao rio Neisse) da Idade do Ferro, por volta de 700 a.C..
Cerâmica lusaciana
  No período que se seguiu ao seu surgimento no século X, a nação polonesa foi guiada por uma série de governantes fortes que converteram os poloneses ao cristianismo, criaram um Estado centro-europeu sólido e o integraram à cultura europeia. A existência de inimigos externos poderosos e um processo de fragmentação interna enfraqueceram esta estrutura inicial no século XIII, mas uma consolidação no século seguinte permitiu o estabelecimento subsequente de um grande Reino Polonês.
  A Polônia foi fundada em meados do século X pela dinastia Piast. O primeiro governante polaco historicamente verificado, Miecislau I, foi batizado em 966 e adotou o catolicismo como religião oficial do seu país. No século XII, a Polônia fragmentou-se em diversos Estados menores, que foram posteriormente devastados pelos exércitos mongóis da Horda Dourada em 1241, 1259 e 1287. Em 1320, Ladislau I tornou-se rei de uma Polônia reunificada. Seu filho, Cassimiro III, é lembrado como um dos maiores reis polacos da História. A Peste Negra, que afetou grande parte da Europa de 1347 a 1351, não chegou à Polônia.
Mapa cronológico mostrando o desenvolvimento territorial da Polônia de 1635 a 2009
  Sob a dinastia Jaguelônica, a Polônia forjou uma aliança com seu vizinho, o Grão-Ducado da Lituânia. Começou então, após a União de Lublin, uma idade do ouro que se estendeu ao longo do século XVI e que deu origem à Comunidade Polaco-Lituana. A szlachta (nobreza) da Polônia, muito mais numerosa do que nos países da Europa Ocidental, orgulhava-se de suas liberdades e de seu sistema parlamentar. Durante este período próspero, a Polônia expandiu suas fronteiras de modo a tornar-se o maior país da Europa.
  Em meados do século XVII, uma invasão sueca (o chamado "Dilúvio") e a revolta cossaca de Chmielnicki, que devastaram o país, marcaram o final da idade do ouro. A gradual deterioração da Comunidade, que passou de potência europeia a uma situação de quase anarquia controlada pelos vizinhos, foi marcada por diversas guerras contra a Rússia e pela ineficiência governamental causada pelo Liberum Veto (segundo o qual cada um dos membros do parlamento tinha o direito de dissolvê-lo e de vetar projetos de lei). As tentativas de reformas foram frustradas pelas três partilhas da Polônia (1772, 1793 e 1795) que condenaram o país a desaparecer do mapa e seu território a ser dividido entre Rússia, Prússia e Áustria.
Mapa da Comunidade Polaco-Lituana
  Os polacos ressentiram-se desta situação e rebelaram-se em diversas ocasiões contra as potências que partilharam o país, em especial no século XIX. Em 1807, Napoleão Bonaparte restabeleceu um Estado polaco, o Ducado de Varsóvia, mas em 1815, após as guerras napoleônicas, o Congresso de Viena tornou a partilhar o país. A porção oriental coube ao Czar russo (título usado pelos monarcas do Império Russo de 1546 a 1917), e era regida por uma constituição liberal. Entretanto, os czares logo trataram de restringir as liberdades polacas e a Rússia terminou por anexar o país. Posteriormente, no século XIX, a Galícia (região histórica situada a oeste da atual Ucrânia  e ao sul da Polônia - então governada pela Áustria) e, em particular, a Cidade Livre de Cracóvia, tornaram-se um centro da vida cultural polaca.
Região da Galícia
  Durante a Primeira Guerra Mundial, os Aliados concordaram em restabelecer a Polônia, conforme o ponto 13 dos Catorze Pontos (14 proposições criadas pelo presidente norte-americano para a reconstrução da Europa após a Primeira Guerra Mundial) do presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson. Pouco depois do armistício alemão de novembro de 1918, a Polônia recuperou sua independência, numa fase histórica conhecida como "Segunda República Polaca". A independência foi reafirmada após uma série de conflitos, em especial a Guerra Polaco-Soviética (1919-1921), quando a Polônia infligiu uma grande derrota ao Exército Vermelho.
  O golpe de Maio de 1926, por Josef Pilsudski permitiu que a Polônia passasse ao controle do Movimento Sanacja (uma coalizão em busca da "limpeza moral" da política do país). Este movimento controlou a Polônia até a eclosão da Segunda Guerra Mundial, em 1939, quando tropas nazistas (em 1° de setembro) e soviéticas (em 17 de setembro) invadiram o país. Varsóvia foi invadida em 28 de setembro. De acordo com o Pacto Ribbentrop-Molotov, a Polônia foi partilhada em duas zonas, uma ocupada pela Alemanha a oeste, e outra a leste pela União Soviética.
À esquerda as fronteiras conforme o Pacto Ribbentrop-Molotov. À direita, as fronteiras reais em 1939.
  De todos os países envolvidos na guerra, a Polônia foi o que mais perdeu em vidas, proporcionalmente à população total: mais de seis milhões de poloneses morreram, metade deles judeus. Foi da Polônia a quarta maior contribuição em tropas para o esforço de guerra aliado, após a URSS, o Reino Unido e os Estados Unidos, além de ter sido o primeiro país a lutar contra a Alemanha nazista. Ao final do conflito, as fronteiras do país foram movidas na direção oeste, de modo a levar a fronteira oriental para a linha Curzon (linha fronteiriça e de armistício entre a Polônia e a República Socialista Federada Soviética da Rússia). Entrementes, a fronteira ocidental passou a ser a linha Óder-Neisse (uma das fronteiras terrestres entre a Polônia e a Alemanha). Com isso, a nova Polônia emergiu 20% menor em território. O redesenho dos limites forçou a migração de milhões de pessoas, principalmente polacos, alemães, ucranianos e judeus.
Linha Curzon
  Por insistência de Josef Stalin, a Conferência de Yalta sancionou a formação de um novo governo polonês provisório e pró-comunista em Moscou, que ignorou o governo polonês que estava no exílio em Londres, movimento este que enfureceu muitos poloneses que consideraram isto uma traição por parte dos Aliados. Em 1944, Stalin havia feito garantias a Churchill (primeiro-ministro britânico) e Roosevelt (presidente norte-americano) de que ele iria manter a soberania da Polônia e permitir eleições democráticas; no entanto, após alcançar a vitória em 1945, as autoridades soviéticas de ocupação organizaram uma eleição que constituiu mais do que uma farsa e foi usada para reivindicar a "legitimidade" da hegemonia soviética sobre os assuntos poloneses. A União Soviética instituiu um novo governo comunista na Polônia, análogo a maior parte dos governos do resto do Bloco do Leste. Assim como em toda a Europa Oriental, a ocupação soviética na Polônia enfrentou uma resistência armada desde o seu início, que continuou na década de 1950.
  Apesar das objeções generalizadas, o novo governo polaco aceitou a anexação soviética das regiões orientais do pré-guerra da Polônia (em particular as cidades de Wilno e Lwow) e concordou com as guarnições permanentes de unidades do Exército Vermelho no território polonês. O alinhamento militar no âmbito do Pacto de Varsóvia durante a Guerra Fria surgiu como um resultado direto dessa mudança na cultura política polonesa e no cenário europeu, que veio a caracterizar a integração de pleno direito da Polônia na fraternidade das nações comunistas.
Soldados alemães entram na cidade polonesa de Westerplatte, em 7 de setembro de 1939
  A República Popular da Polônia foi oficialmente proclamada em 1952. Em 1956, após a morte de Boleslaw Bierut (ex-presidente e então secretário do Comitê Central da Polônia), o regime de Wladyslaw Gomulka tornou-se temporariamente mais liberal, libertando muitas pessoas da prisão e expandindo algumas liberdades civis. Uma situação semelhante se repetiu nos anos 1970 sob o governo de Edward Gierek, mas na maior parte do tempo houve perseguição contra grupos de oposição anticomunistas. Apesar disso, na época, a Polônia era um dos Estados menos repressivos do bloco soviético.
  As agitações trabalhistas dos anos 1980 levaram à formação do sindicato independente "Solidariedade" (Solidarnosc) que, com o tempo tornou-se uma força política.
Varsóvia em ruínas, após a destruição causada pela Segunda Guerra Mundial
Transição para a democracia e o capitalismo
  Após três décadas de desenvolvimento, a partir de 1975, a economia polonesa começou a apresentar dificuldades cada vez maiores: aumento da dívida externa, queda de produtividade e, principalmente, escassez de produtos. Esses problemas tiveram uma dimensão nacional e seu agravamento levou a uma insatisfação social crescente.
  Em setembro de 1975, trabalhadores poloneses fundaram o primeiro sindicato livre de toda a Europa Oriental, o Solidariedade, que se tornou um símbolo da luta pela liberdade e por melhores condições de vida em boa parte do mundo.
O "Solidariedade Semanal", que circulava antes de ser decretada a lei marcial na Polônia
  No fim da década de 1980, houve profundas transformações econômicas e políticas na Polônia, no rumo do que já vinha acontecendo na própria União Soviética. Em 1988, a iniciativa privada recebeu vários estímulos, e empresas estrangeiras foram autorizadas a se instalar no país.
  Em 1989 foram formados outros partidos políticos, além do Partido Comunista. Em junho do mesmo ano, realizaram-se eleições democráticas, cujos resultados levaram à formação do primeiro  governo não socialista em toda a Europa Oriental. O sindicato Solidariedade fez parte desse governo, refletindo uma composição de diferentes forças políticas do país.
  No início de 1990 o Partido Comunista se autodissolveu e, no decorrer do ano, diversas leis fizeram com que a economia sofresse menos interferência do governo. Em dezembro, Lech Walesa - líder do sindicato Solidariedade - tornou-se o primeiro presidente eleito da Polônia.
Lech Walesa
  Um programa de terapia de choque, iniciado por Leszek Balcerowicz no início de 1990, permitiu ao país transformar sua economia planificada de estilo socialista em uma economia de mercado. Tal como aconteceu com todos os países do antigo Império Soviético, a Polônia sofreu uma queda temporária em normas sociais e econômicas, mas tornou-se o primeiro país pós-comunista a atingir seus níveis de PIB pré-1989, conseguindo esse feito em 1995, em grande parte graças a expansão da sua economia.
  Em 1991, a Polônia ingressou no Grupo de Vesegrád (também chamado de V4, é uma aliança entre quatro países da Europa Central: Hungria, Polônia, República Tcheca e Eslováquia, cujo objetivo principal é manter a cooperação econômica e política entre ambos).
  A Polônia faz parte, desde 1999, da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e da União Europeia (UE), desde 2004.
Mural comemorando os 30 anos do Solidariedade
GEOGRAFIA DA POLÔNIA
  A paisagem da Polônia consiste quase inteiramente em terras baixas da planície da Europa do Norte, com uma altitude média de 173 metros. Os pontos mais elevados do país são os Sudetos (cadeia de montanhas na fronteira entre a República Tcheca, Polônia e Alemanha) e os Cárpatos (grande sistema de montanhas da Europa, que percorre cerca de 1.500 km ao longo das fronteiras da República Tcheca, Eslováquia, Polônia, Romênia e Ucrânia). Nos Cárpatos estão os montes Tatra, onde se localiza o ponto culminante da Polônia, o Rysy, com 2.499 metros de altitude.
Rysy - o ponto culminante da Polônia, nas Montanhas Tatra
  Vários grandes rios atravessam a Planície Polonesa, destacando-se os rios Vístula (Wisla), o Oder (Odra), o Wadra e o Bug Ocidental. A Polônia possui mais de 9.300 lagos, especialmente no norte do país. A Masúria (Mazury) é a maior e mais visitada região lacustre da Polônia. Nessa área sobrevivem restos das antigas florestas polonesas. O Vístula e o Oder desaguam no Mar Báltico, com muitos deltas na Pomerania.
  Os rios polacos são usados há séculos para a navegação. Os Vikings, viajaram bastante pelos rios Vístula e Oder. Nas Idades Média e Moderna, os rios poloneses foram os grandes responsáveis pelo transporte de grãos e outras mercadorias.
Rio Vístula, em Beskid Slaski
  O clima da Polônia é o temperado continental, com invernos frios, encobertos e moderadamente severos, com precipitação frequente, e verões suaves, com aguaceiros e trovoadas frequentes.
  A vegetação da Polônia era constituída, na maior parte do território, pela floresta temperada, que já foi quase totalmente destruída. No norte do país aparece a floresta boreal ou taiga, principalmente nas regiões mais frias.
  A estrutura geológica da Polônia foi formada por uma coalizão continental da Europa e da África, ocorrida há mais de 60 milhões de anos, e de uma glaciação ocorrida na Europa durante o período Quaternário. Ambos os processos originaram os Sudetos e os Cárpatos.
  A paisagem Morena (amontoados de pedras que os glaciares, ao descer, vão se acumulando no lado e na sua parte inferior), localizados no norte da Polônia, contém solos na maioria constituídos por areia ou marga (tipo de calcário que contém de 35% a 60% de argila), bastante férteis.
Paisagem da Polônia
ECONOMIA DA POLÔNIA
  A Polônia possui uma histórica ligação entre a Rússia e o oeste da Europa, tem recebido grandes investimentos da Europa Ocidental. A base de sua economia são as indústrias mecânicas e de mineração.
  A Polônia, cujo território foi invadido pelas tropas de Hitler em 1° de setembro de 1939 - fato que marcou o início da Segunda Guerra Mundial -, teve sua economia agrícola e industrial seriamente prejudicada até o final da guerra. Após a introdução da economia planificada, a indústria de base recebeu maior atenção e se desenvolveu consideravelmente. Houve, então, um grande aproveitamento de suas imensas reservas de carvão mineral, aumentadas pela anexação da Silésia (região fronteiriça com a Alemanha) ao seu território. Todavia, a Polônia ficou dependente da importação de petróleo soviético.
  Sua indústria não só cresceu como se diversificou. Assim, a siderurgia conta com um grande centro em Nova Huta, na Cracóvia, além de outros na bacia carbonífera da Silésia. As indústrias mecânicas concentram-se no norte do país. Entre elas, destaca-se a de construção naval, nos portos de Gdansk (cidade que já pertenceu à Alemanha com o nome de Dantzig) e Gdynia. As indústrias químicas estão presentes em Varsóvia, Poznan e Wroclaw.
Autoestrada A4, perto de Cracóvia
  A Polônia tem avançado muito desde os anos 1990 em direção à economia de mercado. Mas o desmonte da economia planificada não foi fácil: as empresas estatais eram muitas vezes deficitárias, usavam tecnologia ultrapassada, mas geravam muitos empregos. A privatização de empresas estatais avançou bastante no país, o que aumentou o desemprego. E o término do controle rígido sobre os preços, com a introdução da lei da oferta e da procura, fez com que eles no início disparassem, com uma inflação altíssima, que posteriormente foi diminuindo. A Polônia, que desde 2004 integra a União Europeia, é hoje um país cuja economia voltou a crescer.
  Graças a suas grandes planícies, a Polônia é um dos principais países agrícolas da Europa. O país é autossuficiente na produção de alimentos. Os anos pós-Segunda Guerra Mundial marcaram o crescimento da indústria pesada na Polônia. No entanto, nos anos 1980, a falta de investimentos fez que o setor industrial ficasse obsoleto e altamente concentrado nos bens de produção.
  A Polônia tem um grande número de fazendas particulares em seu setor agrícola, com o potencial para se tornar um dos principais produtores de alimentos da União Europeia.
Fazenda agrícola na Polônia
  As reformas estruturais na área da saúde, da educação, do sistema de aposentadoria e da administração do Estado resultaram em pressões fiscais maiores do que o esperado. Varsóvia é a cidade líder da Europa Central em investimentos estrangeiros.
  Com o fim do período socialista nos anos 1990, a privatização das empresas e a entrada de capitais externos proporcionaram maior crescimento industrial no país. Ainda assim, aumentou o desemprego e pioraram as condições sociais.
  Foi em 2004, com o ingresso do país na União Europeia, que houve considerável aumento das exportações e melhoria nas condições econômicas e sociais.
  A Polônia é um país de economia forte, com importante setor agrícola e elevado desenvolvimento industrial, tanto de bens de consumo como de bens de produção e de base.
Visão noturna do Centro Financeiro de Varsóvia
Mudanças econômicas
  A atividade industrial polonesa esteve sob controle do governo socialista desde 1945. Nesse período foram privilegiadas as indústrias pesadas, incluindo as de maquinário e as de produção de ferro e aço. Seu desenvolvimento foi favorecido pelas grandes reservas de carvão mineral existente no país, particularmente na Silésia, junto à fronteira com a Alemanha.
  No entanto, com o fim do socialismo, em 1989, houve um declínio considerável no setor da mineração: diminuição na demanda interna e dos subsídios concedidos pelo governo. Em consequência, muitos trabalhadores foram dispensados.
  Ainda hoje a indústria siderúrgica conta com diversas usinas na região carbonífera da Silésia e, em menor escala, no Sul do país. A indústria química aparece principalmente na área próxima à capital, Varsóvia.
  O maior destaque na economia polonesa cabe às indústrias mecânicas, especialmente as de construção naval, localizadas no Norte do país.
  Em 1989, teve início um programa de desestatização da economia, a fim de levar a industrialização para todo o país, incluindo as cidades pequenas e as áreas rurais. Desde 1993, a economia polonesa cresce a taxas elevadas, o que aumentou os investimentos estrangeiros no país, apesar de sua instabilidade política.
Breslávia - capital da Silésia, é a quarta maior cidade da Polônia
  O desafio econômico mais notável em 2014, é a preparação da economia (através da continuação de reformas estruturais) para permitir que a Polônia atenda aos critérios econômicos para entrar na zona do euro. Se os obstáculos forem vencidos, o país poderá entrar nessa zona em 2016. Algumas empresas no país já aceitam o euro como pagamento. No entanto, a capacidade de estabelecer e realizar negócios facilmente, tem sido motivo de dificuldades econômicas.
  Em 2012, o Fórum Econômico Mundial classificou a Polônia perto da parte inferior dos países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) em termos de clareza, eficiência e neutralidade do seu quadro jurídico empresarial de resolução de disputas.
  De acordo com um relatório do Credit Suisse Group (banco suíço de investimento e provedor de outros serviços financeiros) os poloneses são o segundo povo eslavo mais rico da Europa Central (perdendo apenas para os tchecos). Apesar da Polônia ser um país homogêneo, o número de estrangeiros no país está crescendo a cada ano.
Catedral de Póznan - quinta maior cidade da Polônia
 ALGUNS DADOS SOBRE A POLÔNIA
NOME OFICIAL: República da Polônia
CAPITAL: Varsóvia
Centro financeiro de Varsóvia - capital da Polônia
GENTÍLICO: polaco ou polonês
LÍNGUA OFICIAL: polaco
GOVERNO: República Parlamentarista
FORMAÇÃO:
Cristianização: 14 de abril de 966
Segunda República: 11 de novembro de 1918
LOCALIZAÇÃO: Europa Centro-Oriental
ÁREA: 312.685 km (69°)
POPULAÇÃO (ONU - Estimativa 2013): 38.383.809 habitantes (33°)

DENSIDADE DEMOGRÁFICA: 122,75 hab./km² (64°)
MAIORES CIDADES (Estimativa 2013):

Varsóvia: 1.812.325 habitantes

Varsóvia - capital e maior cidade da Polônia
Cracóvia: 852.412 habitantes
Cracóvia - segunda maior cidade da Polônia
Lodz: 798.214 habitantes
Lodz - terceira maior cidade da Polônia
PIB (Banco Mundial - 2013): U$ 470,354 bilhões (26°)
IDH (ONU - 2013): 0,834 (35°)
EXPECTATIVA DE VIDA (ONU - 2012): 75,51 anos (55°)
CRESCIMENTO VEGETATIVO (ONU - 2005/2010): - 0,15% ao ano (213°)
TAXA DE FECUNDIDADE (CIA World Factbook - 2013): 1,32 (212°)
MORTALIDADE INFANTIL (CIA World Factbook - 2013): 6,06/mil (38°). Obs: essa mortalidade é contada de menor para o maior.
TAXA DE ALFABETIZAÇÃO (CIA World Factbook - 2011): 99,7% (10°) Obs: essa taxa se refere a todas as pessoas com 15 anos ou mais que sabem ler e escrever.
TAXA DE URBANIZAÇÃO (Pnud - 2009/2010): 61,7% (83°)
PIB PER CAPITA (CIA World Factbook - 2013): U$ 13.393 (55°)
MOEDA: Zloty
RELIGIÃO: Católicos (91%), sem religião (3%), ateus (2%), ortodoxos (1%), outras religiões (2%), sem religião (1%).
Basílica de Nossa Senhora, em Lichén Stary
DIVISÃO: a divisão administrativa da Polônia desde 1999 tem sido baseada em três níveis de subdivisão: 16 voivodias (províncias), que estão subdivididas em 379 powiaty (condados) e estas estão subdivididas em 2.478 gminy (comunas ou municípios). As 16 voivodias são: Cujávia Pomerânia, Grande Polônia, Pequena Polônia, Lodz, Baixa Silésia, Lublin, Lubúsquia, Mazóvia, Opole, Podláquia, Pomerânia, Silésia, Subcarpácia, Santa Cruz, Vármia-Masúria e Pomerânia Ocidental.
Divisão administrativa da Polônia
FONTE: Moreira, Igor. Mundo da geografia: 9° ano / Igor Moreira; ilustrações Antônio Éder ... [et al.]. Curitiba: Positivo, 2012.

Um comentário:

Curioso Links disse...

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