sábado, 12 de março de 2011

ENTENDA O TERREMOTO QUE ATINGIU O JAPÃO

Tremor de 8,9 de magnitude ocorreu às 14h46 no horário local. Tsunami atingiu a maior ilha do arquipélago japonês.

Do G1, em São Paulo
Às 14h46 (horário local; 2h46 em Brasília) desta sexta-feira (11) um terremoto de 8,9 graus de magnitude atingiu o arquipélago do Japão. Foi o mais forte terremoto registrado no Japão e o sétimo na história do mundo.

Nível de radioatividade diminui após acidente nuclear, diz Japão

Níveis de radioatividade vem diminuindo, informou governo à AIEA. Usina foi danificada por conta do tremor de magnitude 8,9 na véspera.

   O governo do Japão informou à Ageência Internacional de Energia Atômica  das Nações Unidas que houve um início de aumento da radioatividade após o  acidente na central de Fukushima, no nordeste do país, neste sábado (12), mas que os níveis "vem diminuindo nas últimas horas".
   De acordo com a AIEA, autoridades japonesas informaram que a explosão na central nuclear de Fukushima ocorreu fora da área de conteção primária. "A empresa que opera a unidade, Tokyo Eletric Power, confirmou que a área de contenção está intacta", diz um comunicado.
Imagem do momento da explosão do reator nuclear em Fukushima - Japão. Foto: Globo
   O acidente nuclear ocorrido neste sábado (12) na central de Fukushima 1, no nordeste do Japão, foi avaliado no nível 4 numa escala que vai até 7, segundo a Agência de Segurança Nuclear e Industrial do Japão.
  A explosão na usina foi decorrência do forte rerremoto de magnitude 8,9 que atingiu a costa do país na véspera, gerando um tsunami devastador e mais de cem fortes réplicas.
Tsunami atingindo o Japão. Foto: Record
   A preocupação em relação à possibilidade de contaminação nuclear persiste, apesar de o governo japonês ter tranquilizado a população em relação às consequências do desastre.
   De acordo com a AIEA, o governo do Japão eu início à retirada de cerca de 140 mil pessoas da área próxima à usina. Estima-se que 110 mil pessoas já deixaram a área num raio de 20 km próxima a uma das usinas.
   A explosão que fez com que parte do prédio que comporta o reator número 1 derretesse. No entanto, o governo afirmou que o exterior do reator não foi danificado e pediu que a população local mantenha a calma.
   Ainda assim, as autoridades ordenaram a retirada dos habitantes a um raio de 20 km da usina.
   O porta-voz do Estado, Yukio Edano, acrescentou que a radiação no local havia "diminuído bastante" após a explosão.
Mortos
   A polícia do Japão elevou neste sábado (12) para 637 o número de mortos vítimas do terremoto de magnitude 8,9 que abalou a coista nordeste do país na véspera, gerando um devastador tsunami, que varreu partes da costa da ilha de Honshu. Também há 653 desaparecidos e 1.040 feridos. O  número de vítimas, porém, ainda não é definitivo e pode, de acordo com estimativa do próprio governo, superar os mil mortos. A agência Kyodo fala em 1.700 mortos.
Militares encontraram entre 300 e 400 corpos no porto de Rikuzentakata, informou o Exército neste sábado. Em outra cidade portuária, Minamisanriku, havia cerca de 10 mil desaparecidos, segundo a TV local.
   O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, informou que 50 mil militares se dedicarão aos trabalhos de resgate nas províncias afetadas do nordeste do país.
   Cerca de 190 aviões e 25 navios já foram destacados para as tarefas de busca, nas quais forças americanas colaborarão com seus navios para o transporte de efetivos do Exército japonês.
   Na província oriental de Iwate, algumas cidades foram varridas do mapa pelo tsunami originado pelo tremor.
Em Sendai, cidade com 1 milhão de habitantes que é capital da província de Miyagi, entre 200 e 300 pessoas se afogaram devido ao tsunami, e seus corpos estavam sendo recuperados, segundo a polícia local.
   Segundo a "Kyodo", há pelo menos 3.400 edifícios destruídos no Japão devido ao terremoto, que causou ainda pelo menos 200 incêndios no território japonês.
Sétimo pior da história
O tremor foi o 7° pior na história, segundo a agência americana, e também o pior já registrado no Japão.
   Houve um alerta de tsunami para diversos países da costa do Oceano Pacífico, mas a chegada das ondas a estes locais causou apenas danos menores, e o alerta foi cancelado. Milhares de moradores foram retirados por precaução.
Entenda como ocorrem os terremotos
 

  No início do século XX, um jovem meteorologista alemão, Alfred Wegener, levantou uma hipótese que criou celeuma e foi rejeitada pela comunidade científica da época: "há 200 milhões de anos, os continentes formavam uma só massa, que foi denominada de Pangeia, que em grego quer dizer toda a terra, rodeada por um oceano contínuo chamado Pantalassa.
Imagem da Pangeia. Fonte: brasilescola.com
  Essa grande massa se partiu, formando dois blocos - Laurásia e Gondwana -que se separaram vagarosamente, deslizando sobre um subsolo oceânico de basalto. Após centenas de milhares de anos, os continentes chegaram às posições que conhecemos hoje".
Movimentos dos continentes até os dias atuais. Fonte: brasilescola.com
   A teoria de Wegener baseou-se nos contornos da costa africana e brasileira, que pareciam encaixar-se perfeitamente, remetendo a uma possível união das áreas continentais num passado muito remoto.
  Essa teoria ficou conhecida como "Deriva Continental", que depois passou a se chamar de "Teoria da Tectônica de Placas". Segundo essa teoria as placas litosféricas deslizam e às vezes colidem entre si em uma velocidade que oscila entre 1 e 10 cm/ano.
Perfil esquemático das placas tectônicas. Fonte: Wikipédia
  Uma placa tectônica é uma porção de litosfera limitada por zonas de convergência, zonas de subducção e zonas conservativas, que realizam quatro movimentos principais que são:
a) Movimento de Convergência: ocorre quando duas placas se chocam e a borda de uma fica debaixo da outra até chegar ao manto.
b) Movimento de afastamento:  consiste no distanciamento entre duas placas, formando uma lacuna que é preenchida com fragmentos de rochas oriundas do manto em estado líquido. 
c) Movimento de colisão e soerguimento: corresponde ao choque entre duas placas litosféricas, as camadas de rochas elásticas dão origem às cadeias de montanhas, em diversas vezes vulcânicas, com essa característica de formação temos as cordilheiras dos Andes e o Himalaia. 
 Himalaia - exemplo típico de uma cordilheira ocasionada pelo movimento de soerguimento. Fonte: Google images
 d) Movimento de deslizamento: é responsável, em certos casos, pelos abalos sísmicos, ocorre pelo fato de uma placa se locomover sobre a outra.
  O Japão é uma área de intenso processo de tectonismo porque se encontra na região denominada de Círculo de Fogo do Pacífico, região onde há a maior incidência de processos tectônicos devido aos constantes choques entre as placas tectônicas.

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